terça-feira, 22 de setembro de 2009

Línguas indígenas do Brasil


As línguas indígenas da América do Sul são agrupadas em famílias pelas evidências lingüísticas de relacionamentos genéticos. Agrupamentos genéticos de línguas são grupos de línguas procedentes essencialmente da mesma língua, à qual nós referimos como protolíngua.

As evidências incluem correspondências fonéticas que aparecem consistentemente em cognatas nas várias línguas. Cognatas são palavras em línguas diferentes, reconhecíveis como sendo aparentadas por serem originadas da mesma fonte. Por exemplo, os seguintes pares de palavras são cognatas em português e espanhol:

fazer hacer
filho hijo

Há uma grande diversidade genética nas línguas indígenas do Brasil. Baseado no número de línguas aparentadas dentro de um grupo, há quatro famílias e/ou troncos maiores. Uma família lingüística é um agrupamento de línguas procedentes de uma única língua. Exemplos de famílias lingüísticas fora da América do Sul são: Germânica, Latina e Eslávica. Também há duas famílias de tamanho médio e várias famílias menores, bem como várias línguas isoladas.

Um tronco lingüístico é um agrupamento de famílias lingüísticas procedentes de uma só língua. A relação entre estas famílias é mais distante em termos de tempo de separação. Por isso, as diferenças entre línguas de famílias diferentes são maiores do que as entre línguas da mesma família. Por exemplo, o tronco Indo-Europeu inclui as famílias Germânica, Latina, Eslávica, e várias outras famílias.

Uma língua isolada é uma língua que não evidencia nenhum relacionamento genético com outras línguas.

Agrupamentos maiores: Arawak (também chamado Maipuran por alguns lingüistas fora do Brasil), Carib, Macro-Gê, e Tupi.

Famílias de tamanho médio: Pano, Tucano.

Famílias menores: Arawá, Kariri, Katukina, Makú, Mura-Pirahã, Nambikuara, Yanomami.

Línguas isoladas: Ticuna, Aikaná, Koiaiá, Jabuti, Kapiwana, Trumai, Máku, Awaké, Irantxe.

Fonte: Aikhenvald, Alexandra, 1996. Amazonian Languages. Manuscrito preparado para o Terceiro Instituto Australiano de Lingüística, Canberra, Australia. 1-12 de Julho, 1996.

Aproximadamente 38% das línguas da América do Sul são consideradas "ameaçadas" porque são grupos pequenos com população de 600 pessoas ou menos. Usando este critério, são 133 línguas ameaçadas no Brasil. Destas, 105 têm uma população de 225 ou menos.

Fonte: Mary Ruth Wise, 1994.

As famílias de línguas indígenas são completamente não-relacionadas com as línguas européias como português e inglês. Como resultado, a aprendizagem de uma língua indígena pode ser um desafio (leia um artigo escrito por Greg Thomson sobre o assunto). E as complexidades envolvidas na tradução de obras escritas por autores indígenas para a língua nacional também são formidáveis. (veja Complexidades Sociolingüísticas Ocorrentes na Tradução da Literatura de Autoria Indígena para a Língua Nacional).


Fonte:
http://www.sil.org/americas/brasil/portlang.htm

sábado, 19 de setembro de 2009

Empresa lança celular com “funções islâmicas”


O Conselho Superior Islâmico aprovou o celular dotado de “funções islâmicas”, ofertado pela coreana LG aos muçulmanos, um mercado potencial estimado em 1,5 milhão de pessoas, de Casablanca até a Indonésia.
O celular carrega o Corão, com música e imagens de texto que desliza na tela seguindo a recitação, e permite a sua tradução para várias línguas. O LG II GD335 traz, ainda, o anúncio das horas de oração, o convite à oração e tem, embutida, uma bússola eletrônica que indica a direção de Meca.
Outra sofisticação dirigida exclusivamente ao consumidor islâmico é a calculadora do celular, que determina com exatidão a quantidade de “zakat” – esmola, um dos cinco pilares do Islã -, que o seguidor de Maomé deve destinar aos pobres de acordo com o volume de seus ganhos anuais.
A sueca Nokia e a norte-americana Apple correram na frente nesse mercado e ofereceram aplicações específicas para o mês de Ramadã, nono mês do calendário islâmico, quando os muçulmanos praticam o jejum, o quarto dos cinco pilares do Islã. Esse é um tempo de renovação da fé e da prática mais intensa da caridade.
“No ano passado, mais de dois milhões e meio de muçulmanos baixaram em seu celular as aplicações para o Ramadã e, com base nos pedidos dos nossos clientes, melhoramos neste ano a oferta de novas aplicações”, disse para o La Repubblica o vice-presidente da Nokia para o Oriente Médio e África, Chris Braam.
A Igreja Católica e setores dela também têm recorrido às novas tecnologias de comunicação. O papa Bento XVI criou o sítio web “pope2you”, como ferramenta para enviar preces aos enfermos.
A Associação do Senhor Jesus (ASJ), seccional brasileira com sede em Campinas, São Paulo, e que se dedica à evangelização, contratou empresa de tecnologia para criar um sítio de relacionamentos com conteúdo essencialmente católico.
A página “nação católica” tem, segundo o jornalista James Cimino, da Folha de São Paulo, mais de 13 mil usuários e funciona como o Orkut, com perfis e comunidades, como a que está dedicada aos jovens de perfil atlético, que, contudo, não cultuam o corpo, mas a alma.

ALC e Notícias Cristãs - http://news.noticiascristas.com

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Programa de Tradução Babylon lança nova versão


O renomado programa de tradução Babylon está com nova versão disponível para download. O programa é pago, mas você pode utilizá-lo por um período grátis. O Babylon 8 oferece tradução em 75 línguas, e tem à sua disposição 1.400 Dicionários, além da famosa função ‘Traduza por um só clic’. O programa funciona off-line, e possui muitas outras funções interessantes.

Para baixar o programa, o link é este aqui: http://portugues.babylon.com/index.html

A Babylon disponibilizou ainda um tradutor online, gratuito e também seu Dicionário online.

sábado, 12 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Menina de 12 anos se casa com um cão: A India que a Globo não mostra

A India que a Globo não mostra: Menina de 12 anos se casa com um cão

Recentemente, uma menina de 12 anos foi casada com um cachorro, para que o animal a protegesse dos “maus espíritos” que a ameaçavam, no estado indiano oriental de Jharkhand.

O casamento, celebrado na localidade de Jamshedpur, aconteceu porque a menor tinha desenvolvido dentes adicionais, algo considerado como um mal augúrio pela população da região, explicou o sacerdote Naresh Manki.

“Em uma sociedade tribal, o fato de uma mulher desenvolver dentes complementares é considerado um mau presságio, que atinge não só ela, mas também os membros de sua família e toda a sociedade. Para salvá-la dos maus espíritos, a casamos com um cachorro”, disse Manki.

A pequena Soni teve que enfrentar o atípico casamento por ser uma “manglik”, uma pessoa astrologicamente maldita para o casamento, segundo a tradição hindu.

“As bodas são realizadas como um casamento normal, também se organiza um banquete para aqueles que participam da cerimônia”, acrescentou o clérigo.

Não é a primeira vez que na Índia são realizados casamentos entre homens e animais ou, inclusive, árvores, já que alguns astrólogos acreditam que isso liberta a pessoa de certas maldições ou do azar que os astros lhe atribuíram.

Nem sequer as estrelas da poderosa indústria do cinema indiano, Bollywood, escapam do influxo destes atavismos. No final de 2006, a atriz e miss mundo Aishwarya Rai, também uma “manglik”, teve que se casar simbolicamente com a imagem do deus hindu Vishnu, como passo prévio para poder desposar-se com o também astro de cinema Abhishek Bachchan.

Fonte: Arca Universal / Gospel+

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Curandeiros em Moçambique

Moçambique tem 1,5 milhão de pessoas contaminadas pelo vírus HIV. A cada ano, a Aids mata 100 mil moçambicanos. Essa nação extremamente pobre, do tamanho dos estados de Goiás, Maranhão e Ceará juntos, tem 72 mil curandeiros e apenas 500 médicos para cuidar de seus 20 milhões de habitantes. Uma legião de agências financiadoras e milhões de dólares prometidos por programas internacionais ainda não foram capazes de reverter a tendência de crescimento da epidemia. País de língua portuguesa, Moçambique é um dos parceiros do Brasil em um programa de cooperação que, sem custos exorbitantes e com muita dedicação dos seus participantes, vem conseguindo atenuar o impacto da Aids no país, que registra 218 mil novas infecções pelo HIV por ano.

A epidemia da Aids se transformou em uma fonte de lucro para os curandeiros de Moçambique, que prometem recuperar a saúde dos doentes desesperados.

Em todos os jornais há anúncios dos curandeiros – também chamados de “nyanga”, ou médicos tradicionais, que afirmam conseguir o que os médicos convencionais não conseguem.

Não só garantem curar a Aids, mas também se oferecem para obter aumentos salariais para seus clientes, resolver problemas espirituais ou mentais e solucionar questões amorosas.

O “nyanga” Kennet Mudine, que vive em um bairro periférico de Maputo, cerca de trinta minutos de automóvel do centro da capital, é um dos curandeiros mais conhecidos, devido ao grande volume de publicidade que coloca na imprensa.

Mudine recebe seus clientes, que devem tirar seus sapatos, em seu “consultório”, repleto de plantas, raízes e peles de cobras e outros animais.

Perguntado pela EFE sobre como consegue curar uma doença como a Aids, que a medicina moderna considera incurável, Mudine apontou para algumas raízes especiais, que segundo ele garantiu, acabam com a doença.

“Tratei muitas pessoas aqui, incluindo índios e sul-africanos, e tive muito êxito”, disse o curandeiro. Mudine comentou o caso de uma mulher, Lucia, a quem chamou para dar seu testemunho. “Eu estava muito debilitada e nem podia andar, mas depois do tratamento posso comer, andar e trabalhar”, disse por telefone. Kennet Mudine pediu que as autoridades competentes testassem seus tratamentos. No entanto, alegando “segredo profissional”, negou-se a identificar as raízes ou outros remédios utilizados para curar os doentes de Aids, para não estragar seu negócio.

Apesar de insistir que pode curar a Aids, o “nyanga” reconheceu que essa é “uma doença perigosa” e recomendou que sejam tomadas precauções para evitar a infecção.

O curandeiro lamentou que muitos dos doentes que trata sejam jovens, aos quais muitas vezes não cobra, já que não têm dinheiro para pagar, embora normalmente peça um milhão de “meticais” (cerca de 22 dólares / 18 euros).

Outro curandeiro de outro bairro periférico de Maputo, que se chama “o doutor Soba”, com menos de 30 anos, também garante que tem conhecimentos que superam os dos médicos convencionais, o que lhe permite curar doenças como a Aids.

Mas adverte que para combater a Aids é preciso começar o tratamento em menos de um mês depois do contágio, porque se for mais tarde, sua “intervenção não surte nenhum efeito”. “Recebo aqui muitas pessoas que querem tratamento, mas primeiro as mando fazer um teste para ver há quanto tempo estão infectadas”, acrescentou.

“Quando os pacientes estão muito mal, aconselho que eles recorram a um médico convencional”, disse. O tema destes “charlatões” de Moçambique que dizem poder curar a Aids é cada vez mais controverso. São muitos os que ficam indignados pelo fato dos jornais publicarem seus anúncios, quando sabe-se que a Aids não tem cura. O Diretor Nacional de Saúde de Moçambique, João Fumane, disse à EFE que esse é “um assunto extremamente complexo, e é complicado dizer que os curandeiros não podem fazer publicidade nos jornais”.

Pessoalmente, Fumane prefere que as pessoas que desconfiam ter Aids façam testes em hospitais convencionais, em vez de procurar os curandeiros, porque estes “podem extorquir dinheiro da pessoa desesperada”.

A diretora do Departamento de Medicina Tradicional do Ministério da Saúde, Adelaide Bela Agostinho, declarou: “Eu não tenho argumentos para dizer que os médicos tradicionais tratem ou não esta doença. Como vou dizer que seus tratamentos funcionam se não fizemos análise daquelas raízes e outros produtos que utilizam?”, pergunta.

“Cientificamente, ou seja, através da medicina moderna, não há cura (da Aids), mas eles dizem que curam, e eu não posso dizer que é mentira sem analisar aquelas raízes”, acrescenta Agostinho. “É preciso levar em conta que muitos remédios são fabricados à base de raízes. Por exemplo, há um remédio contra a malária que foi descoberto há milhares de anos e ninguém queria acreditar que aquelas raízes podiam curar a malária”, disse.

Moçambique tem uma das taxas mais elevadas na África subsaariana de infecção do HIV, que causa a Aids, já que dos 18 milhões de habitantes, 2 milhões são soro positivo. Calcula-se que há 700 novos casos por dia. Apenas 8 mil pessoas têm acesso aos remédios anti-retrovirais, enquanto cerca de 120 mil pessoas deveriam tomá-los.

Fumane garante que o governo de Moçambique, com a ajuda da Fundação Clinton e do Fundo Global contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, poderá atender 400 mil doentes dentro de quatro anos.

Fonte: http://www.evangelizabrasil.com

Para maiores informações sobre o Projeto PORTA INTERNACIONAL da AMME Evangelizar e os países de Língua Portuguesa, acesse: http://www.evangelizabrasil.com/2008/10/27/porta-internacional/ Fale com a missionária Alessandra Moreto pelo e-mail porta.mz@evangelizabrasil.com ou pelo telefone 0800 772 1232. Para contribuir com o programa PORTA Internacional, deposite sua oferta para AMME no Banco do Brasil, agência 3279-4, conta corrente 35.278-0. Para ser um mantenedor, ligue para 0800 121 911.

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