sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os 10 piores países no mundo para ser e ter crianças segundo ONG



crianca-piores-paises-para-se-ter-Congo-5

O mundo está presenciando uma onde atentados por causa de religião, e em meio a estes conflitos  uma ONG internacional  divulga uma lista dos 10 piores lugares do mundo para se ter e criar filhos. Esta lista faz nos lembrar que existe focos mais importantes que precisa ser cuidado, como este

A ONG internacional Save The Chlidren (Salvem as Crianças, em tradução livre) lançou esta semana uma lista com os melhores e os
piores países do mundo para ter e criar filhos.
Segundo os dados, a cada ano, 6,9 milhões de crianças morrem antes de completar cinco anos de idade. Do total de mortes, 43% delas acontecem no primeiro mês de vida do bebê.
Confira a relação dos lugares e comente…
Entre os piores países para nascer está Madagascar. A ilha do sul da África apresentou progresso nos últimos anos, mas ainda possui índices baixíssimos de desenvolvimento infantil, copando a 10ª colocação entre os piores, com mortalidade infantil de 62 mortos de a cada mil crianças que nascem, e 0,9% de índice de escolaridade primária.
 pior pais do mundo para criar filhos é Serra Leoa, que possui um surpreendente índice de mortalidade infantil, 174 mortes a cada mil nascidos vivos.
Além disso, 21% dos menores de cinco anos estão abaixo do peso, e pouco mais da metade, 55% das crianças, tem acesso à água potável.
A Eritréia é  colocado da lista. No país localizado no chifre da África, 35% dos menores de cinco anos nascidos estão abaixo do peso ideal.
O índice de mortalidade infantil chega a 61‰, e 45% das crianças conseguem frequentar a escola primária.
Com um índice de mortalidade infantil de 178‰, Mali ocupa a colocação da lista.
A taxa de escolaridade primária neste país é de 82%, mas apenas 0,88% chegam à escola secundária.
O Iêmen é o  pior país para criar um filho.
Nesse país árabe, 43% das crianças menores de cinco anos estão subnutridas. E 77% delas morrem antes de completar um ano de vida
Em  lugar está a República Democrática do Congo. O índice de mortalidade infantil no país africano é de 170‰.
Além disso, 24% dos nascidos até cinco anos estão abaixo do peso e apenas 45% deles têm acesso à água potável
O Afeganistão aparece na 4ª colação entre os piores países do mundo para nascer.
O país, que vive em guerra desde 2001, possui uma taxa de mortalidade infantil de 149‰.
Além disso, 33% das crianças que chegam aos cinco são subnutridas e apenas metade delas tem acesso à água potável.
O top 3 da lista começa com o Chad, onde 173‰ recém-nascidos morrem antes de completar um ano.
A taxa de desnutrição entre os menores de cinco anos do país é de 30%, e apenas 51% das crianças consomem água tratada.
Lá, 90% dos estudantes frequentam a escola primária, mas apenas 0,7% chegam a frequentar a escola secundária.
 pior país do mundo para ser criança é o Níger.
Lá, a taxa de mortalidade infantil chega a 143‰, e menos da metade das crianças, 49%, tem acesso à água potável.
Dos 71% que ingressam na escola primária, apenas 0,8% chegam ao ensino secundário.
Segundo as análises da ONG Save The Children, o pior lugar do mundo para uma criança nascer é a Somália.
Um dos países mais pobres da África, considerado pela ONG como o pior para se criar um filho, tem uma taxa de mortalidade infantil de 180‰. Ou seja, a cada mil crianças que nascem, 180 morrem antes de completar o primeiro ano de vida.
Além disso, apenas 29% das crianças têm acesso à água potável.
Dos nascidos que chegam aos cinco anos, 32% são subnutridos.
Em relação à educação, a taxa da escolaridade primária é de 32%. Destes, apenas 0,55% continuam seus estudos e chegam à escola secundária.

sábado, 22 de setembro de 2012

Missões e Antropologia Cristã




CAPÍTULO 1
I – ANTROPOLOGIA CRISTÃ
I.1 – Definições
I.1.a – Definição de Antropologia (Secular)
A antropologia é uma ciência que se propõe estudar sistematicamente a cultura dos povos. A palavra cultura vem da antiga tradição de cultivar o solo, dessa forma, podemos considerar que cultura é a forma que a sociedade, tribo, ou povo se organiza e se comporta para garantir a sua sobrevivência. Portanto a Antropologia se ocupa no estudo das diferenças culturais com que as pessoas sentem, observam, explicam, comparam, controlam, pensam e agem dentro de um determinado grupo. Podemos dizer também que ela estuda os valores, costumes, tradições convicções e hábitos específicos de um grupo.
I.1.b – Definição de Antropologia Cristã
A antropologia cristã estuda o homem tendo em vista que é um ser espiritual, criado à imagem e semelhança de Deus e possui um sentido eterno em sua existência. Tem sua base na Palavra de Deus e olha o homem pelo prisma bíblico.
I.2 – História
I.2.a – História da Antropologia Comum
Muitos relacionam o início da Antropologia ao grego Heródoto, que viveu no século V a.C. e foi chamado de Pai da Antropologia. Entretanto se formos considerar a Antropologia como o estudo do homem em meio ao emaranhado de relações sócio-culturais que ele vivencia, fica difícil um possível marco histórico. Uma vez que é antigo o interesse do ser humano em compreender os costumes e mecanismo de funcionamento dos grupos nos seus movimentos entre culturas. Nele ele montem contato com línguas, tradições, costumes, hábitos, religiões e conceitos sociológicos diferentes.
Para a maioria dos autores, o princípio da antropologia aponta para a antiguidade greco-romana. No entanto percebe-se que o interesse por conhecer e estudar sistematicamente os povos desconhecidos para o mundo europeu surgiu com o avanço das Grandes Navegações e o intercambio com o novo mundo descoberto. O Renascimento também abriu campo para se pensar em compreender o ser humano per se.
A antropologia inicialmente foi estudada pelos chamados antropólogos de escritório. Esses antropólogos recebiam na metrópole as cartas e relatos dos navegantes, comerciantes e missionários que estavam em contato com esses povos e com base nesses documentos formulavam explicações e teorias antropológicas.
Foi somente no final do século XIX que se percebeu a necessidade de se pesquisar com o pesquisador no próprio campo de pesquisa. O pesquisador deixa então seu gabinete de trabalho para entrar em contato com não mais os informadores a serem questionados, mas com a própria cultura e através da convivência encontrar a base do seu estudo. Ele é agora como um aluno e o povo os mestres. Ele vai aprender a se comportar como eles, a falar a sua língua, a pensar nesta língua, a sentir suas emoções como eles. Esta prática é conhecida como etnologia. Dois destacados etnólogos é um americano de origem alemã chamado Francis Boas e um polonês naturalizado inglês chamado Bronislaw Malinowski.
Outro ramo influente e amplamente estudado da antropologia é a antropologia biológica. Essa antropologia fundamenta-se no evolucionismo de Darwin. Ela se ocupa principalmente em estudar o homem através de comparações com outros animais principalmente os primatas. Consiste basicamente na observação das formas com que os animais comportam em grupo e da estruturação social.
Atualmente a antropologia tem se proposto a estudar também o comportamento do homem na sociedade pós-moderna nas grandes cidades. Os problemas estudados relacionam com as questões das tribos urbanas, da crise de identidade e relacionamentos entre pares.
Tendo em vista que a antropologia cristã é a doutrina do homem no que tange a Deus, podemos considerar que ela sofreu duas grandes transformações. A primeira, quando o cristianismo suplantou a visão grega da realidade, quando passou do estudo do cosmo para Deus. E a segunda ocorreu na época moderna em conseqüência da secularização e do ateísmo, essa é a transição da atenção no estudo que antes estava em Deus posteriormente passou para o homem. Nesse segundo momento o homem passou a ser o centro das atenções dos estudos da filosofia, teologia e deu a direção para toda a ciência.
I.2.b – História da Antropologia Cristã
A antropologia bíblica tem sua origem em Adão. Ali no Jardim do Éden, Adão e Eva receberam uma identidade (o self) pelo próprio Deus. Eles tiveram o entendimento sobre o que era o ser humano com todas as suas atribuições, sejam elas naturais ou espirituais. O constante contato com Deus os fazia conhecer-se a si mesmo. Deus também deu um propósito para a existência a eles (concomitantemente a toda humanidade) no mundo criado por Deus:
Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento. E assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”. (Gn 1:28-31).
Como vemos no texto áureo da Criação em Gênesis, Deus cria o mundo e o entrega nas mãos do homem. Ou seja, Deus traz à existência do nada o mundo, para trazer posteriormente criar o homem para nele viver e dominar sobre ele, e poder relacionar-se com Deus e no seu propósito final de Seu Plano Eterno adotá-lo como filho através de Cristo.
I.3 – História da Antropologia Missionária
Como foi dito pelo Pr Prof. René Pereira Feitosa, nas aulas de Antropologia Missionária na ESMI, a Antropologia Missionária surgiu com Abraão na sua saída de Ur dos Caldeus para a terra que Deus lhe mostraria. Ali encontramos o primeiro missionário transcultural. Abraão já era bênção em Ur dos Caldeus, porém Deus tinha uma missão maior para Abraão. Ele atravessou por vários paises entre o Tigre e o Eufrates, entre eles Ur, Padã Arã, Egito e Salém e manteve contato com vários povos na sua jornada. Em todo o momento ele foi uma testemunha do monoteísmo e de Javé.
No Novo Testamento temos o exemplo de Paulo ao pregar no Areópago utilizando estratégias antropológicas para o trabalho missionário. O apóstolo demonstrou estar preparado para pregar à qualquer cultura através de seu sucesso como “apóstolo dos gentios”. Paulo usou um elemento presente na religião grega para fazer referência ao Deus Criador. Do “altar ao deus desconhecido”, Paulo levanta toda a sua argumentação sobre o Deus criador dos céus e da terra que enviou seu Filho ao mundo para salvá-lo (At 17:24).
Outro exemplo Paulo aos utilizar elementos da cultura é a pregação aos cretenses. Em Tito 1:12-13 vemos: Um deles, seu próprio profeta, disse: ‘Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos’. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé.”. Paulo chama Epimênedes de profeta, reforçando a autoridade do profeta cretense e ao fazê-lo reforça a autoridade da Palavra frente ao contexto do povo.
I.4 – Relação de Antropologia e missões:
Por muitos anos ambos os lados têm se beneficiado pelas suas contribuições mútuas. As duas áreas somente se dissociaram após a chegada do pós-modernismo e da escola de Frankfurt, a partir de 1968 na antropologia.(nessa ciência). As contribuições de missionários com a antropologia foram de grande importância para a mesma, pois os relatos dos seus dados serviram de embasamento empírico para a formulação de várias teorias. Os exemplos são muitos, mas se destacam E.B tylor (1832-1917), na América do Norte, Sir J.G.Frazer (1854-1954), na inglaterra e I.H.Morgan (1818-82), nos EUA.
I.5 – Atualidade
Em 1906 iniciou-se a famosa revista Anthropos através de Wilhelm Schimidt (1868-1954) de Viena, ela serviu de benção para todos os missionários europeus. Trazia a realidade dos campos missionários e relatos de estratégias dos missionários e conteúdo bíblico antropológico. Um dos primeiros antropólogos missionários foi o inglês Edwin Smith, filho de missionários na África. Depois da Segunda Guerra fundou a Wycliff Bible Translators. Fundou seu departamento antropológico o Instituto Lingüístico do Verão. No Século XX, a Antropologia Missionária teve contribuintes Eugene Nida, que era secretário executivo da Sociedade Bíblica Americana entre outros.
A antropologia cristã atual se configurou como de fundamental importância principalmente devido à demanda do trabalho prático missionário. Nos últimos séculos a igreja cristã despertou para a sua responsabilidade missionária frente aos desafios do Novo Mundo. E através das experiências acumuladas dos próprios missionários nos campos, pôde-se formar uma coletânea de fundamentos teóricos e práticos que possibilitasse que os futuros missionários tivessem exemplos anteriores e conceitos que ajudariam a trabalhar em contextos transculturais.
Por isso quando falamos em Antropologia Missionária, nos referimos à Antropologia Cultural no horizonte da responsabilidade e realidade missionária. Louis J. Luzbetak define a Antropologia Missionária como: “a forma específica da antropologia cujo alvo é missionário e cujo método é antropológico. A antropologia missionária fornece os métodos científicos enquanto que a missão oferece os exemplos práticos” (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003, PAF 17). Portanto a Antropologia Missionária surgiu para dar as ferramentas ao missionário cristão para a evangelização trans-cultural.
O que a Antropologia Cristã moderna tem se proposto a fazer é dialogar com os pastores e missionários, buscando apresentar maneiras que respeitem a subjetividade do sujeito e de sua cultura e ao mesmo tempo não se torne complacente com o pecado. Desde as grandes metrópoles até às tribos mais pequenas são alvos de estudo da atual antropologia cristã.
I.4 – Ênfase em missões
A reflexão sobre o ser humano que a Antropologia Cristã vem trazer, tem como seu centro direcionador a prática de missões tendo em vista os conceitos bíblicos e teológicos. Tem seu destacado papel no âmbito de treinamento missionário por possibilitar preparação para amenizar o máximo possível os choques culturais e oferecer estratégias para serem usadas nos contextos específicos. Certamente não existe uma única forma de fazer missões porque cada povo ou grupo é único, bem como se diz o mesmo sobre os missionários. E é essa realidade que também é preciso ser apresentada e oferecer maior possibilidade para o próprio missionário encontrar a maneira de falar ao povo que foi enviado.

II – O VALOR DA ANTROPOLOGIA PARA MISSÕES


II.1 – A Antropologia oferece ferramentas teóricas para o trabalho pratico missionário
A Antropologia Missionária traz instrumentos dos conhecimentos, conceitos, teorias e hipóteses da moderna antropologia para a prática missionária, ela pesquisa o estudo da humanidade na música, literatura, filosofia, economia, história, geografia religião, comunicação, letras e nas relações inter-pessoais. Por fim, analisa estas matérias e se pergunta como elas se desenvolveram se modificaram e qual o seu significado para a comunicação do evangelho para o povo-alvo.
Paul Hiebert, missionário, professor de antropologia, autor de vários livros sobre antropologia missionária e considerado o principal antropólogo cristão da atualidade, ao ser indagado sobre a importância da antropologia para a obra missionária, responde:
“Eu creio que o missionário precisa pelo menos de duas coisas: uma é estudar as Escrituras, estudando teologia, teologia bíblica e teologia sistemática. A outra é estudar as pessoas e saber como se comunicar com as pessoas. A antropologia é importante para ajudar-nos a entender as pessoas. Muitos missionários não conhecem o povo, a cultura; a antropologia é essencial para que sejamos bons missionários. Mas a antropologia também pode nos ajudar a estudar as Escrituras porque ela nos ajuda a entender as pessoas envolvidas nas Escrituras”. (www.missaoavante.com.br)
II.2 – A antropologia visa apresentar os aspectos-chave da cultura ao missionário
Antes de um missionário (principalmente o pioneiro) ir para uma cultura diferente da sua é importante que ele estude, conheça e interaja com essa cultura. Pois fazendo isso ele poderá se prevenir de atos que poderiam ofender profundamente mesmo sem querer e que poderia ter sido facilmente evitado. Nesta preparação inicial ele vai conhecer melhor os sentimentos do povo sobre as diversas composições de seu meio.
O ministério do Apóstolo Paulo ilustra isso ao reconhecer Epimênides (profeta cretense não-cristão) como um verdadeiro profeta para embasar um julgamento dele sobre o povo. Estudos revelam que Aristóteles, Platão e Cícero também o consideravam profeta. Isso indica que Paulo conhecia bem a cultura dos cretenses. Conhecer costumes e tradições é crucial da estratégia missionária.
II.3 – O estudo antropológico visa preparar o missionário para a adaptação cultural
A antropologia missionária tem contribuído com as missões na medida que tem mostrado aos missionários a maneira como devem se comportar dentro do contexto próprio do povo. Como já foi dito, a geografia, a história, a estrutura econômica, suas artes existem de maneira a preservar a existência da comunidade. Portanto é um crime contra a cultura o missionário chegar com os valores de onde veio e querer imprimir sobre o povo ao qual foi enviado. Antes pelo contrário, ele deve se adaptar ao seu modo cultural desde que não conflituem com o evangelho.
É importante que ele reconheça a diferença da cultura, e a partir desse reconhecimento, ele se comporte semelhantemente à maneira cultural corrente. É como se um missionário fizesse duas malas para a viagem: uma para usar e outra para não usar. Na primeira é importante que ele coloque o básico para viver dignamente os seus primeiros dias ali (até atribuir a forma própria do povo). Na segunda ele deveria colocar todos os seus pré-julgamentos culturais e a cultura que aprendeu para não utilizar. Se ele não fizer essas duas malas, a sua missão poderá encontrar grande dificuldade.
Portanto a antropologia tem como interesse poder amenizar o impacto dos possíveis choques culturais vivenciado pelas famílias missionárias.
II.4 – O missionário não deve aceitar os fatores culturais que são contrários ao Evangelho
O missionário no exercício do seu ministério ao expor o evangelho de Cristo inevitavelmente encontrar-se-á em um conflito, tendo em vista as doutrinas demoníacas do povo. Nesse momento, ele precisará batalhar fielmente pelo evangelho de Cristo, e não poderá aceitar nenhum tipo de sincretismo. A sã doutrina deve ser defendida com todo o entendimento e todas as forças que o missionário tiver. Como bem disse Judas, uma das colunas da Igreja Primitiva de Jerusalém: exorto-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Na pregação do evangelho de Cristo não poderá haver nem um acréscimo e nem um suprimento.
Sobre este aspecto da cultural na evangelização, O pacto de Lousanne afirmou o seguinte:
“O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas à cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Uma vez que o ser humano é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e bondade. Pelo fato de o ser humano ter caído, toda a sua cultura (usos e costumes) está manchada pelo pecado e parte dela é de inspiração demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade uma cultura sobre outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, qualquer que seja a cultura em questão. As organizações missionárias muitas vezes tem exportado, juntamente com o evangelho, a cultura de seu pais de origem, e tem acontecido de igrejas ficarem submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo, devem, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fimde se tornarem servos dos outros. As igrejas devem se empenhar em enriquecer e transformar a cultura local, tudo para a gloria de Deus” (Mc 7.8,,13; Gn 4.21,22; 1 Co 9.19-23;Fp 2.5-7;2 Co 4.5) (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003, pag 55)
II.5 – A Antropologia Missionária pretende preparar o missionário para contextualizar a mensagem
Numa entrevista a um blogger, Paul Hiebert, um dos maiores antropólogo missionário, respondeu sobre as vantagens e o perigo da contextualização da mensagem:
“O perigo da contextualização é quando colocamos a mensagem na língua local e na cultura do povo, porque a língua e a cultura do povo podem destruir, mudar a mensagem, ou afastá-la da verdade. Se não tivermos cuidado, o Evangelho pode ser convertido à cultura. Mas há um perigo em não contextualizar; não teremos testemunha, nem mensagem, nem evangelismo. Em ambas as partes há perigo, mas o perigo de não contextualizar é maior do que o perigo de contextualizar. Nós precisamos contextualizar criticamente, pensando e sabendo o que estamos fazendo, não só adotar tudo ou rejeitar tudo, mas fazer isso com critério”. (http://www.missaoavante.org.br/)
II.5 – A Antropologia Missionária pretende auxiliar o missionário na busca pelos elos eterno de Deus nas culturas para uma pregação eficaz (Fator Melquisedeque)
O missionário e missiólogo Don Richardson, nos seus livros “Senhores da Terra”, “Totem da Paz” e principalmente no “Fator Melquisedeque”, explicou muito bem sobre o que ele mesmo define como “Fator Melquisedeque”.Nestes, ele descreve experiências vividas pessoalmente e por outros missionários em campos de missões narrando também aspectosculturais dos povos com os quais houve contato.
Segundo Richardson, todo povo possui em sua cultura um elo de contato preparado por Deus para receber a mensagem do Evangelho. Portanto quando a testemunha de Cristoalcança uma determinada cultura, através desse elo o contatocom a Mensagem cristã pode ser feito.
No livro “Fator Melquisedeque”, Richardson dá exemplo de vários povos com seus elos de contato. Os Cananeus com seu E1 Elyon, os Incas com seu Viracocha, os Santal com seu Thakur Jiu, os Gedeos da Etiópia com seu Magano, os Mbaka da República Centro-Africano com seu Koro, os Chineses com o Senhor do Céu - Shang Ti e os Coreanos com seu Hananim. Em todos os exemplos há noções de um Deus Criador e Sustentados do Univer­so que há muito tempo tinha sido adorado e obedecido, mas que com o passar dos anos foi deixado de lado.
É justamente no exemplo dos Cananeus e o contato de Abraão com o rei Melquisedeque que temos uma evidência de que Deus age através de uma revelação geral entre os povos. Abraão reconhece o sacerdócio de Melquisedeque e lhe oferece o dizimo. Da mesma forma, diz Richardson, temos nos demais exemplos citados, claras provas de revelaçãogeral como testemunho vivo de Deus nas mais diversas culturas.

I.5 – Sobre a contribuição da Antropologia Missionária para missões, e o comportamento inicial do missionário no campo, Hans Ulrich Reifler diz que:
“A tarefa da antropologia missionária é permitir que o processo de conscientização e respeito mútuo entre os povos e cultura cresça na vida missionário como entre crentes no mundo inteiro. É importante respeitar os costumes , tradições e hábitos diferentes para evitar erros irreparáveis. Para o diálogo efetivo do evangelho é necessário aceitar, em principio, a estranheza da nova cultura e não questionar nem criticar logo coisas que ainda não compreendemos. O antropólogo R.A. Le Vine argumenta que, quando o individuo se locomove para um novo lugar onde reinam costumes estranhos ou novos, ele precisa adaptar-se ou será estigmatizado pela sociedade local”. (REIFLER, Hans Ulrich. Antropologia missionária para o século XXI. Londrina: Descoberta Editora LTDA, 2003 166 pag.)

sábado, 15 de setembro de 2012

Cientistas africanos descobrem fármaco promissor contra malária



Resultados preliminares
Cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, anunciaram o desenvolvimento de um novo fármaco para combater a malária.
O composto, conhecido como MMV390048, pertence à classe das aminopiridinas.
O fármaco mostrou-se promissor no combate aos cinco tipos conhecidos da doença com um único comprimido, tomado uma só vez.
Testes realizados em animais mostram que o microrganismo causador da malária, o protozoário Plasmodium, desapareceu do organismo após uma só dose do produto.
E o medicamento ainda impede que o mosquito Anopheles transmita o mal depois de picar um indivíduo malária infectado.
Erradicação da malária
Os cientistas sul-africanos comemoram o feito: é a primeira vez que uma pesquisa feita na África por pesquisadores locais chega a resultados tão concretos.
Kelly Chibale e seus colegas tiveram financiamento da Medicines for Malaria Venture (MMV), uma organização com sede na Suíça.
Segundo os pesquisadores, com a nova tecnologia, eles esperam que, em duas ou três décadas, possa ser possível erradicar a malária em todo o mundo.
A série das aminopiridinas foi inicialmente identificada por cientistas da Universidade de Griffith, na Austrália, também dentro dos esforços da MMV para rastrear cerca de 6 milhões de compostos com possibilidade de ação contra a malária.
Os primeiros testes clínicos com o novo fármaco estão agendados para 2013.
Rastros da malária
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde, órgão ligado a ONU, registrou 216 milhões de casos em todo o mundo.
malária causa, entre outras coisas, febre, mal-estar, fortes calafrios e anemia. Sem o tratamento adequado, que deve ter início logo após aparecerem os primeiros sintomas, a doença pode levar à morte.
No ano passado, cerca de 1 milhão de pessoas morreram de malária no mundo - 890 mil só na África Subsaariana. No Brasil, 97% dos casos ocorrem na Amazônia. As principais vítimas são as crianças. As autoridades de saúde estimam que, no Continente Africano, uma criança morra a cada quarenta e cinco segundos por causa da malária.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Perseguição na Rússia: Igreja é derrubada de madrugada em Moscou


IGREJA É DERRUBADA DE MADRUGADA EM MOSCOU
IGREJA É DERRUBADA DE MADRUGADA EM MOSCOU
A Igreja Pentecostal Santíssima Trindade foi demolida por equipe de demolição acompanhada pela polícia em Moscou, capital Russa, nesta semana.
Trabalhadores apoiados por policiais e voluntários civis, aparentemente com ordem judicial, começaram a demolir logo após meia-noite de 06 de setembro. O prédio de três andares foi totalmente destruído.
De acordo publicação CBN News, um membro da igreja que não foi identificado, explicou que o governo russo está mudando à “força” o local de algumas igrejas, dando-lhes terra em áreas mais remotas para construir novos edifícios.
Ainda de acordo com o relato, o governo pede que após a permanência em um território, as igrejas refaçam suas estruturas com alicerces de alvenaria, porém as licenças necessárias para construção têm sido negadas pelo próprio governo.
Quando uma congregação não cumpre o prazo, a terra é recuperada e tudo integrado torna-se propriedade do governo.
Grupos de direitos humanos e membros da igreja ficaram chocados com a demolição que ocorreu tarde da noite.
“Neste momento, as autoridades destruíram nossa igreja … agora são 04h30 – horário de Moscou”, escreveu um membro em um e-mail para Frank Wright, presidente e CEO da National Religious Broadcasters.
“Eles vieram à noite, para evitar conflitos com as pessoas”, continuou ele. “Alguns itens da igreja foram roubados, outros destruídos. Não podemos fazer nada, apenas orar e chorar”.
Grupos de direitos humanos dizem que a congregação da Santíssima Trindade Pentecostal tentou atender aos requisitos legais da cidade.
A Santíssima Trindade está entre muitas igrejas evangélicas expulsas de Moscou nos últimos meses. Alguns líderes cristãos temem que os incidentes sejam evidências de que a liberdade religiosa esteja desaparecendo na Rússia.
Fonte: The Christian Post

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Programa reconhece qualquer idioma falado



Tradutor instantâneo
Pesquisadores noruegueses estão prestes a concluir um programa de reconhecimento de voz e tradução automática que pretende nada menos do que ser capaz de reconhecer qualquer idioma, sem necessidade de aprendizado prévio.
Os tradutores instantâneos são bem conhecidos dos filmes de ficção científica. Na realidade, o que melhor se conseguiu até hoje são os tradutores online, que dependem de textos escritos.
Os comandos de voz, por sua vez, estão restritos a "conversas" limitadas com um telefone celular, sempre em um idioma bem definido.
A maior dificuldade é justamente obter um reconhecimento de voz preciso.
Por isso espanta o ambicioso projeto coordenado pelo professor Torbjorn Svendsen, da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega.
Preocupados com o isolamento do país, devido em parte ao seu pouco falado idioma, a equipe quer logo um programa que entenda qualquer idioma.
Diferenças na fala
As linguagens faladas diferem largamente das linguagens escritas que, na maior parte do mundo, são expressas sempre pelas mesmas 26 letras. Na fala, contudo, a linguagem difere de indivíduo para indivíduo, mesmo entre falantes do mesmo idioma.
Apesar disso, Svendsen e seus colegas descobriram que a vocalização humana é fundamentalmente a mesma de um idioma para o outro - ela depende de um aparato fisiológico similar, que funciona sempre da mesma maneira.
O método envolve treinar um programa de computador para que ele determine que partes dos órgãos da fala são ativadas, partindo unicamente da análise da pressão das ondas sonoras captadas pelo microfone.
Desta forma, a tecnologia que eles estão desenvolvendo poderá ser aplicada a qualquer língua, sem depender de falantes de cada idioma para treinar uma máquina.
Os pesquisadores basearam sua abordagem na fonética, isto é, no estudo dos sons da fala humana.
Eles também incorporaram ao sistema uma correspondência entre a frequência do som e as palavras, e como as palavras são colocadas juntas para formar sentenças.
Tecnologias de reconhecimento de voz
Hoje, existem basicamente dois tipos de sistemas de reconhecimento de voz, ambos baseados em textos escritos e vocalizações gravadas para treinar o programa.
O primeiro método é estatístico, baseando-se na frequência de pico da vocalização. Por exemplo, um pico entre 750 e 1.200 hertz (Hz) indica um "a", enquanto um pico entre 350 e 800 Hz indica um "u".
O segundo método consiste em deixar o treinamento por conta de um programa deinteligência artificial rodando no computador, e alimentando-o com volumes gigantescos de dados.
A abordagem da equipe norueguesa é mista, incluindo aprendizado a partir de dados, aprendizado por regras e a análise instantânea dos padrões sonoros.
"Temos grande confiança na abordagem estatística. Entretanto, também precisamos considerar os padrões de previsibilidade que existem na fala no mundo real," diz o pesquisador.
Isto porque o jeito de falar varia de indivíduo para indivíduo, devido a variações no dialeto, na fisiologia, na educação, no sotaque e até na saúde de cada pessoa.
Tudo isso afeta a produção da voz e a estrutura das frases, e o programa é capaz de reconhecer isto.
"Estamos atualmente desenvolvendo um programa de computador que determina a probabilidade de várias características distintivas estarem presentes ou ausentes durante a produção do som. Por exemplo, se há vibração das cordas vocais, isso indica a ocorrência de um som vocalizado. Este é o nosso método de classificação de sons," explica o professor Svendsen.
Isolamento do idioma
Os resultados estão se mostrando mais do que promissores.
Os cientistas afirmam que o módulo básico de classificação dos sons já é independente da linguagem, e o próximo passo é extrair essa parte do código para criar um módulo que possa ser usado em produtos de reconhecimento de voz comerciais - em qualquer idioma.
O programa leva de 30 a 60 segundos para identificar um idioma, passando a interpretá-lo corretamente a partir daí, sem novas esperas.
"Esta solução vai resultar em economias tanto de tempo quanto de dinheiro. É uma tecnologia importante, e não só para as pessoas que fazem parte de um grupo de língua pouco falada, como a norueguesa. Há um número impressionante de línguas com apenas alguns milhões de falantes, que podem se beneficiar enormemente de tais ferramentas," conclui o Dr. Svendsen.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...