quinta-feira, 29 de maio de 2008

6° CONPLEI


Os encontros do CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Lideres Evangélicos Indígenas) são destes movimentos que sinalizam a presença e atuação de Deus. A Igreja indígena em toda a América do Sul está se levantando para buscar o Senhor e cumprir sua missão. É momento de juntarmos forças nesta santa caminhada. Uma oportunidade única para você que deseja presenciar esta manifestação da bondade do Senhor sobre esta nascente Igreja Indígena.

Para maiores informações, Clique Aqui.

sábado, 24 de maio de 2008

ENTENDA OS ALFABETOS

Muitos não sabem, mas o que caracteriza uma civilização, o que diferencia um povo civilizado de um povo bárbaro, é a linguagem escrita. A própria História da humanidade só começa a ser contada a partir da invenção da escrita - o que vinha antes não é considerado História, mas Pré-História.
O primeiro povo a desenvolver um método para registrar em escrita seus acontecimentos do dia-a-dia foram os egípcios. Os egípcios, porém, não possuiam um alfabeto, registrando seu conhecimento na forma de hieróglifos, pequenos desenhos trabalhados, evoluções naturais das pinturas rupestres do homem primitivo. Em algum momento, entretanto, o Homem criou um código, com o qual poderia registrar seus pensamentos com mais facilidade, sem a necessidade de passar o dia desenhando. Hoje vamos dar uma olhada na história, evolução e variedades deste código. E agradecer por hoje não termos que ficar desenhando pessoinhas e passarinhos para nos comunicar.

O que é um alfabeto? - Tecnicamente falando, um alfabeto é um conjunto de consoantes e vogais, com as quais serão formados fonemas, capazes de serem reconhecidos por todos os que conheçam o alfabeto em questão. Juntos, os fonemas formam a versão escrita das palavras que compõem aquele idioma.
Assim, hieróglifos, escrita cuneiforme e ideogramas, por exemplo, não são alfabetos, pois cada símbolo representa uma idéia, uma palavra inteira, não formando fonemas quando unidos.

Quem inventou o alfabeto? - O alfabeto original foi criado pelo povo Semita do Deserto do Sinai. Este povo se inspirou nos hieróglifos egípcios, mas criou seus próprios símbolos, cada um correspondente a um som, não a uma idéia. Rapidamente, este alfabeto se popularizou entre os povos vizinhos, os Cananeus, Hebreus e Fenícios. Os Fenícios adaptaram as letras Semitas para que pudessem ser escritas mais rapidamente, dando origem ao que hoje é considerado o pai de todos os alfabetos ocidentais.
Os Fenícios, conhecidos por ser um povo que viajava muito, acabaram levando o alfabeto a todo o mundo conhecido, desde a Ásia Menor, passando pelo Oriente Médio, Arábia, Grécia e pelos Etruscos, chegando até a Espanha. Através de pequenas adaptações, o alfabeto Fenício deu origem aos dois alfabetos mais importantes da antiguidade, o Grego e o Romano, ambos em uso até hoje.
Na tabela abaixo podemos ver as letras originais Semitas, seguidas das adaptações feita pelos Fenícios, e mais as letras gregas e romanas correspondentes, ambas adaptadas do Fenício. Note que uma mesma letra antiga pode ter dado origem a mais de uma letra moderna, de acordo com as necessidades de cada idioma. A letra grega psi (Ψ) não está presente na tabela porque foi inventada pelos próprios gregos, inspirada no tridente de Poseidon.




Quantos alfabetos existem atualmente? - Os três alfabetos mais famosos atualmente são o Romano ou Latino, utilizado por nós, o Cirílico ("Russo") e o Grego. Porém, muitos outros "menos cotados" existem, alguns restritos a pequenas regiões de alguns países. Não se sabe com certeza quantos alfabetos ainda estão em uso, mas estima-se que ainda existam entre 15 e 20 códigos diferentes espalhados pelo planeta. Na figura abaixo temos exemplos dos nove alfabetos mais utilizados atualmente:




Alguns de vocês podem estar sentindo a falta do hebraico e do árabe. Acontece que estes não são alfabetos, mas sim abjadas. O que nos leva à nossa próxima pergunta.

O que é uma abjada? - Uma abjada, ou alfabeto consonantal, é um conjunto de símbolos que representa apenas as consoantes de uma linguagem, ou as consoantes e algumas vogais, como no caso do árabe. A vocalização, ou indicação das vogais, é feita através de sinais diacríticos, espécies de acentos, postos sobre ou logo após as consoantes. Atualmente, só existem quatro abjadas em uso, sendo as mais utilizadas as dos idiomas hebraico e árabe.


E idiomas como o japonês e o chinês? Têm alfabetos ou abjadas? - Na verdade, nem um, nem outro. Idiomas como o japonês, tailandês e khmer (o idioma do Camboja) utilizam o método de escrita silábico, ou alfassilabários. Neste método, cada símbolo representa uma sílaba inteira, e não uma única letra, como em um alfabeto. Unindo-se as sílabas, formam-se as palavras. A maioria dos idiomas orientais utiliza o método de escrita silábico, e cada alfassilabário só costuma ter as sílabas presentes no idioma em questão (em japonês não existe uma sílaba para "la", por exemplo, porque nenhuma palavra em japonês possui este som), o que pode causar certos problemas na hora de escrever palavras estrangeiras. Abaixo temos seis exemplos de alfassilabários, mas muitos outros existem.



Já o chinês e o vietnamita utilizam um sistema muito mais complexo, os ideogramas. Como o próprio nome sugere, um ideograma representa uma idéia inteira, sendo o mais comum que cada símbolo represente uma palavra, mas alguns símbolos podem representar duas ou mais palavras juntas. Muitas vezes também ocorre o inverso, com uma única palavra tendo muitos símbolos, um para cada de seus significados. A principal desvantagem dos ideogramas é a exagerada quantidade de símbolos: Estima-se que, em chinês, já existam mais de 40.000 deles, tornando quase impossível uma pessoa conhecer todos. Atualmente, só existem quatro conjuntos de ideogramas em uso no mundo: Os conjuntos chineses Zhongwen e Jurchen, o japonês Kanji e o vietnamita Chu-Nom.

Existem alfabetos em uso que não tenham se desenvolvido em conjunto com um idioma? - Sim, vários alfabetos já foram inventados por professores, cientistas e pesquisadores, visando uma maior facilidade de escrita e compreensão da linguagem. Mais de uma dezena deles podem ser encontrados através da História, sendo os mais famosos o Alfabeto Braille, inventado pelo francês Louis Braille para permitir que os cegos pudessem "ler" ao passar seus dedos sobre os símbolos, gravados em alto-relevo em papel grosso; o Alfabeto Internacional de Fonemas, aquele que aparece nos dicionários para explicar a pronúncia das palavras, criado pela Associação Internacional de Fonética, e desenvolvido para que qualquer som possa ser expressado sem dúvida por seus símbolos; e o Código Morse, criado por Samuel Morse para a transmissão de mensagens através de telégrafo. Um que não é muito famoso, mas é muito interessante é o Unifon, criado pelo norte-americano John Malone, para o propósito do ensino da língua inglesa. No Unifon, existe uma letra para cada som do inglês, assim, temos três "A" diferentes, um para o som de add, um para o som de ale e um para o som de all. Infelizmente, o Unifon não pegou, e é pouquíssimo conhecido, mesmo dentro dos EUA.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Arábia Saudita








DADOS GERAIS

Capital

Riad

Governo
Monarquia absoluta, governada pelo rei Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud desde 2005

População
24,73 milhões (88,5% urbana)

Área
2.149.690 km2

Localização

Oriente Médio

Idioma
Árabe

Religião
Islamismo 97%, cristianismo 2,4% (praticado por estrangeiros)

População cristã
500 mil, estrangeiros

Perseguição
Opressão

Restrições
Conversões são punidas com a morte. Penas para o ato de evangelizar incluem detenções e execuções. Participação em cultos pode levar à prisão ou deportação




Circundada pelo Mar Vermelho e pelo Golfo Pérsico, a Arábia Saudita está localizada no coração do Oriente Médio e possui fronteiras com sete países. Grande parte de seu território é desértico, com a presença de alguns poucos oásis. A maioria dos quase 25 milhões de sauditas vive em grandes cidades, tais como Riad (sede do reinado), Jidá (onde se localiza o mais importante porto do país), Meca (o coração do islã, para onde todos os muçulmanos do mundo devem peregrinar pelo menos uma vez na vida), Medina (cidade sagrada e centro cultural) e Ad Damman (produtora de petróleo).

Acredita-se que a Arábia Saudita era o lar original de alguns povos bíblicos, como os cananeus e os amorreus. Muitos impérios antigos dominaram o território saudita nos períodos anteriores ao nascimento de Cristo. Alexandre, o Grande, tinha planos de conquistar a região, mas morreu antes de realizá-los. O primeiro grande acontecimento que marcou a Arábia Saudita foi o nascimento de Maomé, em 570. Por seu intermédio, o islã foi fundado no século VII e, desde então, as batalhas políticas e históricas ocorridas no país foram restritas às várias vertentes islâmicas lutando pelo poder.


Treze séculos mais tarde, em 1938, a cultura e a economia do país eram muito pouco diferentes dos tempos de Maomé. O povo seguia o islamismo, enquanto camelos e tendas ocupavam os desertos. Naquele ano, entretanto, o primeiro reservatório de petróleo foi descoberto e o país iniciou um amplo programa de modernização. Desde então, o reino da Arábia Saudita tem procurado caminhar sobre uma frágil linha entre o relacionamento com o mundo exterior e o isolamento para preservar a pureza da fé islâmica. Atualmente, o país continua sendo governado por uma monarquia baseada na sharia, a lei muçulmana. Em março de 1992, uma série de decretos reais criou o primeiro código de direito do país. Não há poder legislativo e as leis são estabelecidas pelo rei e por seus ministros.

Há aproximadamente 7 milhões de estrangeiros trabalhando no país: 1,4 milhão de indianos, um milhão de bengaleses, 900 mil paquistaneses, 800 mil filipinos, 750 mil egípcios, 250 mil palestinos, 150 mil libaneses, 130 mil cingaleses, 40 mil eritreus e 25 mil norte-americanos.

Entre os estrangeiros, há muçulmanos, cristãos, hindus e budistas. Cerca de 90% da comunidade filipina é cristã.

O islamismo é praticado por 97% da população. Embora haja minorias de outras vertentes, a grande maioria segue a tradição sunita. O sistema legal do país é baseado em uma interpretação própria da sharia. O islamismo é a religião oficial, e a lei requer que todos os cidadãos sejam muçulmanos.

A Arábia Saudita é o coração do islã e abriga as mais sagradas localidades islâmicas. Quase um milhão de peregrinos acorre ao país todos os anos. As sedes de algumas das mais importantes organizações internacionais islâmicas encontram-se no país, com destaque para a Liga Islâmica Mundial, responsável pela divulgação e expansão do islã pelo mundo por meio de missões, apoio financeiro e radiodifusão.


A Igreja

De acordo com a tradição, o apóstolo Barnabé foi o primeiro a levar o evangelho à Arábia Saudita. Quando o islamismo chegou à região, já havia uma grande população de cristãos que até mesmo auxiliou Maomé durante o seu exílio. Quando o islamismo assumiu o controle, no século VII, todos os cristãos foram expulsos. Desde então, nenhuma missão foi autorizada a entrar no país. Atualmente, a maioria dos cristãos no território saudita é constituída de estrangeiros que vivem e trabalham nas bases militares ou para as companhias de petróleo. Há um pequeno grupo de cristãos sauditas não declarados, que vivem sob constante temor de serem descobertos, presos e executados. Eles encaram os novos convertidos não com júbilo, mas com medo e suspeita. Essa atitude impede o crescimento da Igreja.

Há uma Igreja constituída de cristãos estrangeiros, filipinos em sua maioria. Há também alguns cristãos do ocidente, que trabalham na Arábia Saudita. Ela opera por meio de grupos domésticos informais, nos quais os estrangeiros se reúnem. Há também alguns lugares dentro de instalações privadas que são usados como templo.

Há convertidos sauditas, mas é extremamente difícil se chegar a um número exato. Eles não estão organizados em igrejas, nem em grupos domésticos.


A perseguição

O governo não reconhece legalmente a liberdade religiosa e nem lhe dá proteção. A prática pública de religiões não-muçulmanas é proibida. No que diz respeito à política pública, o governo afirma garantir e proteger os direitos de cultos privados para todos, incluindo não-muçulmanos que se reúnem em casas; no entanto, esse direito não é sempre respeitado na prática e não está definido na lei.

A Arábia Saudita é uma monarquia islâmica sem proteção legal à liberdade de religião. O islamismo é a religião oficial e a lei exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos. De acordo com a sharia, a conversão de um muçulmano a outra religião é considerada apostasia, um crime punível com a morte se o acusado não se retratar.

O governo proíbe a prática pública de religiões não-muçulmanas. O governo reconhece o direito de cristãos estrangeiros cultuarem em particular. Entretanto, na prática ele nem sempre respeita este direito. As pessoas detidas pela prática do culto não-muçulmano quase sempre são deportadas pelas autoridades, algumas vezes, depois de longos períodos de detenção. Em alguns casos, são também sentenciadas a açoites antes da deportação.

Os cristãos que exercem sua fé de modo particular e discreto quase nunca são incomodados. Entretanto, há problemas quando cidadãos se queixam dos cultos realizados pelos vizinhos. Alguns cristãos alegam que informantes pagos pelas autoridades se infiltram em seus grupos cristãos particulares.

Os não-muçulmanos são rigorosamente proibidos de entrar na cidade sagrada de Meca; os que ultrapassam os limites podem ser assassinados. Além disso, os cristãos da Arábia Saudita vivem sob constante risco, isso devido à atuação de radicais islâmicos que podem tentar assassinar os líderes das comunidades cristãs ou infiltrar informantes entre os membros das igrejas. O governo oferece uma recompensa equivalente a um ano de salário - um prêmio tentador para muitos - a qualquer pessoa que denunciar uma reunião cristã.

O governo não permite que clérigos não-muçulmanos entrem no país com o propósito de dirigir cultos, apesar de alguns os dirigirem em segredo. Tais restrições tornam muito difícil à maioria dos cristãos manter contato com clérigos e freqüentar cultos.

O Comitê para Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (comumente chamada de "polícia religiosa" ou mutawwa) é uma entidade governamental e seu presidente tem condição ministerial. A mutawwa tem autoridade para deter pessoas, não mais que 24 horas, por violação dos estritos padrões de vestuário e comportamento. Entretanto, às vezes eles ultrapassam esse limite antes de liberarem os detidos para a polícia.

O proselitismo e a distribuição de materiais não-muçulmanos, como Bíblias, são ilegais. As autoridades alfandegárias costumam abrir correspondência e carregamentos à procura de contrabando, incluindo materiais cristãos, como Bíblias e fitas de vídeo. Tais materiais estão sujeitos ao confisco, apesar das normas parecerem aplicar-se arbitrariamente.

O governo restringe a liberdade de expressão e de associação e a imprensa exerce a autocensura com relação a assuntos sensíveis, como a liberdade de religião. Não há organizações não governamentais independentes que monitorem a liberdade religiosa. A linguagem ofensiva e discriminatória sobre os cristãos é vista nos livros-texto das escolas públicas, nos sermões das mesquitas e nos artigos e comentários na imprensa.

De 2005 a 2007, um médico cristão egípcio que residia temporariamente na Arábia Saudita foi mantido "refém" por causa de sua fé. O doutor Mamduh Fahmy começou a trabalhar como cirurgião no Centro Médico Albyaan Menfhoh, de Riad, em 2004. Imediatamente, ele se tornou alvo de colegas muçulmanos que repetidamente lhe pediam para que abraçasse o islã, um convite que o médico sempre recusou, sem esconder a fé cristã que mantinha. Em 2005, a muttawa confiscou seu passaporte e vários de seus pertences, e as autoridades tardaram em permitir que ele voltasse ao Egito. Até que ele conseguisse isso, foi insultado publicamente e chegou a ficar preso vários dias.

Motivos de oração

1. A Igreja sofre em função das relações pouco amistosas com o islamismo. Ore pelo retorno das boas relações entre os líderes islâmicos e os cristãos, o que permitiria a entrada de mais trabalhadores cristãos no país.

2. Os trabalhadores estrangeiros não podem realizar cultos. No entanto, realizam-se muitas reuniões secretas e clandestinas que o governo finge ignorar. Ore para que as reuniões realizadas por esses pequenos grupos continuem a ser toleradas e sejam uma fonte eficaz de testemunho e comunhão.

3. Os muçulmanos convertidos ao cristianismo são vítimas das piores punições. Um saudita convertido ao cristianismo é considerado um apóstata e pode ser punido com a pena de morte. O rei mantém uma polícia religiosa secreta extremamente comprometida com a manutenção da tradição islâmica. Os muçulmanos que se interessam pelo cristianismo enfrentam severas conseqüências, entre as quais a mais branda é o completo isolamento de familiares, amigos, colegas de trabalho e da própria sociedade. Ore e peça que Deus dê coragem aos novos convertidos, capacitando-os a enfrentar a perseguição pelo amor ao evangelho.

4. A Igreja não pode evangelizar. A literatura cristã é terminantemente proibida e visitantes não muçulmanos não podem adentrar os limites da cidade sagrada de Meca sob pena de condenação à morte.

5. Asiáticos cristãos sofrem duras conseqüências por suas atividades. Cristãos filipinos, em particular, têm sido bem sucedidos em seus testemunhos. Eles chegam ao país para trabalhar em empregos humildes, como cozinheiros e empregados domésticos, e têm conseguido evangelizar seus empregadores com êxito. Ore pela segurança destes trabalhadores asiáticos e pelo sucesso de suas tentativas evangelísticas.

Fontes

- CIA Factbook 2008 (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/)

- Open Doors International

- Países@ (http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php)

- 2007 Report on International Religious Freedom (http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/)
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FOTOS


A capital, Riad







O deserto




A cidade de Makkah



A imponência da Kingdom Tower (toda espelhada)



Mercado de peixes



Família Real

sexta-feira, 9 de maio de 2008

As línguas indígenas brasileiras


A língua é o meio básico de organização da experiência e do conhecimento humanos. Quando falamos em língua, falamos também da cultura e da história de um povo. Por meio da língua, podemos conhecer todo um universo cultural, ou seja, o conjunto de respostas que um povo dá às experiências por ele vividas e aos desafios que encontra ao longo do tempo.

Há várias maneiras de se classificar as línguas. Os lingüistas atuais consideram como mais apropriada a classificação do tipo genético. Eles só recorrem a outros tipos de classificação quando não há dados suficientes para realizar a classificação por meio do critério genético.

Na classificação genética, reúnem-se numa mesma classe as línguas que tenham tido origem comum numa outra língua mais antiga, já extinta. Desta forma, as línguas faladas pelos diversos povos da Terra são agrupadas em famílias lingüísticas, e estas famílias são reunidas em troncos lingüísticos, sempre buscando a origem comum numa língua anterior.

Embora o português seja a língua oficial no Brasil, deve haver por volta de outras 200 línguas faladas regularmente por segmentos da população. Um exemplo são os descendentes de imigrantes italianos, japoneses etc., que em determinados contextos falam a língua materna.

Ainda hoje, muitos índios falam unicamente sua língua, desconhecendo o português. Outros tantos falam o português como sua segunda língua. O lingüista brasileiro Aryon Dall'Igna Rodrigues estabeleceu uma classificação das línguas indígenas faladas no Brasil, sendo esta a mais utilizada pela comunidade científica que se dedica aos estudos pertinentes às populações indígenas.

As línguas são agrupadas em famílias, classificadas como pertencentes aos troncos Tupi, Macro-Jê e Aruak. Há Famílias, entretanto, que não puderam ser identificadas como relacionadas a nenhum destes troncos. São elas: Karib, Pano, Maku, Yanoama, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura, Nambikwara e Guaikuru.

Além disso, outras línguas não puderam ser classificadas pelos lingüistas dentro de nenhuma família, permanecendo não-classificadas ou isoladas, como a língua falada pelos Tükúna, a língua dos Trumái, a dos Irântxe etc.

Ainda existem as línguas que se subdividem em diferentes dialetos, como, por exemplo, os falados pelos Krikatí, Ramkokamekrá (Canela), Apinayé, Krahó, Gavião (do Pará), Pükobyê e Apaniekrá (Canela), que são, todos, dialetos diferentes da língua Timbira.

Há sociedades indígenas que, por viverem em contato com a sociedade brasileira há muito tempo, acabaram por perder sua língua original e por falar somente o português. De algumas dessas línguas não mais faladas ficaram registros de grupos de vocábulos e informações esparsas, que nem sempre permitem aos lingüistas suficiente conhecimento para classificá-las em alguma família. De algumas outras línguas, não ficaram nem resquícios.

Estima-se que cerca de 1.300 línguas indígenas diferentes eram faladas no Brasil há 500 anos. Hoje são 180, número que exclui aquelas faladas pelos índios isolados, uma vez que eles não estão em contato com a sociedade brasileira e suas línguas ainda não puderam ser estudadas e conhecidas.

Ressalte-se que o fato de duas sociedades indígenas falarem línguas pertencentes a uma mesma família não faz com que seus membros consigam entender-se mutuamente. Um exemplo disso se dá entre o português e o francês: ambas são línguas românicas ou neolatinas, mas os falantes das duas línguas não se entendem, apesar das muitas semelhanças lingüísticas existentes entre ambas.

É importante lembrar que o desaparecimento de tantas línguas representa uma enorme perda para a humanidade, pois cada uma delas expressa todo um universo cultural, uma vasta gama de conhecimentos, uma forma única de se encarar a vida e o mundo.

sábado, 3 de maio de 2008

DIP - Domingo da Igreja Perseguida


O que é o Domingo da Igreja Perseguida?


O Domingo da Igreja Perseguida (DIP) foi criado pelo Irmão André, fundador da Portas Abertas, com o objetivo de unir cristãos em torno de um só motivo: nossos irmãos e irmãs que pagam um alto preço por sua fé.

A data varia de ano em ano, pois é marcada para o domingo seguinte ao de Pentecostes. Este critério foi adotado porque, no relato bíblico em Atos 4, o início das perseguições aos cristãos acontece logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, pode-se dizer que esta foi a "fundação" da Igreja Perseguida. Em 2008, o DIP acontecerá no dia 18 de maio.


Um dia inteiro de atividades: você escolhe a melhor para sua igreja

Em 2007, 1.350 igrejas participaram do DIP. Você, parceiro da Missão Portas Abertas, já pode organizar em sua igreja uma celebração especial para o próximo evento!

Um dia inteiro dedicado à oração e à lembrança desses irmãos que sofrem por sua fé! Irmãos que são exemplo de perseverança e de amor ao nosso Deus. As classes de escola dominical, as reuniões dos departamento e os cultos desse dia poderão ser inteiramente dedicados ao DIP.

Essa é uma oportunidade para envolver mais irmãos com a Igreja Perseguida e com a oração, por meio do relato de histórias e de variadas situações vividas por nossos irmãos perseguidos.

Qualquer dúvida ou para maiores esclarecimentos, ligue para (0--11) 5181 3330 ou envie um e-mail para dip@portasabertas.org.br .


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