A Bolívia (em espanhol Bolivia; em quíchua Buliwya; em aimará Wuliwya) é um país da América do Sul, limitado a norte e a leste pelo Brasil, a sul pelo Paraguai e pela Argentina e a oeste pelo Chile e pelo Peru. Tem como capitais, Sucre, jurídica, e La Paz, administrativa. É um país que perdeu a saída para o litoral em decorrência da Guerra do Pacífico, considerado de grande pobreza e baixos índices sociais. A região é estratégica na América do Sul porque possui a segunda maior reserva de gás natural do continente, apenas superada pela Venezuela.
HISTÓRIA
A Bolívia foi sede de grandes civilizações indígenas, a mais importante das quais foi a civilização de Tiahuanaco, precursora de inúmeras técnicas adotadas posteriormente pela civilização Inca, império do qual tomou parte sob a denominação de Collasuyu, no século XV. Quando os espanhóis chegaram no século XVI, a Bolívia, rica em depósitos de ouro e prata, foi incorporada ao vice-reino do Peru, com sede em Lima, e mais tarde ao de La Plata, com sede em Buenos Aires.
A luta pela independência começou em 1809, mas permaneceu parte da Espanha até 1825, quando foi libertada por Simón Bolívar, a quem o país deve o seu nome. Após uma breve união com o Peru, a Bolívia tornou-se totalmente independente. Nos anos seguintes, a Bolívia perdeu parte do seu território devido a vendas e à guerra. Uma das mais importantes guerras foi a Guerra do Pacífico, quando perdeu sua saída ao mar.
A Bolívia enfrenta problemas culturais e raciais, e sofreu ao longo dos anos inúmeras revoluções e golpes militares. Em 1980, a democracia foi restaurada após a destituição de uma junta militar.
A constituição da Bolívia de 1967, revista em 1994, prevê um sistema equilibrado entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. O tradicionalmente forte executivo, no entanto, tende a deixar na sombra o Congresso, cujo papel está em geral limitado a debater e aprovar legislação originária do executivo. O judiciário, composto pelo Supremo Tribunal e por tribunais departamentais e inferiores, é há muito corroído por corrupção e ineficiência. Através de revisões na constituição, feitas em 1994, e de leis subseqüentes, o governo iniciou reformas potencialmente profundas, nos sistema e processos judiciários.
Os nove departamentos da Bolívia receberam maior autonomia pela lei de Descentralização Administrativa de 1995, embora os principais dirigentes departamentais continuem a ser nomeados pelo governo central. As cidades e vilas bolivianas são governadas pelos presidentes de câmara e por conselhos diretamente eleitos.
Em 5 de Dezembro de 2004, foram realizadas eleições dos membros dos conselhos municipais, com mandato de 5 anos. A Lei de Participação Popular, de Abril de 1994, que distribui uma porção significativa das receitas nacionais entre as autarquias, para seu uso discricionário, permitiu que comunidades anteriormente negligenciadas obtivessem grandes melhoramentos nas suas infra-estruturas e serviços.
Apesar desse sistema, a Bolívia apresenta problemas de ordem socioeconômica muito intensos, intensificados nos últimos anos devido às pressões por maior autonomia, notadamente da parte dos departamentos mais ricos (Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando), que pretendem escolher seus próprios governantes - à maneira de uma federação, como o México ou o Brasil.
GEOGRAFIA
A Bolívia é um país sem litoral. O ocidente da Bolívia está situado na cordilheira dos Andes, com o pico mais elevado, o Nevado Sajama, a chegar aos 6542 metros. O centro do país é formado por um planalto, o Altiplano, onde vive a maioria dos bolivianos. O leste do país é constituído por terras baixas, e coberto pela floresta úmida da Amazônia. O lago Titicaca situa-se na fronteira entre a Bolívia e o Peru. No ocidente, no departamento de Potosi, encontra-se o Salar de Uyuni, a maior planície de sal do mundo.
As cidades principais são La Paz, Sucre, Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba.
A região Oriente, a norte e leste, compreende três quintos do território boliviano, é formada por baixas planícies de muitos rios e grandes pântanos. No extremo sul localiza-se o Chaco boliviano, pantanoso na estação chuvosa e semi-desértico nos meses de seca. A nordeste da bacia Titicaca visualizam-se montanhas extremamente altas de 3.000 a 6.500 metros. Notamos que as montanhas de mais altitude caem em ângulos praticamente retos até se transformarem em planícies.
Os Andes atingem a Bolívia e se dividem em duas grandes cadeias, a Oriental e a Ocidental. Nota-se que a cordilheira Ocidental é formada por vulcões inativos ou extintos, e suas rochas são formadas de lava vulcânica petrificada. Possui uma altitude de 3.700 metros, com 800 quilômetros de comprimento e 130 de largura. A cordilheira Oriental é composta de diversos tipos de rochas e areia.
ECONOMIA
A Bolívia é, há muito tempo, um dos países mais pobres e menos desenvolvidos da América Latina, tendo feito progressos consideráveis no sentido do desenvolvimento de uma economia de mercado. Durante a presidência de Sánchez de Lozada (1993-97) a Bolívia assinou um tratado de comércio livre com o México e procedeu à privatização da linha aérea estatal, da companhia de telefones, das ferrovias, da companhia elétrica e da companhia petrolífera.
O crescimento abrandou em 1999, em parte devido a políticas orçamentais restritivas que limitaram os fundos necessários para programas de luta contra a pobreza, e às consequências da crise financeira asiática. No ano 2000, sérios distúrbios públicos em abril e entre setembro e outubro baixaram o crescimento para 2,5%. O PIB boliviano não cresceu em 2001 devido ao abrandamento global e à vagarosa actividade doméstica.
DEMOGRAFIA
A população da Bolívia é composta de quíchuas 30%, aimarás 25%, eurameríndios 15%, europeus ibéricos 15% e outros 15% (1996).
Os idiomas oficiais são o espanhol, o quíchua e o aimará.
- Religião: Cristianismo 98,9% (católicos 88,5% e protestantes 10,4%), outras 1,1% (1995).
- Densidade demográfica: 8 hab/km².
- População urbana: 61% (1998).
- Crescimento demográfico: 2,3% ao ano (1995-2000).
- Taxa de fecundidade: 4,36 filhos por mulher (1995-2000).
- Expectativa de vida: Homens 60 anos e mulheres 63 anos (1995-2000).
- Mortalidade infantil: 66 por 1.000 (1995-2000).
- Analfabetismo: 14,4%(2000).
- IDH: 0,643 (1998).
CULTURA
A cultura da Bolívia tem muitas influências incas e de outros povos índios na religião, música e vestuário, como por exemplo os bem conhecidos chapéus de coco. A festa mais conhecida é o El Carnaval de Oruro, património cultural da UNESCO. O entretenimento mais comum é o futebol, desporto nacional, que é praticado quase em cada canto de rua. Os jardins zoológicos também são uma atracção popular.
fonte: WIKIPÉDIA - http://pt.wikipedia.org/wiki/Bol%C3%ADvia
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