sábado, 31 de maio de 2014

Microsoft vai lançar tradutor simultâneo para Skype

Divulgação
Tradutor do Skype (Divulgação)
A Microsoft planeja liberar, até o fim do ano, a versão de testes de um novo tradutor simultâneo para chamadas de voz, vídeo e mensagens instantâneas do Skype. A tecnologia foi apresentada durante a conferência Code, realizada nesta semana nos Estados Unidos.
O Skype Translator está sendo desenvolvido pelas equipes do Skype e da Microsoft Translator. A tecnologia é a mesma já adotada pelo aplicativo de tradução do Bing para Windows 8, que pode converter mensagens gravadas para outras línguas.
Durante a demonstração, Gurdeep Pall, vice-presidente do Skype, conversou com Diana Heinrichs, funcionária da Microsoft: ele falava inglês; ela, alemão. Cada frase foi traduzida com poucos segundos de atraso, em um diálogo que durou cerca de cinco minutos. A tradução foi reproduzida em áudio e também exibida em legendas.
Uma versão anterior da tecnologia da Microsoft já havia sido demonstrada em 2012 por Rich Rashid, chefe da Microsoft Research. Durante uma conferência da companhia na cidade de Tianjin, na China, o discurso de Rashid foi traduzido em tempo real para mandarim.
Desafio  Criar um sistema que permita a tradução simultânea de voz, vídeo e mensagens é um grande desafio para o setor de tecnologia. Em 2010, o brasileiro Hugo Barra, então diretor de produtos voltados à telefonia móvel na divisão Android, do Google, chegou a prometer a solução para 2011. O projeto, é claro, não saiu do papel. Na ocasião, o executivo afirmou que o aplicativo da companhia daria suporte à tradução voz-para-voz para até seis idiomas. Barra deixou o Google, abraçou novos projetos na China e o app tão sonhado parece ainda estar adormecido nos laboratórios do buscador em Mountain View.   
(Com agência EFE)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Investir em vacinação pode salvar milhões de vidas na África

Dagfinn Høybråten - http://veja.abril.com.br/
Vacinação: países da África se comprometeram a desembolsar 700 milhões de dólares em imunização
Vacinação: países da África se comprometeram a desembolsar 700 milhões de dólares em imunização (Thinkstock)
A situação das mais de 200 meninas sequestradas no norte da Nigéria é um lembrete brutal do quão vulneráveis as crianças da África — particularmente as meninas — podem estar. Mas é igualmente importante reconhecer que esse incidente não é um reflexo real da África moderna, e que os líderes africanos estão fortemente empenhados em proteger as crianças de seus países. A capacidade de eles oferecerem o mesmo tipo de proteção que as crianças de países ricos desfrutam depende de dois ingredientes-chave: parcerias e convicção.
Isso porque, embora o terrorismo seja uma ameaça insidiosa, o maior risco para as crianças da África ainda são as enfermidades, as quais muitas vezes podem ser prevenidas com uma rotina de vacinação. Enquanto o mundo debate sobre a melhor maneira de recuperar as meninas desaparecidas, outra ameaça surge: a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarourecentemente uma emergência sanitária mundial devido ao aumento dos contágios de poliomielite, com vários países africanos representando o risco permanente de exportação da doença.
Felizmente, existem formas imediatas e tangíveis de combater a pólio e uma série de outras doenças que podem ser evitadas com vacinação e que tiram a vida de inocentes na África e em outros lugares. Os líderes africanos reconhecem que a melhor maneira de oferecer proteção a longo prazo às suas crianças é por meio de um programa de imunização de rotina. No início deste mês, líderes africanos, reunidos na capital da Nigéria, Abuja, assinaram a Declaração Imunizar África 2020, comprometendo-se a investir em um futuro saudável e sustentável para todas as crianças em seus países.
Declarações como essa são importantes porque somente por meio do poder das nossas convicções é que podemos realmente produzir mudanças positivas. E a mudança, de fato, está ocorrendo. Desde 2001, houve pelo menos 140 lançamentos de novas vacinas na África, o que foi possível graças à liderança local e apoio da organização que represento, a GAVI Alliance, e seus parceiros: Unicef, OMS, Banco Mundial e Fundação Bill e Melinda Gates. Como resultado desse tipo de trabalho, a cobertura de vacinação na África aumentou drasticamente de 10% em 1980 para 72% em 2012.
Agora, os mais de 50 países da África se comprometeram a destinar, por meio da GAVI e seus parceiros, mais de 700 milhões de dólares entre 2016 e 2020 ao financiamento de vacinas infantis. Isso vai tornar a África o quarto maior investidor na GAVI, atrás apenas do Reino Unido, da Fundação Bill Melinda Gates e da Noruega. Esse tipo de compromisso sinaliza uma mudança na ajuda para o desenvolvimento, que se distancia do modelo tradicional de caridade e se direciona para outro construído por parcerias.
Leia também:

No entanto, dado que países africanos já gastam bilhões de dólares em serviços de saúde, e que o continente tem muitas outras necessidades, investir em vacinas nem sempre é uma escolha óbvia.
A Noruega esteve em uma situação semelhante em 2003, quando eu, enquanto Ministro da Saúde e Assuntos Sociais, coordenei a campanha para proibir o fumo em locais públicos. Na época, havia uma forte oposição à proibição e eu fui comparado aos piores ditadores do mundo. Mas eu sabia que aquela medida salvaria muitas vidas nos anos seguintes, e estava convencido de que, se não agisse, não estaria realizando o meu trabalho corretamente. E eu não estava sozinho: autoridades da Irlanda concordaram com a minha postura. 
Conforme os benefícios aos indivíduos — e à sociedade — se tornaram claros, mais de 100 outros países seguiram o exemplo da Noruega e Irlanda; hoje o número de fumantes na Noruega caiu pela metade; e nove em cada dez pessoas apoiam a proibição. Olhando para os efeitos positivos, essa solução pode parecer óbvia hoje, mas foi preciso um poder de convicção para torná-la visível.
O mesmo se aplica à imunização na África e nos países pobres ao redor do mundo. Os líderes dessas nações já viram o que pode ser conquistado com as vacinas, e enxergam que mais benefícios virão com a imunização nos próximos anos. Na verdade, desde o seu lançamento em 2000, a GAVI já colaborou com a vacinação de 440 milhões de pessoas, ajudando a salvar 6 milhões de vidas.
Mas agora há uma real oportunidade para fazer mais: GAVI Alliance e seus parceiros se preparam para um encontro em Bruxelas nesta semana que tem a finalidade de mapear as necessidades financeiras da organização para os próximos cinco anos. Com o apoio da GAVI, temos ao nosso alcance a chance de dobrar o número de crianças imunizadas até 2020, chegando a quase 1 bilhão de crianças e salvando mais de 5 milhões de vidas.
Os líderes africanos têm demonstrado a sua determinação; mas, ao mesmo tempo em que muitos países doadores ainda lutam para consolidar uma frágil recuperação econômica, também será necessário o empenho e convicção de seus líderes. Nenhum de nós pode fazer isso sozinho, mas por meio de parcerias nós podemos proteger as crianças mais vulneráveis do mundo. 
Dagfinn Høybråten é presidente da GAVI Alliance Board, organização que ajuda a melhorar o acesso de crianças à vacinação, e foi Ministro da Saúde e Assuntos Sociais da Noruega entre 1997 e 2000 e de 2001 a 2004.
(Tradução: Roseli Honório)
© Project Syndicate, 2014​

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A cultura, esta nossa inimiga




Bráulia Ribeiro

Hospedados numa casa de duas missionárias, ao lado de um lago do rio Purus, eu me perguntava se não estávamos cometendo um pecado contra os índios que tentávamos servir. A casa era um barraco de madeira, sem banheiro nem água encanada, com dois quartos minúsculos, uma sala sem móveis e uma cozinha com fogão, uma mesinha simples e uma bacia com água à guisa de pia. Porém, estávamos cercados de barracos indígenas sem parede, com telhados de palha e chão de tronco de palmeira, apenas um pouco acima do solo lamacento das margens do lago. A etnia Paumari do Amazonas aprende a nadar antes de aprender a andar e vive em total simbiose com o lago e o majestoso rio Purus.

O meu entendimento missiológico dizia-me que a cultura era formada principalmente pelas técnicas, pelos instrumentos, rituais e programas que determinavam a adaptação de um agrupamento humano a seu meio ambiente. Cultura é não só o que vestimos, o que comemos, como comemos, como amamos e como andamos, mas também o que pensamos sobre o que vestimos e sobre como comemos, amamos e andamos.

Na antropologia de Boas e Strauss, que me influenciou, a cultura tem um forte significado material e implica a submissão humana aos preceitos funcionais que a governam. A cultura se traduz no que se vê e é tão frágil quanto o estilo de vida indígena. Se as circunstâncias materiais mudam, a cultura morre. Por isso, defende-se nessa tradição antropológica o isolamento das tribos. Melhor isolar para que não se “contaminem”. Se forem “contaminados” pela polinização cultural, deixam de ser quem são.

Os pesquisadores dessa linha estavam sempre interessados no passado, na vida tradicional, e até mesmo criaram um conceito chamado de “presente histórico”, que congelava as culturas num estado atemporal. À sombra da mesma ideia da “kultur”, depois de Lausanne desenvolvemos uma missiologia do respeito, mas algumas ideias chegando quase à idolatria da cultura, confundindo o valor das gentes com o valor das cores, comidas e danças das gentes. Eu não me atrevia nem mesmo a pensar que os Paumari poderiam querer um dia morar diferente. Casebre flutuante lutando contra a enchente do rio seria parte essencial do jeito Paumari de ser.

Trabalhei com indígenas “de verdade” -- do tipo pelado que caça de arco e flecha -- e com aqueles cercados pelo estilo de vida e desafios das cidades. Concluí que a cultura humana é mais que sua dimensão material. Sou tão brasileira morando no exterior, como o era morando no Brasil. Cultura são as gentes, suas histórias, suas memórias; cultura é um conjunto de acervos intangíveis. É a narrativa épica, é o conteúdo emocional que só existe se existir o povo. De “blue jeans” ou de tanga, carrego na alma a marca da minha cultura.

Sou defensora ferrenha da missão que se encarna, que se empobrece, que se desnuda. Porém, creio também que para além dela temos de ser a missão que empodera para que se vença a pobreza, a missão que educa para que as gentes se dispam de aspectos perniciosos de suas culturas, mas continuem sendo elas mesmas. 

O sociólogo Robert Woodberryfez uma descoberta extraordinária e que enfraqueceu o mito do missionário ocidental “destruidor” de culturas. Com abundância de quadros de estatísticas e quatorze anos de pesquisa, ele percebeu que o fator que separou países da África que hoje se afundam na miséria e em governos tirânicos daqueles que experimentam a liberdade democrática foi um só: missionários protestantes que se empenharam em pregar um evangelho que transformasse as culturas onde trabalharam.

Que a nova geração de missionários recupere a iconoclastia do evangelho e o desrespeito que este amor tem por aquilo que não é amor. A cultura digna de ser preservada é a cultura que transmite e nutre o amor.

Nota
1. Woodberry, Robert D. 2012. “The Missionary Roots of Liberal Democracy.” “American Political Science Review”, n. 106 (2).

• Bráulia Ribeiro trabalhou na Amazônia durante trinta anos. Hoje mora em Kailua-Kona, no Havaí, com sua família, e está envolvida em projetos de tradução da Bíblia nas ilhas do Pacífico. É autora deChamado Radical e Tem Alguém Aí em Cima?. Acompanhe mais conteúdo no blog pessoal de Bráulia.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tecnologia simples e revolucionária para o transporte de água vem da Índia

http://greenstyle.com.br/

Para muitos de nós, a água limpa vem com o toque de uma torneira. Mas para 1 em cada 6 pessoas o acesso à água exige muito trabalho: horas de caminhada, espera em filas e trabalho pesado.
A Wello, uma companhia de empreendimento social americana, criou uma maneira nova e revolucionária para o transporte de água de uma forma mais eficiente e higiênica. O WaterWheel é um recipiente de 50 litros redonda que permite “rolar” a água a partir de fontes em vez de levá-lo em suas cabeças. Graças a esta nova invenção, três a cinco vezes a quantidade de água pode ser transportada, em comparação com o método tradicional.
"Menos viagens para coletar água significa que as mulheres e as crianças podem passar mais tempo em atividades educacionais e econômicas produtivas”, diz Cynthia Koenig, fundadora e executiva-chefe da Wello ao InHabitat.

sábado, 10 de maio de 2014

Forte crescimento da população africana criará novas tensões sociais

Um estudo da ONU, publicado no mês de julho e comentado nos jornais "Los Angeles Times" e no "Washington Post", mostra as impressionantes projeções do crescimento demográfico dos países africanos. Novas análises realizadas pelos especialistas corrigem estimativas anteriores, indicando que a população africana irá quadruplicar durante o século 21, em vez de simplesmente triplicar, como se calculava até então.
Desse modo, tendo 1,1 bilhão de habitantes atualmente, a África contará com mais de 4 bilhões em 2100. No contexto planetário, a população asiática continuará crescendo, mas num ritmo mais lento, com a Índia ultrapassando a população da China em 2030.
Ao mesmo tempo, a população da Europa declinará ao longo do século 21, enquanto a da América do Norte subirá, ultrapassando o número de habitantes da América do Sul em 2080.
As estimativas sobre o Brasil ilustram este movimento de ascensão, estabilização e declínio da população da América do Sul. Segundo os demógrafos da ONU, o Brasil atingirá o seu pico populacional em 2050, com 231 milhões de habitantes, e verá em seguida esta cifra regredir para 194 milhões em 2100, número próximo ao registrado em 2010 (195 milhões de habitantes).
Inversamente, a população da América do Norte continuará aumentando, sobretudo impulsionada pelo crescimento demográfico dos Estados Unidos. Único país desenvolvido com crescimento demográfico, os Estados Unidos, que contavam com 312 milhões de habitantes em 2010, terão 462 milhões em 2100.
O contraste entre o aumento da população africana, sobretudo nos países subsaarianos, e o resto do mundo aparece nas estimativas sobre a população da Nigéria. Atualmente com 175 milhões de habitantes, a Nigéria terá uma população maior que a dos Estados Unidos a partir de 2050, tornando-se o terceiro país mais populoso do mundo. Em 2100 a Nigéria terá um contingente de 914 milhões, se aproximando da população chinesa neste mesmo ano (1 bilhão de habitantes).
O forte crescimento da população africana criará novas tensões sociais na maioria dos países do continente. De fato, a maior parte dos países africanos herdou fronteiras artificiais, criadas pelas ex-potências coloniais europeias, que funcionam como verdadeiras bombas de retardamento em muitas regiões.
O caso da Nigéria é também exemplar nessa perspectiva. Estado federal que conta com 36 Estados e 250 etnias, o país está dividido entre muçulmanos (50% dos habitantes), cristãos (40%) e seguidores das religiões tradicionais africanas (10%). Refletindo esta situação, o Poder Judiciário nigeriano combina partes do sistema legal britânico (oriundo do país colonizador), as leis tradicionais e a lei Islâmica, aplicada nos 12 Estados do norte da federação.
Nos últimos anos, a radicalização islâmica e a urbanização desordenada têm aumentado os conflitos entre muçulmanos e cristãos. Segundo alguns especialistas, no médio prazo, a Nigéria pode conhecer novos movimentos separatistas e mesma uma divisão de seu território entre o norte muçulmano e o sul cristão.

LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO

Cientista político e historiador, professor titular da Universidade de Paris-Sorbonne e professor convidado na FGV-Escola de Economia de São Paulo. É membro da Academia Europaea.

sábado, 3 de maio de 2014

Brunei impõe lei islâmica que prevê apedrejamentos

O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah
O sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah (AFP)
No sultanato de Brunei, no Sudeste Asiático, um novo código penal baseado na sharia, a lei islâmica inspirada no Corão, entrou em vigor nesta quinta-feira. A nova legislação será implantada em fases, sendo que a primeira introduz multas e penas de prisão para atos considerados indecentes, faltas às orações ou gravidez fora do casamento. Na segunda fase, prevista para entrar em vigor em outubro, penas mais duras serão impostas a furtos e roubos, que podem resultar em mutilações ou açoitamentos. Até o final do ano que vem, passam a valer punições ainda mais brutais, como morte por apedrejamento para adúlteros e homossexuais. Também está prevista pena de morte por blasfêmia ou apostasia (abandono ou negação da fé).
Brunei torna-se assim o primeiro país do Sudeste da Ásia a adotar oficialmente a sharia em todo seu território. Em comparação com os vizinhos Malásia e Indonésia, o pequeno estado, rico em petróleo, já praticava uma lei mais dura, proibindo a venda e o consumo de bebidas alcoólicas e restringindo a liberdade religiosa.
O sultão de Brunei, Hasanal Bolkiah, que graças às reservas de petróleo do seu país é considerado um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 20 bilhões de dólares, rejeitou as “intermináveis teorias” de que as punições são cruéis. “Teorias afirmam que a lei de Alá é cruel e injusta, mas o próprio Alá disse que sua lei é muito justa”, disse, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian
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Críticas – A medida, que vinha sendo estudada há dois anos, foi criticada pelas Nações Unidas, por grupos de defesa dos direitos humanos e também motivou reações internamente. No início deste ano, cidadãos não-muçulmanos manifestaram-se contra a nova lei nas redes sociais, mas silenciaram após ameaças do sultão. Os muçulmanos representam mais de 70% da população do Brunei, de pouco mais de 400.000 habitantes.
No início de abril, o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos criticou as duras medidas em Brunei. “Pedimos que o governo revise o Código Penal para garantir o cumprimento das normas internacionais para os direitos humanos”, declarou Rupert Colville, porta-voz do órgão, durante uma entrevista coletiva.
O vice-diretor para a Ásia da ONG Human Rights Watch considerou o novo código “uma volta à punição medieval”. “É um enorme passo atrás para os direitos humanos em Brunei e um está totalmente fora de sintonia com o século XXI”, criticou Phil Robertson.
A Anistia Internacional exigiu a revogação do novo código penal que devolve Brunei “a uma idade das trevas”, alertando que a legislação vai impor restrições à liberdade de pensamento, consciência e religião e aos direitos das mulheres. “O novo código penal de Brunei legaliza castigos cruéis e desumanos. Representa um deboche aos compromissos internacionais do país com os direitos humanos e deve ser revogada imediatamente”, disse o subdiretor da organização para a Ásia-Pacífico, Rupert Abbott.
(Com agências EFE e France-Presse)

SOBRE BRUNEI

Bruneioficialmente Nação de Brunei, a Morada da Paz4 ou Estado do Brunei Darussalã5 (em malaioNegara Brunei DarussalamJawiنڬارا بروني دارالسلام, em árabeدولة بروناي، دار السلام), é um estado soberano localizado na costa norte da ilha do Bornéu, no Sudeste Asiático. Além de seu litoral com o mar da China Meridional, é completamente cercado pelo estado de Sarawak, na Malásia, e é dividido em duas partes pelo distrito de Sarawak, Limbang. É o único estado soberano completamente na ilha de Bornéu, com o restante da ilha, formando partes da Malásia e Indonésia. A população de Brunei era 401.890 em julho de 2011.
O Brunei está localizado na costa norte da ilha do Bornéu. Está dividido em dois territórios separados apenas pela baía do Brunei, ambos com a costa norte para o mar da China meridional, e partilha uma fronteira de 381 km com a Malásia.48 Tem 500 km2 de águas territoriais, e uma zona náuticas econômica exclusiva de 200 milhas.
O Brunei consiste de duas partes sem ligação. Cerca de 97% da população vive na parte maior, a ocidente, enquanto que só 10 000 pessoas vivem na parte leste, montanhosa, que constitui o distrito de Temburong. As cidades principais são a capital,Bandar Seri Begawan (cerca de 46 000 habitantes), a cidade portuária de Muara e Seria.49 50 Outras cidades importantes são a cidade portuária de Muara, a cidade produtora de petróleo da Seria e sua cidade vizinha, Kuala Belait.
O ponto mais alto do país é o Bukit Pagon (1850 m de altitude), no extremo sul da parte oriental do país, sobre a fronteira com a Malásia.
A população de Brunei, em julho de 2011 foi de 401.890 dos quais 76% vivem em áreas urbanas. A expectativa de vida média é de 76,37 anos.19 Em 2004, 66,3% da população eram malaio, 11,2% são chineses, 3,4% são indígenas, com grupos menores que compõem o resto.19
A língua oficial de Brunei é o malaio. Há apelos para expandir o uso da língua em Brunei.55 A principal língua falada é o Melayu Brunei (Brunei Malaio). O Brunei malaio é bastante divergente do padrão malaio e do resto dos dialetos malaios, sendo cerca de 84% cognato com a norma malaia,56 e é principalmente mutuamente ininteligíveis á ele.57 Inglês e chinês(com vários dialetos) também são amplamente falados, o inglês também é usado nos negócios e como a língua de ensino do primário ao ensino superior,58 59 60 61 e há uma relativamente grande comunidade expatriada.62 Bahasa Rojak, muitas vezes falado pelo povo e em alguns programas de rádio populares, é conhecido como uma "língua mista" e considerado por alguns a ser prejudicial para o malaio normal.63 Outras línguas faladas incluem o Kedayan, Tutong, Murut, Dusun e o Iban.56
Islã é a religião oficial do Brunei, e dois terços da população adere ao Islamismo. Outras religiões praticadas são o budismo (13%, principalmente pelos chineses) e cristianismo (10%).19 O pensamento livre, principalmente por parte dos chineses, forma cerca de 7% da população. Embora a maior parte deles praticam alguma forma de religião com elementos do budismoconfucionismo e Taoismo, eles preferem se apresentar como tendo a religião não declarada oficialmente, portanto, considerados como ateus nos censos oficiais. Os seguidores de religiões indígenas são cerca de 2% da população.

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