segunda-feira, 21 de abril de 2008

MALDIVAS



Dados gerais






• Capital
Male

• População
287 mil (27% urbana)

• Área
298 km2

• Localização
Arquipélago no Oceano Índico

• Idioma
Maldivense

• Religião
Islamismo 99,8%, cristianismo 0,12%

• População Cristã
350, fatia da população em declínio

• Perseguição
Severa e estável

• Restrições
A evangelização e a conversão de muçulmanos são proibidas.

• No século XXI…
Devido à grande quantidade de ilhas e ao diminuto número de cristãos, a evangelização e o crescimento da igreja serão difíceis e onerosos।
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A República das Maldivas é um grande arquipélago de 1.200 ilhas, localizado 1.600 km a sudoeste da Índia. As ilhas são o lar de quase 290 mil pessoas, cuja etnia é uma mistura de indianos, cingaleses, árabes e africanos. Embora quase a metade dos habitantes maldívios tenha idade inferior a 15 anos, estima-se que o elevado crescimento demográfico faça com que a população dobre antes de 2025. Com apenas 63 mil habitantes, Male, a capital, é a principal cidade, pois apenas um quarto da população é urbana. Praticamente não há analfabetismo no país.

A pesca e o turismo são as principais atividades econômicas e milhares de turistas visitam as Maldivas anualmente. Apesar disso, as condições de vida dos ilhéus são muito precárias se comparadas com as do resto do mundo. O trabalhador maldívio ganha, em média, menos de US$ 1.000 por ano.

As Maldivas foram colonizadas por budistas no século XII. Em 1314, o líder e governante das ilhas, um budista chamado Dharumasantha Rasgefanu, converteu-se ao islamismo e ainda mudou seu nome para Muhammed bin Abdullah. Em seguida, transformou o arquipélago em um sultanato islâmico que perdurou até o século XX. Em 1968, a república foi proclamada, três anos depois de o país conseguir sua independência.

Com raríssimas exceções, os habitantes das ilhas são muçulmanos de tradição sunita. Há uma pequena minoria de budistas entre os habitantes de etnia cingalesa.

A Igreja

Estimativas indicam que há cerca de 350 cristãos nas Maldivas. Os cristãos maldívios têm ligações históricas com as igrejas localizadas no Sri Lanka, especialmente os católicos. Basicamente, os cultos são realizados por pequenos grupos que se reúnem em casas para leituras bíblicas informais.

A Perseguição

Como o islamismo é a religião oficial das Maldivas, seu sistema legal baseia-se nas leis muçulmanas. Os direitos individuais são reconhecidos, mas não podem contrariar o Islã. Conseqüentemente, a evangelização é totalmente proibida. Até 1985, não havia cristãos conhecidos entre o povo maldívio, porém, nos últimos anos, pequenos grupos de novos convertidos têm se reunido para cultuar a Deus e estudar a Bíblia.

De acordo com a Christian Solidarity Worldwide,* cerca de 50 cristãos maldívios foram presos recentemente devido à sua fé. As autoridades muçulmanas decidiram buscá-los e prendê-los após a transmissão de um programa de rádio cristão na língua local. Na cadeia, o grupo foi pressionado a renunciar à sua recém-descoberta fé cristã e a retornar ao islamismo. Segundo informações, estes cristãos ainda foram forçados a participar de orações islâmicas e a ler o Alcorão.

*N. do E.: A Christian Solidarity Worldwide é uma organização inglesa de atuação mundial que luta pela liberdade religiosa de cristãos perseguidos e presta auxílio a pessoas oprimidas, crianças carentes e vítimas de desastres.

A última prisioneira do grupo a ser libertada foi uma mulher de 32 anos, Aneesa Hussein. Antes de se converter, ela havia discutido e debatido a fé cristã por vários meses. A princípio, ela não via muita diferença entre o cristianismo e o islamismo, mas reconsiderou a questão quando seu marido divorciou-se dela. Aneesa orou por aquela situação e, segundo o relato de uma amiga, ao longo de algumas semanas Deus tocou o coração de seu marido para que ele não a abandonasse. Essa mesma amiga diz que Aneesa encarou a mudança como uma resposta de Deus e passou a querer saber mais sobre Jesus. Aos poucos, ela cresceu na fé e aprendeu a perdoar, e as relações com o ex-marido melhoraram.

Quando estava na prisão, um oficial ameaçou matá-la alegando que ela era infiel. Ainda assim, Aneesa relatou que sentia a presença real de Deus no cárcere e que estava consciente de que seus irmãos cristãos no mundo todo a estavam apoiando por meio de orações.

Informações fornecidas por adolescentes à polícia também foram responsáveis pelo início da onda de prisões nas ilhas. Um dos informantes era o próprio filho de Aneesa. Ela foi confinada em isolamento e advertida de que permaneceria na solitária até que retornasse ao islamismo. Ainda assim, ela disse ao seu marido: "Eles podem me manter na prisão por dez anos, mas jamais retornarei ao islamismo. Não há nada no Islã para mim."

Os cristãos maldívios não ficaram surpresos com as prisões. Eles haviam lido sobre a perseguição na Bíblia, mas sabiam que o poder, o amor e a presença de Deus estariam com eles auxiliando-os a superar aquela situação. A fé daquele grupo provocou um forte impacto sobre os demais maldívios. Pela primeira vez, eles viram seus compatriotas persistirem voluntariamente na fé cristã apesar dos sacrifícios, sofrimentos e hostilidades. Além da perseguição oficial, os cristãos também costumam ser marginalizados por suas famílias e muitos perdem seus empregos.

As Maldivas podem ser um paraíso turístico, mas, como a própria amiga de Aneesa diz, há padrões culturais muito sombrios debaixo da aparência idílica e o perdão é algo muito raro. Além disso, as pessoas acreditam e se desesperam com o inferno, pois no islamismo há pouca esperança de se alcançar o céu. Na fé muçulmana, não há cruz, ressurreição ou salvação, e são poucos os sinais que indicam interesse ou amor de Deus pelo indivíduo.

Nesse momento, os maldívios estão começando a reconhecer que o poder de decidir qual é a suprema verdade para todos os cidadãos não deveria estar nas mãos de alguns poucos indivíduos.

O Futuro

Atualmente, a pequena igreja maldívia não cresce a uma taxa significativa. Com as restrições em vigor, instituídas por fundamentalistas islâmicos, é pouco provável que a curto prazo o cristianismo apresente grandes avanços nas Maldivas.

Motivos de Oração

1. A igreja está perdendo convertidos ao Islã. Ore pedindo um vigor renovado para os cristãos a fim de que possam descobrir novos meios de evangelizar e implantar igrejas.

2. A igreja sofre com a falta de interesse mundial. Ore para que cristãos em todo o mundo desenvolvam uma visão pelas Maldivas, até mesmo para servir como missionários no país. Ore para que os cristãos do Sri Lanka desenvolvam ministérios evangelísticos que alcancem bons resultados nas ilhas.

3। A economia é baseada na atividade turística। Ore para que cristãos estrangeiros façam viagens de oração e de reconhecimento para as Maldivas, desenvolvendo e alimentando a visão da Igreja mundial sobre o país.

Fonte: www.portasabertas.org.br
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FOTOS






Vista de algumas das ilhas do arquipélago









A capital do país, Male








Crianças das Maldivas





Paraíso turístico

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