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Empresas brasileiras interessadas em abrir mercado na África trouxeram para a 46ª Feira Internacional de Moçambique (Facim) produtos que variam de xampus e sabonetes a catracas eletrônicas. Aberta ontem (30/08/10) pelo presidente moçambicano Armando Guebuza, a Facim é a mais importante feira de negócios do país. Este ano, a feira atraiu a atenção de 488 empresas, sendo 60 do Brasil. "O interesse em expôr aqui tem aumentado de ano para ano", afirmou o organizador do espaço brasileiro na feira, Marco Audrá.
"Essa é a maneira mais segura de entrar em um mercado tão particular", disse ele. O número de empresas brasileiras na Facim este ano é 40% maior que em 2009. São empresas que atuam em ramos muito diversos, como cosméticos, melhoramento genético de bovinos, higiene e limpeza, mobiliário para escolas, colheitadeiras e até sincronizadores de semáforos.
Segundo Audrá, o mercado moçambicano é menor que o de países como África do Sul e Angola, mas as perspectivas são muito boas. "Aqui há uma facilidade maior de infraestrutura e a economia do país está crescendo muito". A grande maioria dos expositores brasileiros teve apoio do Sebrae ou do Ministério de Relações Exteriores (MRE) para alugar espaço na feira e divulgar produtos.
Rodrigo Silva veio "experimentar" a feira de Moçambique. Ele é representante da Digicom, líder do mercado brasileiro de catracas eletrônicas e que também desenvolve sincronizadores de semáforos. Depois de instalar as catracas no metrô do Rio de Janeiro e no sistema paulista do Bilhete Único, a empresa sediada em Gravataí (RS) decidiu expandir os horizontes. Já fez contatos no Marrocos, em Angola e no Egito e, agora, chega a Moçambique. "Viemos nos colocar como alternativa para o mercado, que está se abrindo agora".
A KJR, empresa paulista que produz ferramentas e conectores elétricos, também veio "testar a aceitação" de seus produtos e achar um representante local. "Como aqui a empresa de energia é estatal, precisamos conhecer bem as regras e os métodos", disse um dos representantes da companhia, que já vende para Cuba e outros países latino-americanos, como Colômbia, Chile e Peru. Mas é a primeira vez que tenta fazer negócios na África.
Mais experiente no continente, a fábrica de móveis para cozinha Poquema, de Arapongas (PR), chegou à Facim com um objetivo traçado. "Quero vender dois contêineres, cerca de U$ 70 mil dólares em mercadorias (R$ 130 mil)", afirmou o gerente de exportações João Faro, que já tem experiência de fazer negócios na vizinha África do Sul. O mercado moçambicano, disse ele, é promissor. "Aqui estão subindo muitos prédios e o poder aquisitivo da população também cresce."
Pelos dados oficiais do governo, a economia de Moçambique cresceu 9,5% nos três primeiros meses deste ano. Os empresários não comentam abertamente, mas consideram Moçambique um país onde a corrupção não prejudica tanto os negócios, como ocorre em outros países africanos, onde é "mais frequente e mais cara", segundo um executivo de uma das empresas brasileiras.
Além de Moçambique e Brasil, empresas de mais 12 países estão representadas na Facim: Portugal, África do Sul, Indonésia, Malaui, Zâmbia, Tanzânia, Espanha, China, Suazilândia, Quênia, Botsuana e Itália.
"Essa é a maneira mais segura de entrar em um mercado tão particular", disse ele. O número de empresas brasileiras na Facim este ano é 40% maior que em 2009. São empresas que atuam em ramos muito diversos, como cosméticos, melhoramento genético de bovinos, higiene e limpeza, mobiliário para escolas, colheitadeiras e até sincronizadores de semáforos.
Segundo Audrá, o mercado moçambicano é menor que o de países como África do Sul e Angola, mas as perspectivas são muito boas. "Aqui há uma facilidade maior de infraestrutura e a economia do país está crescendo muito". A grande maioria dos expositores brasileiros teve apoio do Sebrae ou do Ministério de Relações Exteriores (MRE) para alugar espaço na feira e divulgar produtos.
Rodrigo Silva veio "experimentar" a feira de Moçambique. Ele é representante da Digicom, líder do mercado brasileiro de catracas eletrônicas e que também desenvolve sincronizadores de semáforos. Depois de instalar as catracas no metrô do Rio de Janeiro e no sistema paulista do Bilhete Único, a empresa sediada em Gravataí (RS) decidiu expandir os horizontes. Já fez contatos no Marrocos, em Angola e no Egito e, agora, chega a Moçambique. "Viemos nos colocar como alternativa para o mercado, que está se abrindo agora".
A KJR, empresa paulista que produz ferramentas e conectores elétricos, também veio "testar a aceitação" de seus produtos e achar um representante local. "Como aqui a empresa de energia é estatal, precisamos conhecer bem as regras e os métodos", disse um dos representantes da companhia, que já vende para Cuba e outros países latino-americanos, como Colômbia, Chile e Peru. Mas é a primeira vez que tenta fazer negócios na África.
Mais experiente no continente, a fábrica de móveis para cozinha Poquema, de Arapongas (PR), chegou à Facim com um objetivo traçado. "Quero vender dois contêineres, cerca de U$ 70 mil dólares em mercadorias (R$ 130 mil)", afirmou o gerente de exportações João Faro, que já tem experiência de fazer negócios na vizinha África do Sul. O mercado moçambicano, disse ele, é promissor. "Aqui estão subindo muitos prédios e o poder aquisitivo da população também cresce."
Pelos dados oficiais do governo, a economia de Moçambique cresceu 9,5% nos três primeiros meses deste ano. Os empresários não comentam abertamente, mas consideram Moçambique um país onde a corrupção não prejudica tanto os negócios, como ocorre em outros países africanos, onde é "mais frequente e mais cara", segundo um executivo de uma das empresas brasileiras.
Além de Moçambique e Brasil, empresas de mais 12 países estão representadas na Facim: Portugal, África do Sul, Indonésia, Malaui, Zâmbia, Tanzânia, Espanha, China, Suazilândia, Quênia, Botsuana e Itália.
FONTE
Agência Brasil
Eduardo Castro - Correspondente da EBC
Vinicius Doria - Edição
via http://www.agrosoft.org.br
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