sexta-feira, 27 de julho de 2012

A fome na Somália - um ano depois: O longo caminho para a resistência à seca

Seca_na_Somlia






Exatamente há um ano atrás, as Nações Unidas decretaram o estado de fome no sul da Somália. A crise de seis meses causou milhares de mortes e exigiu um programa de ajuda humanitária massivo antes de ter sido declarada oficialmente terminada em 2 de fevereiro de 2012.

Hoje a Somália está no caminho para a recuperação, mas a situação continua crítica e a continuidade da ajuda é vital para preservar a segurança alimentar.

Luca Alinovi, que comanda as operações da FAO na Somália, adverte: “através da conceção e execução de melhores processos de recuperação, vimos as comunidades voltarem a erguer-se em meses. Mas o perigo é que elas poderiam voltar a ficar em crise, se nos desligarmos agora.”

Grave perigo

Esse perigo torna-se ainda mais grave tendo em conta a última previsão da Unidade de Análise de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO na Somália que adverte que as chuvas reduzidas deste ano vão resultar numa colheita abaixo da média ou pobre em muitas partes do sul, incluindo a região de Bay, a maior produtora de sorgo. Esta área é normalmente responsável ??por cerca de dois terços da produção total de sorgo do país.

Isto poderia levar a uma deterioração da situação de segurança alimentar – atualmente classificada como muito crítica em muitas partes do sul da Somália – apesar dos consideráveis esforços ??humanitários desenvolvidos pela FAO e outros atores nacionais e internacionais. Cerca de 3,4 milhões de somalis continuam a receber apoio na forma de auxílio em dinheiro ou comida.

Uma produção agrícola fraca é também provável na zona Central agro-pastoril, como resultado de chuvas irregulares e abaixo do normal, que combinadas com a infestação de pragas têm implicações óbvias sobre o acesso das famílias aos alimentos.

Promover a resiliência

A estratégia da FAO no sul da Somália tem passado por ajudar os agricultores e pastores a construir a longo prazo resistência à seca e outras emergências, numa região assolada por secas recorrentes.

A ajuda concedida pela FAO a mais de um milhão de pessoas passou por intervenções com base na transferência de dinheiro, que ajudam as comunidades vulneráveis ??a comprar imediatamente alimentos e que, em conjunto com fatores de produção agrícola e serviços de saúde animal, permitem que as pessoas permaneçam nos seus locais de origem. Foram distribuídos fertilizantes e sementes melhoradas e 14 milhões de animais foram vacinados. A assistência permitiu aos agricultores nas regiões de Bay e Shabelle duplicarem a sua produção de milho e sorgo no ano passado.

“Durante a seca sobrevivemos à base de uma refeição por dia e não podíamos sequer comprar leite”, explicou Abdirahman Fatuma Aden, uma mãe de oito filhos que trabalhava num programa da FAO de dinheiro por trabalho em Gedo, no sul da Somália. “Mas agora ganho pelo menos 18 dólares por semana e posso pagar três refeições aos meus filhos e em breve vou substituir a cabras que perdi na seca”, acrescentou.

Além de colocar dinheiro nos bolsos das pessoas, os programas baseados na transferência de dinheiro também beneficiam as comunidades a longo prazo com a melhoria das infraestruturas. Por exemplo, cerca de 1.626 km de canais foram reabilitados e servem agora 82.231 agricultores, que podem beneficiar da irrigação e não dependem mais da agricultura de sequeiro.

“Há também uma crescente necessidade de construir redes de segurança social para proteger os mais vulneráveis se e quando a seca voltar novamente no futuro”, acrescentou Alinovi. “A continuidade da ajuda humanitária é de extrema importância”.

Exatamente há um ano atrás, as Nações Unidas decretaram o estado de fome no sul da Somália. A crise de seis meses causou milhares de mortes e exigiu um programa de ajuda humanitária massivo antes de ter sido declarada oficialmente terminada em 2 de fevereiro de 2012.

Hoje a Somália está no caminho para a recuperação, mas a situação continua crítica e a continuidade da ajuda é vital para preservar a segurança alimentar.

Luca Alinovi, que comanda as operações da FAO na Somália, adverte: “através da conceção e execução de melhores processos de recuperação, vimos as comunidades voltarem a erguer-se em meses. Mas o perigo é que elas poderiam voltar a ficar em crise, se nos desligarmos agora.”

Grave perigo

Esse perigo torna-se ainda mais grave tendo em conta a última previsão da Unidade de Análise de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO na Somália que adverte que as chuvas reduzidas deste ano vão resultar numa colheita abaixo da média ou pobre em muitas partes do sul, incluindo a região de Bay, a maior produtora de sorgo. Esta área é normalmente responsável ??por cerca de dois terços da produção total de sorgo do país.

Isto poderia levar a uma deterioração da situação de segurança alimentar – atualmente classificada como muito crítica em muitas partes do sul da Somália – apesar dos consideráveis esforços ??humanitários desenvolvidos pela FAO e outros atores nacionais e internacionais. Cerca de 3,4 milhões de somalis continuam a receber apoio na forma de auxílio em dinheiro ou comida.

Uma produção agrícola fraca é também provável na zona Central agro-pastoril, como resultado de chuvas irregulares e abaixo do normal, que combinadas com a infestação de pragas têm implicações óbvias sobre o acesso das famílias aos alimentos.

Promover a resiliência

A estratégia da FAO no sul da Somália tem passado por ajudar os agricultores e pastores a construir a longo prazo resistência à seca e outras emergências, numa região assolada por secas recorrentes.

A ajuda concedida pela FAO a mais de um milhão de pessoas passou por intervenções com base na transferência de dinheiro, que ajudam as comunidades vulneráveis ??a comprar imediatamente alimentos e que, em conjunto com fatores de produção agrícola e serviços de saúde animal, permitem que as pessoas permaneçam nos seus locais de origem. Foram distribuídos fertilizantes e sementes melhoradas e 14 milhões de animais foram vacinados. A assistência permitiu aos agricultores nas regiões de Bay e Shabelle duplicarem a sua produção de milho e sorgo no ano passado.

“Durante a seca sobrevivemos à base de uma refeição por dia e não podíamos sequer comprar leite”, explicou Abdirahman Fatuma Aden, uma mãe de oito filhos que trabalhava num programa da FAO de dinheiro por trabalho em Gedo, no sul da Somália. “Mas agora ganho pelo menos 18 dólares por semana e posso pagar três refeições aos meus filhos e em breve vou substituir a cabras que perdi na seca”, acrescentou.

Além de colocar dinheiro nos bolsos das pessoas, os programas baseados na transferência de dinheiro também beneficiam as comunidades a longo prazo com a melhoria das infraestruturas. Por exemplo, cerca de 1.626 km de canais foram reabilitados e servem agora 82.231 agricultores, que podem beneficiar da irrigação e não dependem mais da agricultura de sequeiro.

“Há também uma crescente necessidade de construir redes de segurança social para proteger os mais vulneráveis se e quando a seca voltar novamente no futuro”, acrescentou Alinovi. “A continuidade da ajuda humanitária é de extrema importância”.

domingo, 15 de julho de 2012

Cresce intercâmbio de trabalho voluntário no exterior - oportunidades missionárias?

Países da África e Ásia são os principais destinos escolhidos por brasileiros que querem aprimorar idiomas e ajudar comunidades carentes


Além de viajar para aprimorar o conhecimento de um idioma, brasileiros estão escolhendo uma atividade voluntária, seja pelo lado pessoal ou profissional. A turismóloga Mariana Chibebe, de 34 anos, escolheu ser voluntária em Istambul, na Turquia. Ela trabalhou durante um mês em uma fundação de arte que preserva a arte otomana, dando aula de inglês para a comunidade local e recepcionando turistas que visitavam o local e compravam as cerâmicas Ebru, produzidas na instituição.
Arquivo pessoal
Mariana Chibebe mostra cerâmica feita em fundação de arte de Istambul, na Turquia, onde trabalhou como voluntária
Duas vezes por semana, Mariana trabalhava em um abrigo com 400 cachorros e gatos, ajudando na alimentação e cuidado com os animais. “A Turquia tem uma forma diferente de tratar os animais. Há muitos nas ruas e as pessoas deixam potinhos de ração e água para eles. A interação com a natureza é maior, e em uma cidade grande, do tamanho de São Paulo. Ou seja, é possível viver outra lógica”, conta. Para ela, conhecer a cidade além da parte turística foi um dos maiores ganhos da viagem.
Há diversas opções de trabalho voluntário no exterior, como trabalhar em reservas ecológicas, abrigos de animais, escolas, orfanatos, asilos, ONGs e unidades de atendimento de saúde (para profissionais desta área). Os destinos são países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, principalmente do continente africano e asiático – há também opções na América do Sul e Oriente Médio.
Marília Watts, de 26 anos, está no Marrocos, no norte da África, trabalhando em uma ONG que oferece cursos de idiomas e profissionalizantes, como hotelaria. A consultora de vendas dá aulas de inglês para jovens de diferentes idades e níveis. “Tem sido bem gratificante ver o aprendizado deles. No fim o que querem mesmo e atenção, carinho e afeto”, relata. Ela vive em uma casa de família e diz que está aprendendo muito sobre a cultura local.
Crescimento
“As empresas valorizam o trabalho voluntário, então esta modalidade tem crescido bastante”, afirma Fernanda Zocchio Semeoni, diretora de Produtos e Operações, da Experimento. A agência registrou no primeiro semestre deste ano um aumento de 80% nas viagens de intercâmbio com atividade voluntária, em relação ao total de viagens deste tipo realizadas em 2011.
A Central de Intercâmbio começou a oferecer este tipo de viagem em 2007, com apenas um programa. Nos últimos anos a procura aumentou e hoje são oferecidos seis países de destino – Namíbia, Zimbábue, África do Sul, Peru, Índia e Nepal –, com mais de 100 opções de programas. “Sair do país para realizar trabalho voluntário é muito comum entre jovens europeus, americanos e da Oceania também, inclusive no ensino médio. Aqui no Brasil é um movimento novo, e que está crescendo”, diz Gisele Mainardi, gerente educacional de Trabalhos e Estágios da CI.
A acomodação varia de acordo com a localização do projeto escolhido pelo intercambista. Pode ser em casa de família, alojamento para voluntários (com quartos, cozinha e lavanderia) ou ainda em tendas e cabana, caso o trabalho seja em uma reserva, no meio da savana africana, por exemplo.
Rodrigo Donatello, 24 anos, ficou hospedado em um alojamento para voluntários em Majorda Beach, no distrito de Goa, na Índia. Ele trabalhou em uma reserva ambiental, ajudando na limpeza do local, recepção de turistas e até acompanhou a captura de uma cobra na cidade. “Eles têm poucos funcionários e realmente precisam de ajuda. É um trabalho que enobrece a alma, porque você vê que está realmente fazendo a diferenças para aquelas pessoas ou aqueles animais”, resume.
Para fazer este tipo de intercâmbio é preciso ter mais de 18 anos e nível intermediário no idioma que irá usar no local. As agências pedem também para que o voluntário seja pró-ativo, se ofereça para desempenhar e ensinar atividades que domina. “Não é para confundir trabalho voluntário com ‘disponibilidade de acordo com a minha vontade’. Ao ingressar em um projeto, o estudante assume um compromisso. Há pessoas contando com você”, enfatiza Fernanda, da Experimento.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

GOVERNO FEDERAL OFERECE CURSOS PROFISSIONALIZANTES E GRATUITOS - Incluindo o curso de LIBRAS

Como Participar

Para participar do ‘Pronatec Copa’, o interessado deve ter 18 anos ou mais, e morar em uma das 12 cidades-sede da Copa, entorno, ou em um dos destinos turísticos selecionados. Para ver a listagem das cidades, CLIQUE AQUI.
Os alunos das cidades-sede da Copa das Confederações (Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador) terão prioridade nesta primeira seleção de participantes.
Mas tem lugar para todo mundo neste time: depois da inscrição efetuada, o interessado será convocado assim que surgir uma vaga.

Como funciona o sistema de inscrição?

A inscrição será feita pelo link Cadastro, que estará disponível a partir de 29/06/2102. Além de preencher os dados pessoais (nome completo, endereço e CPF), o aluno deverá escolher o curso de qualificação que deseja fazer, de acordo com o seu interesse ou com a sua área de atuação profissional.
Os inscritos serão pré-matriculados no PRONATEC de acordo com a disponibilidade de vagas ofertadas pelo Ministério da Educação (MEC). Após a efetivação da pré-matrícula, o MEC enviará um e-mail informando a data de início e o local do curso. A matrícula será concluída presencialmente, no local do curso.

Quais são as condições para realizar a inscrição?

Os profissionais que já trabalham no setor terão prioridade na pré-matrícula dos 29 cursos profissionalizantes oferecidos pelo PRONATEC FIC - Formação Inicial e Continuada. Para os cursos de idiomas (inglês e espanhol), serão aceitas somente as inscrições dos profissionais que já trabalham com turismo. A comprovação será solicitada no ato da matrícula. Para o curso de libras, a inscrição está aberta para sem restrições. 

Durante a pré-inscrição, cada participante poderá escolher um curso de qualificação (profissionalizante) e/ou um de idioma, se trabalhar no setor. Caso contrário, somente poderá escolher um curso dos 29 profissionalizantes. A escolha dos cursos dependerá do grau de escolaridade do inscrito, conforme indicado no próprio cadastro de inscrição.

Outras informações:

Os cursos serão presenciais e gratuitos, com duração média de quatro meses e serão oferecidos nas sedes do Sistema S (SENAC, SENAI, SESC, SESI, SENAT) e nos institutos federais de educação profissional. Os participantes terão auxílio estudantil, com alimentação e transporte. 

O Brasil já começou a se preparar para Copa do Mundo da FIFA de 2014. Escolha um dos cursos e se qualifique! O principal jogador deste time é você.
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