sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Conheça o Uzbequistão




Dados gerais

Capital
Tashkent

Governo
República, chefiada pelo presidente Islam Karimov desde março de 1990

População
27,7 milhões (37% urbana)

Área
447.400 km2

Localização
Ásia Central

Idiomas
Uzbeque, russo e tadjique

Religião
Islamismo 88%, cristianismo ortodoxos 9%, outras 3%

Perseguição
Limitações severas

Restrições
Evangelizar é proibido, e os que se convertem podem ser presos e marginalizados. Os cristãos possuem documentos de identidade diferenciados


Bandeira do país

O Uzbequistão ou Usbequistão é uma ex-república soviética da Ásia Central, limitado a norte pelo Cazaquistão, a leste pelo Quirguistão e pelo Tadjiquistão, a sul pelo Afeganistão e a sul e a oeste pelo Turcomenistão. Além do território principal, inclui também os enclaves de Sokh e de Iordan, no Quirguistão. Capital: Tashkent.


HISTÓRIA

O território do Uzbequistão foi povoado desde o segundo milénio a.C.. Existem achados arqueológicos de ferramentas e monumentos de homens primitivos nas regiões de Fergana, Tashkent, Bucara, Khorezm e Samarcanda. As primeiras civilizações existentes no Uzbequistão foram as Sogdiana, Bactria e Khwarezm. Os territórios destes estados foram integrados no império Persa de Aquemênidas no século IV a.C., de que fizeram parte durante vários séculos. Desse facto resulta que parte da cultura persa tenha sido preservada no Uzbequistão até aos dias de hoje, onde os Uzbeques falam farsi bem como russo.

Em 327 a.C., Alexandre, o Grande conquista Sogdiana e Bactria , casando-se com Roxana, filha de Oxyartes, um chefe de Sogdiana. Contudo, segundo reza a história, a conquista em pouco ajudou Alexandre pelo que a resistência polular foi intensa, causando danos ao seu exército nesta região.

Em 1220 os seus territórios foram tomados por Genghis Khan e a sua tribo Mongol.

No século XIV, Tamerlão subjugou os Mongois e criou um império. As suas campanhas militares estenderam-se até ao Médio Oriente. Tamerlão derrotou ainda o Imperador Otomano, Bayezid I. Tamerlão visionava constituir a capital do seu império em Samarcanda, uma cidade de população predominantemente Tajique. A imagem de Tamerlão seria tomada mais tarde como referência histórica na construção da identidade nacional uzbeque.

No início do século XIX perto de 3200 km separavam a Índia Britânica das regiões extremas da Rússia Czarista. Grande parte desse território intermédio permanecia por cartografar. O Império Russo iniciou então a sua expansão e estendeu-se pela Ásia Central. O período do "Grande Jogo" é geralmente considerado como o período decorrente entre 1813 e a Convenção Anglo-Russa de 1907.

Nesta região, a sua entrada deu-se após uma vitória fulgurante do general Mikhail Tcherniaev. Eles subjugam inicialmente em 1884 os canatos de Bucara e de Khiva, e seguidamente o Leste do actual Uzbequistão, incluindo Tashkent (1865). Os territórios conquistados foram reagrupados num ajuntamento administrativo sob o nome de Turquistão. Em Março de 1876, o canato de Kokand sucumbe por seu turno às mãos dos russos.

O Uzbequistão como nação única e distinta apenas existe desde 27 de Outubro de 1924, quando diversas entidades territoriais da Ásia Central foram reunidas na República Socialista Soviética do Uzbequistão. Em 1925 o Uzbequistão integra a URSS.

Tashkent, capital do Uzbequistão.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Uzbequistão acolheu várias centenas de milhares de famílias soviéticas em fuga das invasões hitlarianas a ocidente, entre os quais muitos órfãos da guerra, o que veio acelerar a russificação da républica, principalmente a capital, Tashkent. Uma parte das índustrias pesadas da parte europeia da URSS evacuou-se também para o Uzbequistão. Essas fábricas permaneceram no Uzbequistão após o final da guerra, contribuindo para a industrialização da república.

A 31 de Agosto de 1991, o Uzbequistão declarou a sua independência, mesmo que relutante, marcando o 1 de Setembro como feriado nacional. Subsequentes tensões étnicas levaram perto de dois milhões de Russos a abandonar o país para a Rússia. Os uzbeques de étnia russa não têm qualquer estatuto legal na Rússia nem em qualquer outro país e encontram-se portanto espalhados pelo mundo, particularmente na Europa e E.U.A..

A 13 de Maio de 2005 violentos protestos ocorreram em Andijon no seguimento da detenção de 23 muçulmanos acusados de serem fundamentalistas islâmicos. Os manifestantes tomaram de refém perto de trinta pessoas. Os soldados dispararam então sobre a múltidão provocando um número elevado de mortos. O número exacto de vítimas não é consensual, pelo que ao número oficial de 176 vítimas mortais, outras versões apontam para a ordem do milhar.

Nesse mesmo dia em Tashkent, um homem tomado erradamente por um bombista suicida foi abatido junto da embaixada de Israel.

O país procura agora diminuir a sua dependência do sector agrícola - é o segundo maior exportador mundial de algodão - enquando tenta explorar as suas reservas minerais e petrolíferas.


Subdivisões

O Uzbequistão está dividido em 12 províncias (singular: viloyat, plural: viloyatlar), uma república autónoma (respublikasi) e uma cidade autónoma (shahar) - capitais entre parênteses:

  1. Tashkent - capital nacional (a)
  2. Andijon (Andijon)
  3. Bukhoro (Bukhoro)
  4. Farghona (Farghona)
  5. Jizzakh (Jizzakh)
  6. Namangan (Namangan)
  7. Nawoiy (Nawoiy)
  8. Qashqadaryo (Qarshi)
  9. Samarcanda (Samarcanda)
  10. Sirdaryo (Guliston)
  11. Surkhondaryo (Termiz)
  12. Tashkent (Tashkent)
  13. Khorazm (Urgench)
  14. Qoraqalpoghiston Respublikasi (Nuqus) (b)

(a) cidade autónoma (b) república autónoma



População

A população do Uzbequistão tem minguado nos últimos anos por conta da emigração de uzbeques para países vizinhos, em busca de trabalho. No entanto, ele ainda é o país mais populoso da Ásia Central.

Entre as principais cidades estão Tashkent, Samarqand e Bukhara, todas com séculos de história. As comunidades rurais, onde vive mais da metade da população uzbeque, são densamente povoadas.

A sociedade uzbeque lembra o Ocidente em muitos aspectos. O país adotou o calendário gregoriano e não existem mais casamentos arranjados. O uso da telefonia, televisão e de outros meios de comunicação está crescendo amplamente.

A esmagadora maioria da população é muçulmana. No entanto, muitos uzbeques praticam crenças supersticiosas debaixo da superfície islâmica, utilizando amuletos e seguindo tradições animistas.

Há um descontentamento cada vez maior no país, o que alimenta o extremismo religioso. O governo, por sua vez, tem adotado uma política de mão-de-ferro, não tolerando grupos religiosos que não tenham sido registrados.


Governo

Até o colapso do comunismo na década de 1990, o Uzbequistão era parte da União Soviética. Sua independência foi declarada em 1991 e uma nova Constituição foi promulgada no final de 1992.

O texto constitucional, no entanto, tem passado por diversas alterações. O atual sistema de governo é uma república presidencialista baseada em uma legislação derivada do sistema legal soviético, e o país ainda carece de um sistema judiciário independente.


Economia

O Uzbequistão era uma das repúblicas mais pobres da antiga União Soviética. Atualmente, ele é o segundo maior exportador de algodão do mundo e fornecedor de gás natural e ouro.

Além disso, as indústrias químicas e metalúrgicas do país formam um importante polo industrial na região. Mas sua situação econômica está se deteriorando rapidamente, uma vez que não foram realizadas as reformas necessárias. Junto a isso, o nível de corrupção e burocracia impede o crescimento econômico e sufoca iniciativas privadas.

O controle estrito sobre a agronomia é comum e, apesar de declarações sobre reforma agrária e privatização no setor, os fazendeiros não têm autonomia real. Para que haja uma reforma, é necessário que a corrupção seja combatida a partir das esferas mais altas da sociedade.

O Uzbequistão está na rota do narcotráfico, que vai do Afeganistão para o mercado russo e do Leste Europeu. O país luta contra a dependência química que atinge um número cada vez maior de habitantes.


A Igreja

O cristianismo foi difundido na Ásia Central pela Igreja Apostólica do Oriente, mas foi drasticamente afetado pelas campanhas militares de Tamerlão (o último conquistador da Ásia Central) nos séculos XIV e XV. Nos séculos seguintes, o islamismo passou a dominar as áreas conquistadas. Com tudo isso, o cristianismo é praticado hoje por menos de 10% da população uzbeque.

Antes de 1991 , quando o Uzbequistão se tornou um Estado independente, havia poucos cristãos. A Igreja Russa tinha de funcionar em segredo e a maioria de seus membros não tinha visão de evangelizar e compartilhar o evangelho com os uzbeques. Entretanto, no começo daquela década, os uzbeques começaram a buscar o Senhor. Gradualmente, uma Igreja começou a se formar, com um estilo de culto e evangelismo baseado em sua própria cultura.

Geralmente a Igreja cresce na família. Os parentes percebem a mudança que o evangelho causou em um parente e acabam abraçando a fé cristã.

Metade desses cristãos mantém sua identidade religiosa em sigilo. Os demais são ortodoxos russos que se mudaram para o país durante o domínio soviético. Muitos ortodoxos estão regressando para a Rússia, o que tem feito a Igreja no Uzbequistão diminuir.

O crescimento da Igreja nativa (formada por convertidos uzbeques) é rápido. O número de pequenos grupos cresce a largos passos.


A perseguição

O controle que o governo exerce sobre a Igreja é forte. Todas as comunidades religiosas têm de se registrar. Porém, para a Igreja protestante, esse é um processo longo, cansativo e quase impossível. Geralmente o registro é negado; às vezes, ele é concedido só para ser retirado novamente. Não há igrejas nativas uzbeques com registro (só as estrangeiras o possuem).

O governo não permite nenhum tipo de culto ou religião independente. Além disso, todas as formas de evangelização são proibidas. Líderes cristãos são constantemente vigiados e sofrem frequentes hostilidades no país.

A importação e impressão de livros no país são estritamente monitoradas e censuradas. As autoridades nacionais e locais confiscam livros cristãos no idioma uzbeque com frequência. Há altíssimas multas para aqueles envolvidos em distribuição de livros cristãos.

A televisão nacional transmite programas negativos sobre as igrejas. Como resultado, muitas pessoas sofreram pressões físicas e psicológicas na comunidade em que vivem.

Em 2006, o pastor pentecostal Dmitry Shestakov, foi condenado a quatro anos de prisão por promover atividades religiosas. Pediu apelo da sentença, mas este lhe foi negado. Foi dito que primeiramente a promotoria tentou acusar o pastor sob o artigo 216-2 do Código Criminal, que pune "violação da lei de organizações religiosas" com prisões de até três anos. Entretanto, a polícia secreta do Serviço de Segurança nacional ordenou que Dmitry fosse acusado de traição, uma ofensa mais séria.

"A polícia secreta estava particularmente irritada porque Dmitry estava pregando entre o povo uzbeque", disse um cristão. "Parece que eles estão se preparando para fazer do julgamento de Dmitry um aviso para os outros."

O caso do pastor Dmitry Shestakov é único no que diz respeito à perseguição de minorias religiosas na história recente do Uzbequistão. Quando as autoridades querem punir fiéis religiosos por sua atividade, elas geralmente abrem processos sob "violação da lei de organizações religiosas", ou "violação de procedimento no ensino religioso". A pena máxima para quem infringe esses artigos é de 15 dias de prisão, embora normalmente os religiosos sejam multados, em vez de irem para a cadeia.

No dia 7 de maio de 2007, Dmitry foi transferido da prisão de Andijan para um campo de trabalhos forçados em Pskent. Lá ele passou duas semanas em uma solitária por ter supostamente "violado regras internas". No dia 25 de maio, ele foi transferido novamente, desta vez para uma prisão em Navoi. Esta cidade fica bem longe de Andijan. As autoridades alegaram que a mudança aconteceu por causa de suposto mau comportamento. Os dias para a família de Dmitry não têm sido fáceis. Eles não sabem em qual prisão ele está. Enquanto isso, diversos membros da igreja do pastor estão sendo investigados e punidos.

"Quando Dmitry foi preso eu estava com medo", disse Marina, sua esposa. "Tive medo, não por mim e pelas minhas filhas, mas por meu marido. As crianças ainda não sabem expressar o sofrimento em lágrimas, sofrem por dentro. Eu disse que o pai não era culpado. Expliquei que sempre trabalhamos pela salvação do povo uzbeque e que esse era o preço a pagar", disse ela.


Motivos de oração

1. O governo controla a Igreja por meio da polícia secreta, solicitando o registro das congregações. Ore para que esse controle se suavize e para que a Igreja tenha mais liberdade e segurança para se reunir.

2. Os líderes uzbeques que são evangelistas ativos geralmente recebem "convites" da polícia para serem interrogados. Ore pela segurança desses líderes, e também para que eles perseverem na fé em Cristo.

3. A importação e a impressão de livros cristãos são atividades proibidas no país, mas a Igreja tem muita necessidade desse recurso. Ore para que haja abertura para a produção de material no país, e por maneiras criativas de suprir a Igreja enquanto houver opressão.

4. Interceda pelas esposas dos líderes cristãos. Seus maridos estão sob pressão do governo e tiveram de se esconder. Suas famílias têm ficado abaladas com isso, e muitas esposas têm de lutar contra a depressão.

Fonte dos textos: Wikipédia , Missão Portas Abertas (adaptados)

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FOTOS


Mesquita em Tashkent

Mesquita em Samarcanda...

E a famosa Praça Registan (considerada uma das praças mais famosas do mundo) – Samarcanda

A arte da tapeçaria

Centro urbano

Vista aérea da capital, Tashkent

Hotel em Tashkent

Detalhe de mesquita

Feira

Prato da culinária do país

Apresentação de dança típica

Vendedor

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