quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ORE PELOS CURDOS

POVO: Curdo Central do Iraque


População: 486,000

Língua : Curdo Central

Religião: Islamismo

Evangélicos: 0,00%

Fonte: Joshua Project

Motivos de Oração:

Leia um pouco sobre esse povo e depois ore pela vida deles:

Curdos no Iraque

Os curdos liderados por Mustafa Barzani estiveram em luta contra os sucessivos regimes iraquianos de 1960 a 1975. Em março de 1970, o Iraque anunciou um plano de paz contemplando a autonomia curda. O plano seria implementado em quatro anos. No entanto, ao mesmo tempo, o regime iraquiano iniciou um programa de arabização nas regiões ricas em petróleo de Kirkuk e Khanaqin. O acordo de paz não durou, e em 1974, o governo iraquiano iniciou uma nova ofensiva contra os curdos. Além disso, em março de 1975, Iraque e Irã assinaram o Pacto de Argel, de acordo com o qual o Irã cortava suprimentos para os curdos iraquianos. O Iraque iniciou outra onda de arabização enviando árabes para os campos de petróleo no Curdistão, particularmente aos arredores de Kirkuk. Entre 1975 e 1978, duzentos mil curdos foram deportados para outras regiões do Iraque.

Durante a guerra Irã-Iraque na década de 1980, o regime implementou políticas anticurdos e uma guerra civil de facto eclodiu. O Iraque foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas nunca foi seriamente punido pelos meios opressivos que utilizou tais como assassinato em massa de centenas de milhares de civis, a destruição generalizada de milhares de aldeias e a deportação de milhares de curdos para o sul e o centro do Iraque. A campanha do governo iraquiano contra os curdos em 1988 foi chamada Anfal (”Pilhagem de Guerra”). Os ataques Anfal levaram à destruição duas mil aldeias e entre 50 e 100 mil curdos foram mortos.

Após o levante curdo de 1991 (em curdo: Raperîn) liderado pela União Patriótica do Curdistão (UPC) e pelo Partido Democrático do Curdistão (PDC), tropas iraquianas recapturaram as regiões curdas e centenas de milhares de curdos fugiram pelas fronteiras. Para suavizar a situação, uma “zona de exclusão” foi estabelecida pelo Conselho de Segurança da ONU. A região autônoma curda ficou sendo controlada principalmente pelos partidos rivais UPC e PDC. A população curda recebeu com prazer as tropas americanas em 2003. A área controlada pelas forças curdas foi expandida, e os curdos agora têm o controle efetivo em Kirkuk e em partes de Mosul. No início de 2006, as duas regiões curdas foram unidas em uma região unificada. Uma série de consultas populares está agendada para 2007, para determinar as fronteiras definitivas da região curda.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Curdos#Curdos_no_Iraque

O que eles acreditam?
A maioria dos curdos são muçulmanos, e hoje cerca de 75% são na maioria membros do ramo sunita (pelo menos nominalmente). Aproximadamente quatro milhões de curdos são muçulmanos xiitas, que vivem principalmente no Irã, onde a fé xiita é predominante.

Quais são as suas necessidades?
Na Turquia, onde o maior contingente de curdos vivos (40%), são vistos como uma ameaça pelo governo turco, que tem continuamente procurado para assimilar os curdos turcos na sociedade através de reinstalação forçada. Até recentemente, era um crime um curdo falar em público.

O Tribalismo ainda é um fator entre os curdos, promovendo diversas facções que enfraquecem a possibilidade de uma pátria independente. Os curdos no Iraque têm os seus próprios confrontos entre os dois principais partidos, Partido Democrático do Curdistão (PDK) e pela União Patriótica do Curdistão (PUK). Embora o envolvimento da ONU no norte do Iraque tem necessariamente dado continuidade à causa política dos curdos, a questão da autonomia curda continua por resolver. Uma possível solução para este problema é conseguir um verdadeiro acordo sobre algum tipo de auto-governo.


fonte: http://www.joshuaproject.net/

sábado, 25 de outubro de 2008

A LÍNGUA PERSA OU FARSI

Área de falantes do Persa como primeira língua

A língua persa, persa moderno, parse ou pársi (فارسی, fārsī, ou پارسی, pārsī) pertence ao grupo indo-iraniano da família das línguas indo-européias, e é falada no Irã, Afeganistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, Bahrein, Iraque, Azerbaijão, Armênia, Geórgia, sul da Rússia e em regiões vizinhas. Nos três primeiros países, tem status de língua oficial.

Origina-se do persa antigo, utilizado no período aquemênida, e do persa médio, falado no período sassânida.

É falada por mais de 60 milhões de pessoas no Irã e por cinco milhões no Afeganistão. Fārsī é a atual designação local do idioma e originou-se da forma arábica usada para expressar pārsī, que era o nome dado pelos iranianos ao seu próprio idioma - já que a língua árabe não contém o fonema /p/ [1].

Enquanto o persa iraniano é conhecido como fārsī ou pārsī (parse ou pársi em português), o persa afegão é denominado dari. Atualmente, o parse e o dari são escritos em uma variante do alfabeto árabe. Já o persa falado no Tadjiquistão, o tadjique, é escrito em alfabeto cirílico.

Apesar de utilizar uma forma do alfabeto árabe, o persa é um idioma completamente diferente do árabe, que é do ramo semita da línguas afro-asiáticas, enquanto o parse pertence à família indo-européia, com gramática e fonologia completamente diversas. O persa é uma língua do tipo "sujeito-objeto-verbo".


Localização das línguas iranianas em 2005


Fonte: WIKIPÉDIA
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Idioma_persa

Nota: clique nos hiperlinks e acesse ainda mais informações.
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terça-feira, 21 de outubro de 2008

ALCANÇANDO A ÁFRICA

Congresso cristão realizado no Quênia revela a urgente necessidade de levar o Evangelho a povos e tribos não-alcançados do continente.

Igrejas, pastores, delegados e representantes de movimentos missionários cristãos da África reuniram-se entre os dias 14 e 18 deste mês em Nairóbi, no Quênia, para planejar estratégias para cumprimento da Grande Comissão no continente. O segundo Congresso Call 2All – o primeiro a ser realizado na África – teve cinco dias de sessões, apresentações, palestras, debates e orações. Estiveram presentes delegados de países circundantes da África Oriental como o Uganda, Tanzânia, República Democrática do Congo e o Sudão.

Durante uma das sessões, o bispo Paul Kabachia, coordenador regional do Movimento para Iniciativas Nacionais Africanas (MANI, na sigla em inglês), apresentou o “Estado do Evangelho’ na região da África Oriental. Ele informou aos participantes que um recente projeto de investigação sobre o número de pessoas não-alcançados no Quênia motivou um desafio para os cristãos, que teve como conseqüência uma arrancada nas ações de evangelismo. Para além dos resultados do projeto, a recente violência no país tem também levado os líderes cristãos na região a salientar a grande necessidade de “semear a palavra de paz e reconciliação.”

Aproveitando a apresentação de Kabachia, Paul Eshleman, diretor da organização Finishing the Task, disse que as estatísticas mostram que a maioria das tribos não-alcançadas na África estão concentradas no Sudão. Ele ainda desafiou os participantes a pedir a Deus por um coração novo e uma nova perspectiva, a fim de ir alcançar estas pessoas.

Fonte: Portal Cristianismo Hoje http://www.cristianismohoje.com.br

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

BANGLADESH



Dados gerais





Capital

Daca

Governo
Parlamentarismo, chefiado pelo presidente Iajuddin Ahmed desde 2002

População
158,7 milhões (25% urbana)

Área
143.998 km2

Localização
Sul da Ásia

Idiomas
Bengali, inglês

Religião
Islamismo 85,8%, cristianismo 0,7%, hindu 12,4%, budista 0,6%

População cristã
1,3 milhões

Perseguição
Algumas limitações

Restrições
A lei garante liberdade religiosa, mas os cristãos sofrem discriminação e violência



O território de Bangladesh localiza-se a leste da Índia e ocupa as planícies cortadas pelos rios Ganges e Bramaputra. Em conseqüência de sua localização, o país recebe grande quantidade de chuvas e está sujeito a inundações constantes.

Mais de 158 milhões de pessoas vivem no país, tornando-o a sétima nação mais populosa do planeta. A maior parte do povo bengalês vive nas regiões rurais e menos de 30% dos habitantes reside nas cidades. Um terço da população tem idade inferior a 15 anos, tornando Bangladesh um país muito jovem. A etnia bengali corresponde a 98% dos habitantes, e no que se refere à religião, dividem-se em muçulmanos e hindus. Cerca de 2% da população é constituída de grupos minoritários, sejam tribais ou formados por estrangeiros.

Bangladesh é uma das nações mais pobres do mundo. O país sofre com a superpopulação e com os constantes desastres naturais - como ciclones e inundações implacáveis - que resultam em grande número de mortes. Tais problemas, agregados à corrupção, têm obstruído qualquer tentativa organizada de se elevar o padrão de vida dos bengaleses. Em curto prazo, parece haver poucas esperanças que a pobreza venha a ser substancialmente diminuída.

A juta já foi um dos principais artigos de exportação do país, e enfrentou dias difíceis com o aumento da popularidade do plástico. Há um pequeno e privilegiado grupo de pessoas ricas e um grande número de pobres em Bangladesh. Devido ao desemprego, muitos bengaleses têm deixado o país à procura de trabalho na Malásia, em Cingapura e no Oriente Médio.

O país também está ameaçado de uma crise de alimentos, e o aumento dos preços pode se tornar um fenômeno comum. A alta do preço dos grãos no mercado internacional, as deficiências na agricultura nacional e as recorrentes enchentes são algumas poucas razões para essa crise.

Até 1947 o território bengalês pertencia à Índia e era conhecido como Bengala Oriental. Nesse ano, o Paquistão tornou-se uma nação independente e incorporou o território bengalês, cuja população era predominantemente muçulmana. A partir de então, Bangladesh passou a ser conhecido como Paquistão Oriental. Em 1971, inicia-se uma cruel guerra civil pela independência que culminou com a derrota do Paquistão pelas forças bengalesas apoiadas militarmente pela Índia. Desde então, os anos de vida deste país têm sido marcados por corrupção, instabilidade, assassinatos e 18 golpes de Estado. Uma ditadura militar de nove anos terminou em 1991 com a restauração da democracia e a eleição de uma mulher, Begum Khaleda Zia, como primeira-ministra.

A agitação social, entretanto, parece crescer. Em agosto de 2007, milhares de estudantes da Universidade de Daca revoltaram-se e atearam fogo a uma picape e outros dois veículos do Exército. Essa explosão logo ganhou proporções nacionais, e manifestos surgiram em outros campi. A sociedade apoiou os estudantes em uma campanha pelo fim do estado de emergência, promulgado em janeiro de 2007. A revolta durou dois dias, depois dos quais o governo estabeleceu um toque de recolher na cidade de Daca, por tempo indeterminado.

Muitos crêem que esse incidente indicou o aumento na insatisfação com o governo interino, por sua incapacidade de controlar a crescente inflação e por sua questionável corrupção. As enchentes que devastaram o país em 2007 somam-se a esses motivos.

Desde a independência até 1988, Bangladesh foi um Estado sem identidade religiosa, mas nesse ano o governo bengalês declarou o islamismo como a religião oficial do país. Esta decisão acirrou a tensão entre muçulmanos e seguidores de outras religiões.

Cerca de 85% da população professa o islamismo e a maioria dos muçulmanos é sunita. Os hindus correspondem à quase totalidade dos 15% restantes, porém ainda existem pequenos grupos de budistas, animistas e cristãos. Os hindus sofreram severas baixas devido a mortes e fugas de refugiados durante a guerra civil de 1971, mas apesar de sua desvantagem numérica, eles continuam sendo uma minoria influente e de voz ativa.

A Igreja

Entre os primeiros cristãos que chegaram a Bangladesh no século XVI, já figuravam missionários católicos. Entretanto, foi o ministério do missionário protestante William Carey, iniciado em 1795, que impactou profundamente o país. Hoje em dia, no entanto, o número de cristãos bengaleses é muito pequeno, apesar do extenso trabalho de vários missionários cristãos ao longo de décadas.

Quase todos os muçulmanos convertidos ao cristianismo mantêm sua fé em segredo, embora existam alguns poucos exemplos de vilas inteiras voltando-se a Cristo e testemunhando publicamente sua conversão. No entanto, a maioria desses cristãos é formada por camponeses pertencentes a castas hindus inferiores, ou membros de pequenas tribos (estes últimos são comprovadamente mais receptivos ao cristianismo). O pequeno número de cristãos (0,84% da população) e a divisão em pelo menos 32 denominações têm enfraquecido sobremaneira a posição cristã. Nem os católicos nem os protestantes estão envolvidos fortemente com o evangelismo. Ao longo dos anos, a atuação cristã tem se concentrado mais na esfera da educação.

A Igreja em Bangladesh sobrevive em meio à dificuldade. As atividades evangelísticas cresceram com as mais de cem novas igrejas formadas por ex-muçulmanos, acrescentadas apenas em 2007.

A Perseguição

O governo bengalês prudentemente decidiu não colocar em risco a ajuda ocidental que recebe e não adotou um processo aberto de islamização do país. Mas países islâmicos participam do programa nacional de ajuda humanitária, afetando políticas em detrimento dos convertidos e de outras organizações cristãs.

Apesar de os muçulmanos fundamentalistas constituírem uma minoria, eles se esforçam incansavelmente para pressionar o governo atual a adotar o rigoroso cumprimento da sharia. Com a crescente participação de nações islâmicas, notadamente do Oriente Médio, no programa de auxílio ao país, o governo acredita que deva fazer concessões aos sentimentos muçulmanos. Isso poderia afetar drasticamente os direitos civis dos cidadãos não muçulmanos.

A maior parte da perseguição se dá na zona rural. A influência dos clérigos muçulmanos é forte em muitas dessas comunidades. Novos convertidos tornam-se, então, vítimas da perseguição, e são socialmente marginalizados. Em muitos casos são agredidos, proibidos de ter acesso aos poços artesianos da vila, e coagidos a renunciar sua fé.
Nessas comunidades, eles ainda podem ser pressionados pela família. Casamentos são desfeitos quando um dos cônjuges se converte, e divórcios são incentivados pelos sogros.

Em junho de 2007, moradores muçulmanos do distrito de Nilphamari, armados com bastões de madeira, espancaram violentamente 10 novos cristãos convertidos e ameaçaram incendiar a casa deles, caso não deixassem a vila. Dois líderes foram ameaçados de morte, caso continuassem a evangelizar.

A polícia se negou a registrar a queixa dos cristãos e ainda os ameaçou de prisão por "converter muçulmanos", caso insistissem no registro da ocorrência. Os muçulmanos que participaram do ataque gritavam: "Ninguém virá salvar vocês. Nós somos mais fortes do que vocês!". Durante a agressão, um dos cristãos conseguiu pegar o telefone e ligar para um líder cristão de uma cidade próxima e disse: "Estão batendo na minha esposa. Por que fariam isso com ela? Agora estão vindo na minha direção".

Muitas das vítimas foram encaminhadas para hospitais, e uma casa acabou destruída no ataque, que ocorreu depois do batismo de 42 cristãos em um rio. Dias depois, as autoridades de uma mesquita em Durbachari impediram o acesso dos cristãos à única fonte de água potável existente na região. Desde então, os cristãos precisam andar 600 metros carregando para buscar água.

Motivos de Oração

1. A Igreja sofre com o alto índice de pobreza. Ore para que cristãos de todo o mundo possam suprir as necessidades de Bangladesh, particularmente na área econômica.

2. O país tem sido assolado por inúmeros desastres naturais. Peça a Deus para que a Igreja local consiga desenvolver projetos que possibilitem uma resposta rápida a esses eventos que se repetem quase todos os anos.

3. Bangladesh tem sido prejudicado pela turbulência política interna. Ore para que os cristãos bengaleses sejam ministros de restauração e reconciliação, e desenvolvam um espírito de caridade em todo o país.

Fontes
- 2007 Report on International Religious Freedom (http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/)
- CIA Factbook 2008 (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/)
- Países@ (http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php)
- Open Doors International

Missão PORTAS ABERTAS - http://www.portasabertas.org.br

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FOTOS


Assembléia Nacional, em Daca (capital)


Mãe com seu filho


Forte Lalbagh, um dos pontos turísticos em Daca


Trânsito de bicicletas (na verdade, os tradicionais triciclos que são usados em todo o sul e sudeste asiático como 'táxis')


Favelas em Daca (ou Dahka), a Capital do país


Criança aos pés de mangueira (para quem não sabe, as mangueiras são originárias daquela região)


Rua movimentada

domingo, 12 de outubro de 2008

CURSO DE LINGÜÍSTICA E MISSIOLOGIA


Amados, a Missão ALEM (Associação Lingüística Evangélica Missionária) está com vagas abertas para 2009 em seu curso de Lingüística e Missiologia. Trata-se de um dos mais respeitados (se não o mais respeitado) curso do gênero no Brasil. Leia abaixo mais sobre este curso:

"Em 1983, a ALEM começou a dirigir o Curso de Lingüística e Missiologia (CLM), antigo Curso de Metodologia Lingüística (CML) organizado oficialmente pela SIL em 1973. Missionários e candidatos a missões de diversas organizações missionárias estudaram no CLM. Entre essas instituições encontram-se: Missão Antioquia; Missão Kairós; Junta Administrativa de Missões (JAMI), da Convenção Batista Nacional (CBN); Junta de Missões, da Convenção Batista Brasileira (CBB); Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT), da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB); Missão AMEM; Projeto Amanajé; AMIDE; Missão Horizontes; União das Igrejas Evangélicas da América do Sul (UNIEDAS); Missão Evangélica da Amazônia (MEVA); Missão Evangélica Índios do Brasil (MEIB) e SIL. O total de alunos chega quase a sete centenas.

O Curso de Lingüística e Missiologia (CLM) tem como objetivo fornecer ferramentas básicas para o trabalho de tradução para povos minoritários e capacitar pessoas para desenvolverem trabalhos nas áreas de lingüística, antropologia e educação para esses povos.

O CLM é um treinamento específico que dá ao aluno a habilidade de aprender uma nova língua para a qual ainda não existe escrita e a identificar-se com uma nova cultura, a fim de comunicar o Evangelho de Jesus Cristo para esses povos. O Curso é dividido em 4 Módulos, sendo que os Módulos de Campo e Avançado, são opcionais.

O aluno pode escolher o curso que mais se adequa a suas habilidades:

Análise Lingüística e Tradução
– Destinado a pessoas que se sentem chamadas para trabalhar com análise de línguas e a tradução da Bíblia.

Habilitação em Educação
- Destinado a pessoas que desejam trabalhar com educação bilíngüe em contextos multiculturais."


PARA MAIORES INFORMAÇÕES, VISITE: http://www.missaoalem.org.br/

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SOBRE O ISLAMISMO

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A ordem do dia


Se para alguns o islamismo resulta em uma religião pouco conhecida e até remota, depois do dia 11 de setembro de 2001 deixou de ser assim. Hoje os seguidores de Maomé estão na ordem do dia em todos os meios. A cada dia o islamismo está na capa de revistas e jornais, ou em noticias repetidas na televisão e nas rádios. Os atentados contra as torres gêmeas e contra o Pentágono, e o resultante conflito em um dos países mais pobres do mundo, o Afeganistão, tiveram então a atenção mundial.

Mas, O que é o islamismo, para a maioria que o havia confinado mentalmente a categoria de uma religião oriental, que pouco ou nada tinha a ver conosco? Será que, como mostram os meios de comunicação, todos os muçulmanos são pessoas que devemos temer, que respiram continuamente ameaças e ódio contra o ocidente? Como entender aqueles 19 fundamentalistas que imolaram suas vidas para conseguir os ataques em Nova York e Washington, com ações suicidas com tão poucos minutos de duração - e que conseguiram alterar a ordem mundial a ponto de comprometer a paz do planeta, como em algum momento se pensou?

• Seu nascimento e extensão
• Suas crenças
• Sua relação com o Ocidente
• Porque alguns são fundamentalistas
• As perseguições
• Até uma gratidão evangélica

Seu nascimento e extensão

Não podemos entender o islamismo com claridade se desconhecemos como nasceu, como se estendeu e quais são suas crenças. Sua origem remonta a uns 1400 anos na história da Península Arábica. Maomé (570-632 d.C) - um descende de Ismael, o primeiro filho do patriarca Abraão (Gênesis 16), não recebeu bom testemunho dos judeus, cristãos e pagãos de seu tempo. Decepcionado, alegou receber visões, que em princípios atribuiu a demônios, mais logo decidiu que era o próprio anjo Gabriel. Ao compartilhar essas "revelações", seus concidadãos de Meca não as aceitaram, por isso teve que fugir (esta fuga, A Hegira, marcaria posteriormente o começo do calendário muçulmano). Ao fim de alguns anos ele retorna novamente a sua cidade natal, acompanhado de um exército, por meio do qual impõe nova religião monoteísta: nasce o islamismo!

Em pouco tempo, diante de um cristianismo fragmentado e debilitado, que não dispunha da Bíblia em seu idioma vernáculo, esta nova religião conseguiu se impor com relativa facilidade onde antes havia a bandeira da cruz. Em apenas um século o Islamismo conquistou a Península Arábica, o Oriente Médio e o Norte da África, avançou pela Europa Ocidental levantando seu estandarte na Península Ibérica e na região dos Balcãs. Mais adiante conquistaria a Ásia Central e o Oriente distante.

Hoje, em pleno século XXI, e além dos assentamentos logrados ao longo dos séculos, nos encontramos com o que nos últimos cinqüenta anos se há estendido ostensivamente na Europa "cristã", a ponto de que o número de imigrantes - ou filhos de imigrantes - de países islâmicos, supere em muito a quantidade de evangélicos dispersos no Velho Continente. Semelhantemente não se pode conter o avanço também nas Américas, onde ano após ano o número aumenta e novas mesquitas são construídas nas grandes cidades.


Suas crenças

Junto ao Judaísmo e ao Cristianismo, integra as três únicas religiões monoteístas. Alá é seu Deus. Maomé é seu grande profeta (o selo dos profetas) que Alá enviou à humanidade; seu livro sagrado é o Alcorão, é aproximadamente do tamanho do Novo Testamento. Seus seguidores reconhecem a Torah (o Pentateuco), o Zabur (os profetas) e o Injil (os Evangelhos), que segundo eles foi adulterado pelos cristãos.

Jesus (Issa) é um grande profeta, é tido em alta estima, mais não é o Filho de Deus (Como poderia Deus ter um filho se não teve mulher?), nem morreu na cruz (apenas desmaiou, Como Deus deixaria que matassem seu enviado?). Por tanto, não há sacrifício vicário nem ressurreição. Ademais, os cristãos são infiéis porque adoram três deuses: Deus, Jesus e Maria. E os que rendem culto a imagens são "associados", pois relacionam o Deus invisível com objetos feitos por mãos humanas, caindo no terrível pecado da idolatria, que merece o mais severo castigo.

Assim que: um só Deus (nada de Trindade), um grande profeta (nenhum Mediador), um só livro sagrado (o Alcorão), nenhuma imagem, e uma férrea moral que preserva os valores dos ancestrais; premissas essas que foram ganhando espaço em um ocidente cada vez mais descristianizado.


Sua relação com o Ocidente

As relações entre um Ocidente "cristão" e um Oriente "Muçulmano" não foram sempre as melhores. Ao largo dos séculos de história estiveram carregados de hostilidades e rivalidades. Existem três situações que marcaram a fogo esse enfrentamento.

Em primeiro lugar, durante a Idade Média os católicos da Europa organizaram as tristemente celebres Cruzadas, para recuperar o Santo Sepulcro (em Jerusalém) da mão dos infiéis muçulmanos. Por terra e por mar se lançaram a guerra santa, movidos pela promessa de obter indulgências se morressem na batalha. A Primeira Cruzada foi seguida pela Segunda, e esta pela Terceira e pela Quarta... Os europeus derramaram sangue, muito sangue. Documentos daquela época atestam que "o sangue chegava até o joelho dos cavalos". Passaram-se nove séculos e os muçulmanos não se esqueceram à selvageria e crueldade dos chamados "cristãos".

Em segundo lugar, ou posteriormente, os europeus os colonizaram. Praticamente toda a África e Ásia estiveram debaixo do poder de potências imperiais. Foi imposto novas línguas (inglês, francês, espanhol, russo), controlaram sua economia e os dominaram durante décadas. Mais a diferença do que ocorreu na América, onde o processo de emancipação dos poderes europeus se deu no principio do século XIX, as nações africanas e asiáticas só se tornaram independentes no século passado, isto é, aproximadamente uns 50 anos atrás. A ferida infligida pelos cristãos do ocidente ainda não foram cicatrizadas.

E em terceiro lugar, vendo o presente, quando eles olham filmes do ocidente ou aceitam a televisão por satélite O que eles vêm? A imoralidade dos filmes de Hollywood, a desintegração da família, o vício, a violência, as drogas. E isso o cristianismo? - se perguntam - Não o queremos! Não venham contaminar-nos com sua imoralidade!

A força de sermos sinceros reflexionamos: Eles estão errados? O cristianismo ocidental tem dado motivos mais que suficientes para escandalizá-los e endurecê-los. E se a isso acrescentarmos o apoio dado a Israel - contra seus irmãos árabes palestinos -, e o financiamento de ditaduras como as do Iraque, Arábia Saudita e até o próprio Bin Laden! Para salvaguardar os interesses políticos e econômicos da região, não é de surpreender que os muçulmanos não tenham boa opinião sobre o ocidente!


Porque alguns são fundamentalistas

Alguns de seus ricos Sheiks e Sultãos foram estudar na Inglaterra, França e nos Estados Unidos, e regressaram com um título debaixo do braço. Colocaram-se em postos de eminência, aferrando-se ao poder de suas empobrecidas economias. A riqueza do petróleo ficou nas mãos de poucos da classe dominante - vivendo em luxos e dissipando os bens, atitude própria de ocidentais corrompidos - e fazendo acordos com os governos ateus ou liberais da Europa e dos Estados Unidos. Frente a semelhante gasto supérfluo e perda de seus valores religiosos, os fundamentalistas, sentindo-se traídos por seus compatriotas, optam por pronunciar-se contra aquilo que consideravam apostasia. "É hora de voltar aos fundamentos - ou seja: ao Alcorão - e se necessário, mediante o uso de armas" raciocinam.

Movidos por um forte zelo religioso lutarão, dando até suas próprias vidas, contra o grande inimigo da verdadeira fé: O ocidente cristão e infiel. Abraçando esta causa em defesa da religião, é razão suficiente para serem honrados como mártires, na esperança de que Alá os recompense com a entrada no Paraíso, tal como promete o Alcorão. Nem todos os muçulmanos pensam igual - nem sequer a maioria. Mais sim alguns com o objetivo de que através de seus atos suicidas consigam comover a opinião pública. Sem embargo, a grande multidão que não aprova tais ações sangrentas, são pessoas pacíficas, que procuram levar suas vidas normalmente, como bons pais e cidadãos, que amam seus lares, trabalhos e tradições, e cálidos em expressar hospitalidade.

As perseguições

Esta questão gera confusão, particularmente quando consideramos a liberdade individual, impossível de exercer tal como o fazemos no Ocidente. Seus governos são em sua maioria totalitários, e por mais que possam apresentar vestígios de democracia, em geral não dão nenhum espaço para o descenso. Qualquer tentativa de mudança de religião é considerada uma ameaça à ordem pública e a tradição, e por isso merece ser reprimida. Em alguns casos a Sharia (lei corânica) é interpretada fanaticamente e o "infrator" pode ser, desde expulso de seu lar, até perder o trabalho, ser preso, ter que fugir do país ou sofrer a pena capital.

Quarenta e sete nações ostentam o islamismo como religião oficial. Quando alguma diz admitir a liberdade de culto, se interpreta que é para os estrangeiros e não para os nacionais. As igrejas cristãs, quando existe, são em sua maioria pequenas e subterrâneas, e estão expostas a constantes pressões do governo e da sociedade. E raríssimo encontrar um templo ou uma capela, saber de um seminário ou livraria evangélica... Muito menos uma emissora de rádio ou televisão cristã! A evangelização pública e em massa, com honrosas exceções, não são permitidas. E existem lugares onde se sucedem sangrentas mortes de cristãos há muito tempo, sem que as autoridades locais ou as organizações internacionais mostrem interesse em querer intervir para detê-las.

Não obstante, quando emigram e se estabelecem no Ocidente, começam a reclamar os direitos para serem tratados com igualdade: autorização para construir Mesquitas, fazer orações públicas, nomear seus representantes, etc. O que negam aos cristãos em seu país, o exigem para o Islamismo quando estão em um país estrangeiro! E ainda, participam em semelhante incongruência, entusiasmados, até nossos próprios governantes. Assim aconteceu em meu país, onde não muito tempo atrás, foi inaugurada na cidade de Buenos Aires a maior mesquita da América do Sul, edificada sobre um caríssimo prédio de três hectares e meio que a Nação doou ao governo da Arábia Saudita. Os ex-presidentes Menen e De la Rua estiveram presentes na inauguração das instalações, junto ao príncipe herdeiro da coroa arábica e seu numeroso séquito. Mas, nenhuma voz se levantou em protesto contra o regime despótico do Rei Fahd! - sem dúvida o mais totalitário pais do planeta - Tampouco nos consta que o tenha feito as Nações Unidas ou os Estados Unidos, nem as potências Européias. É que o petróleo debaixo da areia pode muito mais do que os discursos que proclamam, com os lábios, os defensores da liberdade. Quando cinismo!


Até uma gratidão evangélica

De qualquer forma, nos os latinos não somos identificados, necessariamente, como as potências do primeiro mundo e os maus exemplos já apontados. Eles rejeitam o cristianismo porque até agora têm visto uma grosseira caricatura dele. O autêntico cristianismo, isto é, o de um Cristo manso e humilde, que ainda não tiveram ocasião de conhecê-lo. Em uma hora como esta deveríamos perguntar-nos, como evangélicos ibero-americanos, se não é uma ocasião oportuna para mostrar a verdadeira diferença. Que ao invés de aprofundar os preconceitos que nos distanciam, os amemos com a ternura de Cristo; que ao invés de evitá-los nos acerquemos com empatia; que ao invés de esquecê-los, os recordemos diante do Trono da Graça.

Deveríamos redobrar os esforços de levar-lhes o Evangelho, tanto aos que estão ao nosso redor como os que estão longe. Deveríamos, sim, redobrar o apoio à igreja sofredora onde nossos irmãos são perseguidos pela sua fé; e apoiar financeiramente com mais desprendimento aos obreiros que trabalham silenciosamente entre eles. Se esta não é a ocasião, Quando será? E se nos não o fizermos, Quem o fará? Finalmente, eles também são amados pelo Pai, e como descendente de Ismael - e por parte de Abraão - herdeiros das promessas divinas. Como poderíamos desentendermos?.

Deus prometeu que faria de Ismael "uma grande nação" (Gênesis 16:10, 21:13 y 18) e, efetivamente o fez. Deus esteve com o rapaz quando vagava com sua mãe pelo desertor ( v. 21:20). Chegou a ser pai de 12 filhos, que fundaram as doze tribos que deram origem ao povo árabe. (v.25:12-18). Foi profetizado que um dia iriam conhecer e adorar ao Senhor (Is. 60:6-9). E em Pentecostes, convertidos a Cristo, se integraram à Igreja em sua primeira hora (Atos 2:10-11). Deus estava levando adiante seus planos com a descendência do primeiro filho de Abraão.

Os filhos de Ismael - hoje mais de duzentos e cinqüenta milhões de árabes -, somam muito mais do que os filhos de Isaque - dezesseis milhões de judeus - A promessa de que sua descendência seria tão grande, "impossível de ser contada", foi cumprida verdadeiramente. Além do estritamente genético, há muitos outros muçulmanos que não são árabes e que quadruplicaram seu número. São de pele cobre, negra, amarela ou branca, e em seu conjunto totalizam mais de um bilhão de almas... E todos se consideram "descendentes espirituais" de Ismael.

Mas a Bíblia ressalta que a única maneira de obter verdadeira filiação espiritual com o Pai é através do Filho, rendendo-se a seus pés e reconhecendo-o como Senhor e Salvador. Até que isso ocorra, muitas das bençãos prometidas ficarão em suspenso. Sejamos, pois, instrumento nas mãos de Deus: como Hagar que alcançou oportunamente a água a Ismael para que não perecesse no deserto (Gênesis 21:19), vamos levar-lhes com urgência a Água da Vida que oferece a gratuita salvação.

Federico A. Bertuzzi

© Extraído da Revista Apuntes Pastorales, suplemento "Ellos y Nosotros" (vol. XIX, Nº 3, fevereiro 2002).
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