quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estônia é o país menos religioso do mundo



Vinte anos após o colapso da União Soviética, a Estônia, uma das antigas repúblicas do regime comunista, mantém praticamente intacto um traço marcante dos anos em que era dirigida por Moscou - o desinteresse pela religião.
Uma pesquisa do Instituto Gallup, de 2009, indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo, pelo menos estatisticamente. Apenas 16% da população considera que a religião desempenha um papel importante em suas vidas (contra 99% dos habitantes de Bangladesh, os mais religiosos).
O repórter Tom Esslemont, da BBC, foi ao país báltico conhecer a espiritualidade dos seus habitantes:
A princípio, as ruas da cidade litorânea da capital estoniana Tallinn podem até dar ao visitante uma sensação distinta: cúpulas fazem parte da paisagem, sinos tocam aos domingos e hinos religiosos são ouvidos nas catedrais.
Uma olhada mais atenta, no entanto, revela a realidade da espiritualidade estoniana. Cerca de 70 dos fiéis que participavam do culto dominical da Igreja Luterana de Tallinn eram turistas holandeses. Apenas 15 eram estonianos.
O pastor Arho Tuhkru não vê a baixa frequência como um problema: "As pessoas creem, mas não querem se ligar a uma igreja. Por aqui não temos a tradição de uma família inteira vir à igreja", disse.

Hostilidade histórica
Embora a Igreja Luterana seja a maior denominação religiosa da Estônia, ela representa apenas 13% da população do país.
A falta de interesse pela religião começa já nas escolas, onde os alunos aprendem que o Cristianismo foi imposto no país pelos invasores germânicos e dinamarqueses.
Ringo Ringvee, especialista em religião, diz que a Estônia "é uma sociedade secular onde a identidade religiosa e nacional não se cruzam".
A língua também cumpriu um papel determinante na rejeição de muitos estonianos à religião, segundo Ringvee.
"Os luteranos falavam alemão. Os russos ortodoxos chegaram no século 19 e até o século 20 continuavam falando russo", disse.
Com a fundação da Igreja Ordoxa Estoniana, em 1920, o culto passou a ser na língua local (com o ramo estoniano fiel ao patriarca de Constantinopla, e não ao de Moscou).
Nos anos 1940, a União Soviética anexou o país báltico. Até o fim do regime comunista, em 1991, a religião foi desincentivada pelo Estado.
Diferente de outros países, que experimentaram um reavivamento religioso após a desintegração soviética, a Estônia continuou pouco crente. Mas o desapego às igrejas tradicionais não significa que os estonianos não acreditem em nada.

Culto à natureza
A 300 km de Tallinn, no meio da floresta, um grupo de fiéis cultuam as forças da natureza.
"Somos pagãos", diz Aigar Piho. "Nosso deus é a natureza. Você deve parar, sentar e ouvir".
Como muitos estonianos, Piho se considera um espiritualista. Ele também é membro da comunidade Maausk, um culto pagão que venera a terra e as árvores, sem rituais pré-estabelecidos.
Durante um festival religioso, os seguidores cantam e dançam ao redor de uma grande fogueira.
Tradições como essa estão arraigadas na sociedade local, onde mais de 50% dos estonianos dizem acreditam em alguma força espiritual, mesmo que não consigam definí-la.

Folclore
Para alguns pesquisadores, no entanto, as tradições não são tão antigas quanto parecem.
"Elas são geralmente baseada no folclore do século 19 e 20", segundo o arqueólogo Tonno Jonuk, especialista em religião pré-histórica.
"É algo que eles acreditam e seguem. Mas não é nada medieval ou anterior ao Cristianismo", diz.
A concepção de Jonuk não é, no entanto, compartilhada pelo grupo Maavalla Koda. A organização com 400 integrantes diz ser baseada no antigo calendário rúnico (baseado em runas).
Entre os seguidores estão Andres Heinapuu e seu filho Ott. Para ambos, espiritualidade é uma experiência intensamente pessoal.
"A árvore não tem ouvido. Eu penso na questão em frente à árvore. Então, sinto que recebo a resposta", diz. Para o estoniano, "a árvore é um sujeito, não um objeto".

Fonte: BBC Brasil, 31/08/2011
via http://www.institutojetro.com
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sábado, 24 de setembro de 2011

Burkina Faso




http://pt.wikipedia.org


Burkina Faso (Burkina FassoBurquina Faso[2][3][4] ou Burquina Fasso), antigo Alto Volta, é um país africano limitado a oeste e a norte pelo Mali, a leste pelo Níger, e a sul pelo Benin, pelo Togo, por Gana e pela Costa do Marfim. Sua capital é a cidade de Uagadugu. O país possui a pior taxa de alfabetização do mundo (23,6%).



História

Tal como toda a África ocidental, o Burkina Faso foi povoado em tempos remotos, com destaque para os caçadores-recolectoresda parte noroeste do país (12 000 a 5 000 a.C.), cujas ferramentas (raspadeirascinzéis e pontas de seta) foram descobertos em1973. Entre 3 600 e 2 600 a.C. surgiram povoamentos de agricultores, e os vestígios dessas estruturas deixam a impressão de edifícios relativamente permanentes. O uso do ferrocerâmica e pedra polida desenvolveu-se entre 1 500 e 1 000 a.C., tal como a preocupação com os assuntos espirituais, como é demonstrado pelos restos de enterramento que têm sido descobertos.
Em 1896, o reino Mossi de Uagadugu tornou-se protectorado francês depois de ser derrotado pelas forças francesas. Em 1898, a maior parte da região que corresponde hoje ao Burkina Faso foi conquistada. Em 1904, estes territórios foram integrados na África Ocidental Francesa, no coração da colónia do Alto-Senegal-Niger (Haut-Sénégal-Niger).
4 de Setembro de 1947, o Alto Volta foi recriado nas suas fronteiras de 1932. A 11 de Dezembro de 1958, alcançou o auto-governo, e tornou-se numa república membro da Comunidade Franco-Africana (La Communauté Franco-Africaine). A independência completa foi atingida em 1960. O primeiro golpe militar ocorreu em 1966, e o país regressou ao governo civil em1978. Em 1980 deu-se outro golpe, liderado por Saye Zerbo, que foi derrubado em 1982. Um contra-golpe foi lançado em 1983, deixando no poder o capitão Thomas Sankara. A 4 de Agosto de 1984 o nome do país foi mudado para o atual. O actual presidente é Blaise Compaoré, que chegou ao poder em 1987 depois de um golpe de estado que matou Thomas Sankara.


Geografia


Ouagadougou, capital do país.
O Burkina Faso (anteriormente com o nome de Alto Volta) é um país do Sahel, sem litoral, que faz fronteira com seis nações. Estende-se entre o deserto do Saara e o golfo da Guiné, a sul da curva do rio Níger. O terreno é verde no sul, com florestas e árvores de fruto, e desértico no norte. A maior parte do Burkina Faso central fica num planalto baixo, coberto por savana, a uma altitude de 200 - 300 metros, com campo aberto, bosques e árvores isoladas. As reservas de caça do Burkina Faso — as mais importantes das quais são as de ArlyNazinga, e do Parque Nacional W — contém leõeselefantes,hipopótamosmacacosfacocheros e antílopes. O turismo não está bem desenvolvido.
O total de precipitação anual varia entre 100 centímetros no sul e menos de 25 centímetros no norte e nordeste, onde os ventos quentes do deserto acentuam a secura da região. O Burkina Faso tem três estações diferentes: morna e seca (de Novembro a Março), quente e seca (de Março a Maio) e quente e úmida (de Junho a Outubro). Os rios não são navegáveis.

Demografia

A maioria da população vive no Sahel (região do Saara). Os Mossi, os habitantes originais, gozam de grande influência política.
  • População (hab): 10 891 000.
  • Taxa anual de crescimento (%): 2,6
  • Densidade demográfica (hab./km²): 39,7
  • População urbana (%) : 17.
  • População Ativa (%-1988): 78,1

Política

constituição do Burkina Faso de 2 de Junho de 1991 estabeleceu um governo semi-presidencial com um parlamento(assemblée) que pode ser dissolvido pelo Presidente da República, que é eleito para mandatos de cinco anos. Este prazo foi estabelecido numa revisão da constituição levada a cabo em 2000, que reduziu a duração do mandato que anteriormente era de sete anos, o que só será posto em prática em 2005 aquando das eleições presidenciais seguintes. Outra mudança aprovada na revisão impediria o actual presidente, Blaise Compaoré, de ser reeleito. No entanto, uma vez que Compaoré foi eleito em 1998, não está claro se a revisão será aplicada retroactivamente ou não.
O parlamento consiste de duas câmaras: a câmara baixa (l'Assemblée Nationale) e a câmara alta (la Chambre des Représentants). Também existe uma câmara constitucional, composta por dez membros, e um conselho económico e social cujos papéis são principalmente consultivos.

Subdivisões

Ver artigos principais: RegiõesProvíncias e Departamentos do Burkina Faso.

(Clique na imagem para ampliar)
O Burkina Faso está dividido em 13 regiões, 45 províncias e 351 departamentos.
Regiões:
Províncias:
Departamentos:

Economia

O Burkina Faso é um dos países mais pobres do mundo, com alta densidade demográfica e uma renda per capita inferior a US$ 300. Mais de 80% da população do país depende da agricultura de subsistência, altamente vulnerável à escassez de chuvas.



Infraestrutura

Educação
Alfabetização de 24%.
Saúde
A saúde se concentra em serviços de atendimento primário e sem vacinação.


Cultura

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ALGUMAS IMAGENS







 Aeroporto na capital 

 Vista aérea da capital

Mesquita na capital do país

Memorial aos Mártires
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