sábado, 28 de novembro de 2009

Teorias e expectativas na tradução do texto sagrado

Atualmente, diversas teorias da tradução têm sido expostas por teóricos e por tradutores. Uns, como Van Bruggen (1978), acreditam ser necessário traduzir literalmente conservando a estrutura do texto-fonte e fazendo somente algumas adaptações advindas das diferenças entre a língua-fonte e a língua-alvo. Outros, como Nida e Taber (1982), acreditam que seja possível encontrar um equivalente na língua-alvo de forma que o receptor tenha a reprodução do texto com a mesma relevância que teve na época bíblica. Ainda outros, como Derrida (1998) e Arrojo (1992), veem a tradução como ‘desconstrução’, ou seja, como uma prática linguística que ‘descanoniza’ o original, fazendo com que um texto sobreviva.


Essa concepção teórica que entende o original fora do centro dificilmente é aceita por um receptor de tradução de texto sagrado. Uma das prioridades desse leitor é a reprodução do original. Suas expectativas voltam-se à revelação do que Deus disse em sua palavra. Logo, não há espaço para uma recriação, pois esta se tornaria uma reprodução humana e não a retransmissão da voz divina.

Beekman e Callow (1992) apresentam quatro tipos de tradução analisando seus estilos e a aceitabilidade de cada uma. São elas: a) literal demais; b) literal modificada; c) idiomática; d) livre demais. O quadro abaixo resume a questão da aceitação de cada uma delas.

Van Bruggen (1978, p. 97), como teólogo, teoriza a questão da tradução tendo especificamente como foco a Bíblia. Para ele, esta é a Palavra de Deus e, como tal, não precisa ser adaptada nem alterada.

Nota-se, pelo quadro, que os dois extremos são considerados inaceitáveis, e os tipos intermediários apresentam-se como aceitáveis. Os autores comentam primeiramente os dois extremos: a ‘literal demais’ e a ‘livre demais’. Em relação ao primeiro tipo, indicam que a tradução visa a reproduzir as características da língua original tal como se encontra no texto-fonte. Isso dificulta a compreensão, pois as estruturas das línguas divergem e, sem uma adaptação, a tradução não alcançará seu propósito comunicativo. Além disso, a reprodução da estrutura original poderá provocar entendimentos equivocados sobre a mensagem. Sem identificar a mensagem, o leitor não conseguirá acessar esse tipo de tradução. Já, na tradução ‘livre demais’, não há preocupação com as formas linguísticas da mensagem original. Sua intenção é tornar o texto tão claro e relevante quanto possível. Isso proporciona distorções de conteúdo que comprometem a tradução.

Os dois tipos intermediários, a ‘literal modificada’ e a ‘idiomática’, buscam encontrar um equilíbrio entre os dois extremos citados. O primeiro tipo de tradução, a ‘literal modificada’, é uma adaptação da tradução ‘literal demais’. Esse tipo de tradução tem por finalidade fazer alguns ajustes gramaticais e lexicais para corrigir erros na língua-alvo. Contudo, a tradução torna-se aceitável para um grupo de pessoas que tenha acesso a obras de referência sobre contexto bíblico e que aprecie o estudo do texto. O outro tipo de tradução, a ‘idiomática’, é aquela em que o tradutor busca reproduzir para os leitores da língua-alvo o significado do original, usando as formas lexicais e a gramática natural dessa língua. Nesse tipo, entende-se que as línguas possuem formas diferentes devendo a tradução adaptar-se às especificidades de cada língua. A aceitação desse tipo de tradução advém justamente da clareza do texto expressa na língua-alvo.

Pode-se, então, perceber, observando esses dois tipos aceitáveis de tradução, que o receptor cria pelo menos duas expectativas essenciais em relação à tradução. A primeira que mais se espera é a retransmissão do ‘Original’. O leitor de um texto sagrado quer ler o original apesar de saber que ele é mediado por uma tradução. A segunda expectativa, por sua vez, é a de que a tradução seja clara, compreensível e que alcance seu objetivo comunicativo. As duas expectativas colocam o tradutor em uma difícil tarefa: buscar o equilíbrio mesmo sabendo das limitações linguísticas, históricas e sociais a que um texto se sujeita.

Mariú Lopes é formada em Teologia, pelo Seminário Teológico Betel Brasileiro (2002), e em Letras-Tradutor, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2004). Mestre em Letras/Linguística pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2008) e doutoranda do Programa de Pós-graduação em Letras, pela mesma instituição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARROJO, R. A tradução passada a limpo e a visibilidade do tradutor. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas: Editora da UNICAMP, 1992.
BEEKMAN, J.; CALLOW, J. A arte de interpretar e comunicar a Palavra escrita: técnicas de tradução da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1992.
DERRIDA, J. Carta a um amigo japonês. In: OTTONI, P. (Org.). Tradução: a prática da diferença. Campinas, UNICAMP, 1998.
NIDA, E. A.; TABER, C. R. The theory and practice of translation. Leiden: Brill, 1982.
VAN BRUGGEN, J. The future of the bible. Nashville: Thomas Nelson, 1978.


Fonte: Portal Vida Nova

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Serviços de tradução gratuita online

*
Uma seleção de diversos sites de tradução. Dica extraída do site
http://br.wwwhatsnew.com


1

Serviço limitado a 150 palavras, capaz de traduzir textos, emails e webs.

Babel Fish

babel

Traduz textos e páginas web. Limitado também a 150 palavras.

Babylon

babylon

Muito conhecido e completo, capaz de traduzir palavras regionais e termos técnicos.

SDL FreeTranslation

sdl

Com um limite de 10000 caracteres tem um serviço gratuito e premium, onde se realizam traduções feitas por profissionais.

Frengly.com

frengly

Excelente desenho, oferecendo um serviço muito intuitivo em dezenas deidiomas diferentes.

Google Translate

google

O clássico serviço de tradução de Google. Rápido e com muitos componentes que lhe integram em qualquer pagina da web.

ImTranslator

trans

Oferece serviços de reconhecimento de texto e teclado virtual. Limitado a mil caracteres.

PROMT Translator

promt

Não aceita idiomas asiáticos, mas realiza um bom trabalho com idiomas europeus até os 3000 caracteres que tem como limite.

SYSTRANet

systranet

3000 caracteres para traduzir textos e páginas web.

WorldLingo

wordlingo

Traduz páginas, textos e documentos com um limite de 500 palavras.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Leão, o Leopardo, a Píton e o pequeno Kintano


Durante os anos em que trabalhamos entre as etnias Konkombas no nordeste de Gana, África ocidental, muitas vezes nos surpreendemos com a forma como os novos crentes interpretavam e contextualizavam os ensinos bíblicos a medida que lhes eram apresentados, utilizando histórias, contos e provérbios milenares na cultura Konkomba para elucidar o princípio em questão. Ao fim de uma exposição bíblica sempre há alguém que diga: Temos um conto que explica isto!

Visualizando a profundidade de uma língua recheada de provérbios onde curtas expressões como ‘Aananken amman’ significa ‘Não julgue a sabedoria de um homem pelos seus cabelos brancos, mas pela verdade em suas palavras’, nos deparamos com inúmeros contos que expressam, culturalmente, a forma como a tribo entende e avalia os princípios bíblicos dentro de sua cosmovisão.

Estas próximas linhas trazem um destes contos, que nos foi narrado por dois Konkombas e um Bassari, após termos falado sobre as estratégias do inimigo em confundir o povo de Deus, quando mencionamos o texto de 1 Pedro 5:8 - “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Procurei, até onde foi possível, realizar uma tradução acurada, utilizando algumas poucas adaptações nas expressões tipicamente Konkombas com pouca equivalência em Português.
Que este conto sirva de edificação para a sua vida advertindo-o contra aquele que veio somente para roubar, matar e destruir. Em Cristo, “Tindindana”- Senhor das vitórias,

Ronaldo Lidório

O Conto
“Vivia em uma mata junto ao rio Molan um Leão idoso e sábio que, como líder dos animais que habitavam a terra, era grandemente respeitado entre todos. Devido aos longos anos de experiência em liderança, desenvolveu uma personalidade paciente, meticulosa, vagarosa, quase beirando a contemplação. Entretanto, era por demais ouvido entre todos quando se levantava pensativamente de sua moita favorita usualmente dizendo: ‘Creio que sei o que deve ser feito!’ Até seus rivais que o criticavam pelo seu jeito pacificador de ser, enxergavam nele uma fonte de sensatez.


Havia apenas um pequeno e quase imperceptível defeito em sua personalidade o qual, por tão pequeno, não era por ninguém visto como erro, mas sim como uma excentricidade, ou ‘até uma virtude’ - diziam muitos: o Leão odiava sujeira! Lama, restos de comida ou uma simples poeira o deixava irritado e descontente. Não chegava a ser, entretanto, suficiente para nenhuma discórdia ou discussão. No máximo um desabono como um balançar de cabeça ou um ligeiro suspiro de indignação.
Descendo o rio, no topo de uma árvore pouco frondosa, morava o Leopardo. Ele era esguio e vivaz. Alegre, contador de piadas e particularmente gostava de narrar engraçadas histórias sobre os habitantes do rio. Sendo o único animal de grande porte naquela parte da floresta era chamado em qualquer emergência e, mesmo sem a ponderação e experiência do leão, promovia soluções fazendo piadas dos problemas e tornando-os menos sérios. Quase nunca usava sua autoridade de mais forte e gostava de andar ao redor toda tarde prometendo aos macacos que eles seriam a sua refeição do dia seguinte se nada melhor aparecesse, o que gerava uma algazarra nas árvores enquanto ele dava boas risadas.
Apesar de amigo e companheiro havia algo que o impedia de ter mais proximidade com outros animais. Ele ficava enraivecido sempre que alguém o fitava. Poderia conversar longamente com todos, desde que ninguém olhasse diretamente em seus olhos, pois ficaria por demais irado e, com um rugido, saía mal-humorado. Mas todos, conhecendo esta particularidade, sabiam como tratá-lo e até brincavam entre si dizendo que ele ficara assim desde que vira sua própria face no espelho de água do rio Molan, e admirou-se de como era feio. Era apenas uma versão entre os macacos que se divertiam com esta história durante as noites. Ninguém, nem mesmo ele, na verdade, sabia o porquê desta irritação ao ser fitado. Conhecendo de antemão o seu temperamento, todos sabiam como tratá-lo e tudo corria bem naquela parte da mata.
Mais distante próximo ao pântano da árvore alta vivia Píton, a cobra. Dentre tantas outras cobras que habitavam aquela área, Píton era a maior, mais forte e mais inteligente dentre elas. Apesar de temida entre todos os animais, Píton não era de tão difícil relacionamento como imaginavam. Era séria, compenetrada e muito desconfiada, sem dúvida. Mas também sempre se mostrava bem disposta a ajudar em momentos de crise. ‘Quando houve a última enchente’- reconhecem todos – ‘Píton foi a primeira a voluntariar-se para ajudar os animais que não conseguiam nadar’. ‘Mas também fala disto até hoje!’- completam os mais críticos. Apesar de não ter a sensatez do Leão e a descontração do Leopardo, Píton era reconhecida como líder. ‘Um líder não deve ser temido, ranzinza e Desconfiado’- lembravam os macacos, mostrando que lhe retirariam o cargo se pudessem. Era sabido que Píton, a cobra, possuía um grande complexo de inferioridade pelo fato de se postar sempre mais baixa que os outros animais, por ter que rastejar.Muitos, assim, ignoravam a sua presença. Certa vez um elefante quase a pisou por não vê-la, o que causou grande indignação. Desde então ela detesta ser tocada e sempre lembra a todos o seu lema: ‘Nunca pise em mim!’
Certo dia surgiu um assunto de urgência que envolvia toda a floresta. Algumas hienas, temidas por todos os animais de bem, decidiram mudar-se para aquela região. Todos estavam preocupados e criavam muitos boatos e rumores sobre isto. O Leão, prevendo um estado de pânico, decidiu convocar uma reunião entre a liderança da floresta: ele, o Leopardo e a Píton iriam se reunir junto à sua moita no dia seguinte.
No dia esperado, logo cedo, chegou o Leopardo e como de costume fazia piadas do Leão chamando-o de “Jubinha” referindo-se a um fato constrangedor e nunca mencionado pelos outros animais: o Leão nascera com menos pelo em sua juba que outros da sua espécie. Fingindo ignorar as piadinhas o Leão chamou-o para baixo da árvore e ofereceu-lhe água do riacho que por ali passava. Logo em seguida, sutil e esguia, chegou Píton causando surpresa no Leão. ‘Não pensei que viria tão cedo’ - comentou ele referindo-se aos constantes atrasos de Píton nas últimas reuniões de liderança. Como sempre Píton permanecia calada e procurou calmamente o lugar mais úmido para se enrolar.
Durante o dia o Leão, o Leopardo e Píton conversaram sobre todas as implicações da vinda das hienas para a floresta e, após ouvir longamente as inúmeras sugestões dos outros animais, estavam prestes a tomar uma decisão quando foram interrompidos pela comida que chegava. ‘Pensei que era plano do Leão trazer-nos aqui para matar-nos de fome’ - comentou o Leopardo entre risos. Comeram regaladamente e após tudo ser devidamente limpo decidiram descansar por um curto período antes de retomarem as discussões.
Neste momento, enquanto Leão, Leopardo e Píton dormiam, surgiu sorrateiramente um
pequeno inseto típico daquela parte da floresta chamado Kintano. É uma espécie de grilo com apenas 2 centímetros de tamanho e que costuma fazer um buraquinho na areia onde esconde-se nos momentos mais quentes do dia. Sem ser por ninguém percebido, Kintano pulou até o lugar onde o Leão deitava sobre sua limpa e macia moita e começou a cavar o seu buraquinho com suas patinhas traseiras, lançando a areia para trás à medida que desaparecia dentro do seu abrigo. Entretanto, com a força de suas patinhas, Kintano conseguiu arremessar aquela fina areia até o focinho do Leão o qual, cheirando a poeira, levantou-se de um salto julgando ser uma brincadeira do Leopardo. Fitou-o bem nos olhos e num rugido gritou: ‘por que me sujou? Você sabe como detesto sujeira!!’
O Leopardo rosnou indignado: ‘Não sei do que está falando, mas você sabe que odeio quando alguém me fita!’
Os dois começaram uma estrondosa luta quando, não percebendo a Píton, o Leopardo a pisou com sua pata traseira fazendo-a acordar irada e gritando: ‘Não admito ser pisada por ninguém!’
O Leopardo, mais jovem e forte, matou o Leão em uma tremenda batalha! A Píton, sagaz, enlaçou o Leopardo e o apertou até que morresse; entretanto, com tamanho esforço, não resistiu e também morreu. Houve silêncio em toda a floresta.
Como líderes tão bondosos, gentis e responsáveis chegaram ao ponto de se matar? - Perguntavam todos. Os animais da floresta, atônitos, baixaram suas cabeças e dispersaram-se. E o Kintano...
O Kintano, após tudo acabar, saiu do buraquinho na areia, olhou ao seu redor e começou a pular em direção a outro vale, a procura de outros líderes em outras florestas.
‘U Mallenyaan nyen Kintan so. U nyen kenin, sedimaten, tob anun ni kagbaan pu na’.
‘O Diabo é como o Kintano. Ele veio apenas matar, roubar e destruir’ - dizem os Konkombas.”

via blog Pensar e Orar

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estudo sobre o Islamismo

Estudos sobre o Islamismo

A Missão A Voz dos Mártires apresenta os estudos do Dr. Salim Almahdy, autor da série "Uma Olhada Por Trás do Véu", é um cristão especialista em Islamismo. Nasceu e foi criado em um país muçulmano. Através da seção "Uma Olhada Por Trás do Véu" o Dr. Almahdy procura desvendar as verdades a respeito do islamismo, bem como apresentar os testemunhos encorajadores de muçulmanos convertidos ao cristianismo e de cristãos que ministram aos muçulmanos.

1- Perguntas e Respostas: O Islamismo Ensina Que Todos Adoramos o Mesmo Deus?
2- Os Mais Belos Nomes de Alá
4- O Perdão no Islamismo
5- O Ramadã
6- Como Vivem Os Cristãos sob o Regime Islâmico
7- Inferno e Paraíso no Islamismo
8- Como as Mulheres são Tratadas no Islamismo
9- Como Alcançar os Muçulmanos - 1ª Parte
10- Como Alcançar os Muçulmanos - 2ª Parte
11- Como Alcançar os Muçulmanos - 3ª Parte
12- Como Alcançar os Muçulmanos - 4ª Parte
13- Como Alcançar os Muçulmanos - 5ª Parte
14- Como Alcançar os Muçulmanos - 6ª Parte
15- O Islamismo e o Livre Arbítrio
16- Em Nome da Liberdade
17- Cristianismo e Islamismo

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

TWITTER



Parece que o Twitter veio mesmo para ficar. Criado em 2006, o Twitter ‘explodiu’ de verdade a partir de meados de 2008, e hoje a plataforma reúne milhões de usuários, entre famosos e anônimos de todos os calibres.

Além de ser uma boa maneira de se comunicar em velocidade e manter-se informado, é ainda um excelente local para você divulgar os posts de seu blog, por exemplo (sobre essa proveitosa interação entre blogueiros e o Twitter, leia dois interessantes textos no blog do Tiago Dória, Aqui e Aqui).

Siga-me no Twitter, e fique atualizado sobre tudo o que rola nos diversos blogs que mantenho, ou onde colaboro, além de receber outras dicas exclusivas:
http://twitter.com/sammisreachers

E a União de Blogueiros Evangélicos também já está lá, acompanhe:
http://twitter.com/ubeblog

sábado, 14 de novembro de 2009

Conheça o Cazaquistão



DADOS GERAIS:

Capital
Astana

Governo
República, chefiada pelo presidente Nursultan Abishuly Nazarbayev desde dezembro de 1991

População
15,5 milhões (52,8% urbana)

Área
2.717.300 km2

Localização

Ásia Central

Idiomas
Cazaque, russo

Religião
Islamismo 47%, cristianismo ortodoxo russo 44%, protestantismo 2%, outras 7%

Perseguição

Alguns problemas


Restrições
A Constituição provê liberdade religiosa. Os que abandonam o islamismo são pressionados pela sociedade


Bandeira do Cazaquistão


O Cazaquistão (em cazaque Қазақстан, transl. Qazaqstan) é um país fundamentalmente asiático, embora também inclua uma região relativamente pequena que, geograficamente, pertencente à Europa: a área entre o rio Ural e a fronteira russa, que é o ponto mais oriental de todo o continente europeu. Esta característica faz do Cazaquistão uma nação transcontinental. Limita-se a norte e oeste com a Rússia, a leste com a China, a sul com o Quirguistão, o Uzbequistão e Turcomenistão e a oeste com o mar Cáspio.

O Cazaquistão foi um dos países que se tornaram independentes com a dissolução da União Soviética, tendo se declarado independente em 16 de dezembro de 1991.

O Cazaquistão é um enorme país, cujo território é do tamanho de toda Europa Ocidental. Ele possui vastos recursos minerais e grande potencial econômico.

A paisagem varia de regiões montanhosas e bastante povoadas do leste às planícies do oeste, pouco habitadas, mas ricas em recursos naturais. O industrializado norte é marcado por vegetação e clima siberiano; o centro tem suas estepes áridas e vazias, e o sul é fértil.


Subdivisões do país

História

Os cazaques, população nativa do país, são uma mistura de tribos nômades turcas e mongóis que chegaram à região no século XIII.

A área foi conquistada pela Rússia cinco séculos depois, e o Cazaquistão se tornou uma República Soviética em 1936.

Durante as décadas de 1950 e 1960, um programa agrário russo estimulava cidadãos soviéticos a cultivar o norte do Cazaquistão. Esse influxo de imigrantes, formado por russos, na maior parte, e outras etnias deportadas, fez com que o número de estrangeiros superasse o de nativos.

O país alcançou a independência em 1991, o que levou muitos recém-chegados a emigrar.

Atualmente, o país luta para desenvolver sua identidade nacional.


Governo

O atual presidente, Nazarbayev, tomou o poder em 1989, no cargo de primeiro secretário do Partido Comunista do Cazaquistão. Ele foi eleito presidente no ano seguinte. Ele foi re-eleito depois da queda da União Soviética em 1991.

Nazarbayev concentra amplos poderes e é acusado pela oposição de reprimir dissidentes. Embora diga que defende a democracia, alerta que uma mudança rápida pode colocar a estabilidade em risco.

Um referendo em 1995 estendeu seu mandato e em 1999 ele foi re-eleito. Seu oponente foi proibido de participar por detalhes técnicos.

O parlamento aprovou, em 2007, que Nazarbayev ficasse no poder por um número ilimitado de mandatos. Quando ele sair do poder, terá lugar permanente no conselho de defesa e o cargo de chefe da assembleia popular.

As forças políticas de oposição e os meios de comunicação independentes têm suas atividades restringidas. O governo controla a imprensa, algumas estações de rádio e televisão.


População

O país é diverso etnicamente. Os cazaques, a etnia original, compõem mais de metade da população. Os russos são 28% e o restante é de outros povos do leste europeu. Esses grupos étnicos geralmente vivem em harmonia.

O Cazaquistão é um país bilíngue. A língua cazaque, falada por 64,4% da população, tem o status de "idioma estatal". O russo é declarado a "língua oficial" e é usado nos negócios.

A educação é compulsória até o fim do ensino médio. A taxa de alfabetização é 99,5%.

É alto o número de viciados em drogas. O Cazaquistão tem a taxa mais alta de infectados com o vírus HIV da Ásia Central.


Economia

O Cazaquistão é rico em petróleo e 67% das exportações feitas pelo país são de derivados do petróleo.

Embora o país seja o mais rico da Ásia Central, a pobreza é ainda ampla. Depois da independência, a riqueza ficou concentrada na elite.

A corrupção e a burocracia impedem o desenvolvimento de iniciativas privadas.


A Igreja

Nos séculos VII e VIII, o nestorianismo espalhou-se pelo sul do Cazaquistão e chegou a influenciar os líderes. Estabeleceram-se sedes episcopais na região.

Tamerlão, o último dos grandes conquistadores nômades da Ásia Central, erradicou o cristianismo no século XIV. Na sua luta para conquistar o mundo, Tamerlão matou infieis, porque não eram muçulmanos, e muçulmanos, porque não eram fieis.

Durante o "Grande Expurgo" - período em que o ditador soviético Josef Stalin perseguiu seus opositores políticos -, muitos cidadãos foram deportados para o Cazaquistão, entre eles, cristãos ortodoxos, católicos e protestantes.

Sacerdotes também foram deportados e enviados a campos de concentração no Cazaquistão. Uma vez soltos, eles iniciaram um ministério clandestino. A Igreja cresceu principalmente entre os não-cazaques.

Após a independência, luteranos russos de origem alemã saíram do Cazaquistão com destino à Alemanha, à Rússia e a outros países.

A influência cristã diminuiu, mas a independência trouxe mais liberdade religiosa ao país. Missionários e evangelistas levaram milhares de cazaques a abraçar o cristianismo. Nasceu, então, uma forte Igreja no Cazaquistão.


A perseguição

Existe a pressão da sociedade: para os cazaques, abraçar o cristianismo significa perder a identidade nacional. Um convertido comentou: "A maioria dos meus amigos cazaques toma álcool e não pratica os rituais islâmicos. Mas eles se consideram muçulmanos. Para eles, quem se torna cristão é um traidor que rejeitou os costumes nacionais".

Isso acontece porque, como em outros países da Ásia Central, o cristianismo é considerado como a religião dos russos. Especialmente no sul do país, perto da fronteira com o Uzbequistão, recém-convertidos têm problemas com seus parentes, clérigos ou patrões. Alguns perdem o emprego e são expulsos de casa.

Oficialmente falando, há liberdade religiosa no país. Entretanto, um assunto que tem preocupado a Igreja nos últimos dias é uma lei que dá ao Estado maior controle sobre as atividades religiosas.

Em 11 de fevereiro de 2009, o Conselho Constitucional do Cazaquistão afirmou que a nova lei religiosa é inconstitucional. A lei foi mandada ao presidente, que deve revisá-la até março.

As autoridades oprimem a Igreja de diversas formas. O registro das comunidades religiosas é compulsório, sob risco de multa. Forças de segurança interrompem cultos cristãos, filmando os participantes e recolhendo informações pessoais. Isso intimida os membros da igreja e outras pessoas que se interessem em participar dos cultos.

Os cristãos protestantes sofrem mais que os outros, pois o governo desestimula a associação a grupos religiosos não-tradicionais (como a Igreja católica e a ortodoxa).

Muitos consideram os cristãos protestantes como membros de grupos não-tradicionais. A Igreja Batista é considerada uma seita.

Além disso, os meios de comunicação controlados pelo governo geralmente os retratam como ameaça à segurança e à sociedade.

Andrei Blok, um pastor batista da cidade de Esile, próximo à capital, foi processado por atividade religiosa não-registrada. A Igreja que pastoreia não é registrada - e nem quer o registro. Por dirigir uma congregação não-registrada, o pastor Andrei foi multado. No entanto, ele se recusou a pagar a multa.

Em outubro de 2008 teve início seu julgamento. Os membros de sua igreja temiam que ele fosse sentenciado a seis meses de prisão.

O juiz que presidiu o caso puniu Andrei com 150 horas de trabalho obrigatório. Sua família comenta: "Se não fosse pelos inúmeros telefonemas internacionais que o tribunal e as autoridades receberam, Andrei teria sido sentenciado a alguns meses na prisão".


Motivos de oração

1. A Igreja está preocupada com a nova lei religiosa. Se a lei for aprovada pelo presidente, trará restrições na prática do culto. Peça a Deus para conduzir a decisão do presidente Nursultan Nazarbayev.

2. O islamismo espalha-se rapidamente. Aumentou o número de propagandas islâmicas no país, principalmente na região da fronteira com o Uzbequistão. Peça a Deus para derramar ousadia sobre a Igreja cazaque para alcançar os muçulmanos, mas também sabedoria, a fim de que saiba como conduzir esse ministério.

3. Os cristãos protestantes sofrem com a publicidade negativa. Ore para que a sociedade seja mais justa em relação aos cristãos, e procure conhecê-los melhor antes de rotulá-los como traidores e ameaças.


____________________________________

FOTOS




Nas fotos acima, a capital do país, Astana



Vendedores


Mar de Aral




Almaty é a maior cidade da era soviética do Cazaquistão


Torre Bayterek, em Astana, capital do Cazaquistão.


Mesquita em Pavlodar; os cazaques seguem
predominantemente o
Islamismo Sunita.


Fonte dos textos: Missão Portas Abertas e Wikipédia (adaptados)

domingo, 8 de novembro de 2009

Um artigo da Constituição da Índia



Leitura completa da Constituição em inglês AQUI


III PARTE

DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direito à Igualdade


15. Proibição de discriminação no campo da religião, raça, casta, sexo ou local de nascimento.

(1) O Estado não poderá discriminar qualquer cidadão com base em religião, raça, casta, sexo, local de nascimento ou qualquer deles.

(2) Nenhum cidadão poderá, com base na religião, raça, casta, sexo, local de nascimento ou qualquer deles, ser considerado inapto, obrigado, restringido ou condicionado a respeito de -

(a) Acesso a lojas, restaurantes públicos, hotéis e lugares de entretenimento público; ou

(b) Utilização de poços, tanques, locais de banho, estradas e lugares de lazer públicos mantidos completamente ou em parte por verbas estatais ou dedicados ao uso do público em geral.

(3) Nada neste artigo impedirá o Estado de fazer qualquer provisão especial para as mulheres e crianças.

(4) Nada neste artigo ou em cláusula (2) de artigo 29 impedirá o Estado, de tomar qualquer iniciativa para a promoção e para o desenvolvimento educacional das classes mais atrasadas ou castas ou tribos marginalizadas.

Fonte: http://www.estudos-biblicos.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

NEPAL: Criança de três anos de idade é eleita como uma deusa viva



A criança nepalense Matani Shakya foi eleita como uma deusa viva, no Nepal, pelos sacerdotes budistas e hindus, no dia 07 de Outubro. Aclamada com hinos, flores, grãos de arroz e roupas de seda, a kumari (deusa viva) recebeu a aprovação dos padres budistas e do presidente do Nepal, Ram Baran Yadav, em uma tradição que já dura séculos e que tem laços profundos com a monarquia nepalesa, abolida em maio deste ano.

Kumari

Matani Shakya passou por um rigoroso processo de seleção.

E agora viverá em isolamento quase total até a puberdade.

Segundo a cultura, uma kumari é a encarnação da deusa Taleju. Ela é escolhida entre os dois e quatro anos de idade, sempre do mesmo clã budista. De acordo com a tradição, ela precisa ter 32 qualidades, entre elas a perfeição dentária, capilar e cutânea e nunca ter passado por nenhum tipo de doença. Não pode ter medo do escuro e seus olhos necessariamente devem ser amendoados e simétricos. Existem várias kumaris no Nepal.

Antes de escolhida, passa por um aterrorizante processo de seleção. Além de alguns rituais e estudos astrológicos, ela deve passar uma noite em um quarto, sozinha, rodeada de cabeças de bodes e búfalos sacrificados. Durante essa noite, ela deve permanecer sem chorar, tremer, pedir ajuda ou desistir.

Quando aprovada, uma kumari deve viver totalmente isolada em uma residência especial até atingir a puberdade. Não sai de seu palácio, somente em ocasiões de rituais especiais.

Rejeição

Apesar de serem adoradas e consideradas como deusas, essas crianças são afastadas do convívio com os pais, são rodeadas de duras regras e rituais e, após o término, quando menstruam, enfrentam rejeição da sociedade.

Uma lenda nepalesa diz que as ex-kumaris trazem vida curta aos seus maridos. Isso as torna rejeitadas por possíveis pretendentes.

Em 2006, a Suprema Corte do Nepal ordenou a abertura de um inquérito para apurar se a tradição kumari levou à exploração de meninas. Muitos defensores de direitos humanos têm condenado essa prática. Ela não se faz mais obrigatória, uma vez que a monarquia no Nepal teve fim em maio desse ano.
Infelizmente, essa é uma realidade do Nepal pela qual a Igreja de Jesus deve orar. Além de toda a idolatria e feitiçaria envolvida nesse processo ritualístico kumari, dezenas de crianças têm sofrido de geração em geração. Creia, Jesus é maior do que tradições e rituais! Ore por essas crianças, ore pelo Nepal!

via http://www.pesformosos.com

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Traduzindo a Palavra, Transformando o Planeta - 2° Conferência de Tradução da Bíblia



2a Conferência de tradução da Bíblia
Traduzindo a Palavra, Transformando o Planeta
Dia 21/11
Das 10:00 às 18:00 horas
Auditório da Sociedade Bíblica do Brasil - São Paulo

Para maiores informações, visite: http://alumi.org.br/tb/

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