sábado, 25 de julho de 2015

Financiada por Bill Gates, 1ª vacina para malária é aprovada


São Paulo - A primeira vacina contra malária do mundo foi aprovada no último grande teste antes que sua aplicação em seres humanos seja autorizada.
A Agência Europeia de Medicamentos, órgão regulador da União Europeia, aprovou a vacina, afirmando que seu uso é seguro e eficaz em bebês. A Organização Mundial de Saúde deve decidir até o final do ano se recomenda o uso da vacina em seres humanos.
A vacina “RTS,S”, também conhecida como Mosquirix, é produzida pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline e foi parcialmente financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates.

Ela não é a única que promete combater a malária. Pesquisadores descobriram que uma vacina ainda experimental chamada “PfSPZ” é ainda mais eficiente na prevenção da infecção.
A Mosquirix, porém, é a primeira que consegue chegar ao final do processo de aprovação.
O Mosquirix impede que o paciente seja infectado pelo Plasmodium falciparum, um dos parasitas mais fatais da malária. A vacina estimula no organismo a produção de uma quantidade maior de anticorpos que impedem que esse parasita infeccione o fígado do paciente.
A RTS,S foi criada especificamente para combater a infecção em crianças e seu uso não é recomendado em adultos ou pessoas que estão viajando para regiões de risco.
A eficácia da vacina, porém, gera polêmica na comunidade médica. Os primeiros resultados de um teste clínico da Mosquirix mostraram que três doses da vacina podem diminuir pela metade o risco de infecção em crianças com entre cinco e 17 meses de idade.
Mas, em bebês com entre seis e 12 semanas de vida, a possibilidade de infecção caia apenas 30%. E pior: em crianças mais velhas, a vacina se mostrou inútil.
Por isso, alguns cientistas consideram que os altos custos associados a uma vacina tão complexa não justificariam sua baixa eficácia.
Os defensores da vacina ressaltam que a África precisa urgentemente de uma vacina para a malária, mesmo que ela seja apenas parcialmente eficaz.
A doença mata mais de 500 mil pessoas todos os anos e metade da população mundial vive em regiões onde há risco de infecção.

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