sexta-feira, 20 de março de 2020

Cheondoísmo: Você conhece essa religião coreana?

Símbolo do chendoísmo
O Cheondoísmo, também conhecido como Chondoísmo é uma doutrina e movimento de ordem religiosa de origem coreana que começou a ganhar força no século XX, que é baseado em outro movimento coreano que teve grande importância no século XIX. Esse movimento anterior ao Cheondoísmo teve origem nas rebeliões de camponeses que aconteceram no território da Coreia (O rompimento na Coreia só ocorreu no século XX, no qual originou a Coreia do Norte e Coreia do Sul) em 1812, enquanto a Dinastia Joseon vigorava nas terras coreanas. Dentre outro fatores, absorveu elementos budistas e xamanistas.
Apesar de estarem presentes em ambas as Coreias, a religião Cheondonísta tem maior incidência na Coreia do Norte, onde os preceitos religiosos da doutrina dizem que Deus está presente em cada uma das pessoas, e que as boas atitudes devem estar sempre presentes em suas ações cotidianas. Como dizem que Deus se encontra em cada um, os praticantes dessa religião dizem que a vida deve ser vivida de forma intensa no presente, já que não acreditam em uma possível vida após a morte, como pregam muitas doutrinas religiosas, como o Cristianismo.
O movimento religioso é apontado, segundo o regime da Coreia do Norte, como a principal religião do território, com cerca de 10% da população envolvida com a religião. No entanto, o Cheondoísmo chegou com força, também, na Coreia do Sul, no qual o país registra, ano após ano, um crescimento significativo de seguidores da doutrina Cheondoísta.
No ano de 2005, foi feito um censo que determinou que, na Coreia do Sul, mais de 1.131.00 pessoas eram adeptas do movimento religioso, contabilizando, também, mais de 280 templos religiosos da seita por todo o território.
Em suma, o Cheondísmo determina que o Céu – que, na verdade, representa todo o Universo- é o limite para todas as ações e realizações mundanas. Por conta disso, a vida, segundo eles, é somente essa, descartando uma possível vida pós-terrena. Diz ainda que o Céu atua como “um instrutor” na vida cotidiana dos fieis, no qual o Deus é encontrado em cada um, e não um somente na qual todos devotam. Cabe a cada um, buscar o Deus interior e, por fim, agir como um, como, por exemplo, em boas ações e projetos que não prejudiquem o próximo.
Por essa noção de não existir uma vida após a morte no paraíso, a crença da religião determina que o “Paraíso” deva ser feito na Terra, com atitudes que façam prosperar a cooperação, a humildade, a compaixão, o amor e, principalmente, a paz entre as pessoas.


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