segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Janela Túrquica ou Janela 35-45



A ROTA DA SEDA E DE MISSÕES

A Janela Túrquica, a Rota da Seda ou a Janela 35-45 (por estar localizada acima da linha do equador, entre os graus 35 e 45), é uma faixa de terra que vai desde a antiga Iugoslávia - atuais Sérvia e Montenegro - passando pela Turquia e chegando à Ásia em países da antiga União Soviética, como Uzbequistão e Turcomenistão, e ao extremo oeste da China, na região conhecida como Urumchi. São cerca de 25 países inseridos na Janela Túrquica, que recebe este nome devido ao grande número de povos com raízes étnicas turco-otomanas e que possuem o turco e suas derivações como idiomas falados (tais como: azeris, gagaúzes, tártaros, turcomanos, cazaques e quirguizes).

A região engloba inúmeros países de confissão islâmica ou cristã-ortodoxa, o que dificulta a entrada e o trabalho de missionários ali. Ela ficou conhecida como Rota da Seda por ter sido um grande canal de comunicação e comércio entre a Europa e a Ásia, com mais de 10.000 quilômetros de estradas e caminhos. Nessa região estão alguns dos montes mais altos do mundo, os desertos mais desolados e infindáveis planaltos, sendo explorada à exaustão por nomes como Genghis Khan, Tamerlane e Alexandre - o Grande.

A parte européia da janela conviveu durante anos com as guerras separatistas ou processos de separação de repúblicas independentes (como as da Iugoslávia e União Soviética) e com a chamada Guerra Fria (divisão da Terra em Socialismo Soviético e Capitalismo Americano), além de um processo de evangelização islâmica muito intenso, principalmente no período do Império Turco-Otomano.

Antes da formação desse bloco imperial, a região era um grande referencial cristão na Ásia e na entrada da Europa, especialmente no noroeste do continente com a Macedônia, Grécia, Turquia e Albânia. Já o trecho asiático foi afetado pela dissolução da União Soviética e pela pobreza que muitos desses países passaram a viver em decorrência da separação.

Hoje, a Janela Turquica é um dos grandes desafios missionários. A região está aberta ao trabalho missionário, exceção a alguns países de confissão islâmica que ainda dificultam a evangelização. Entretanto, muitos outros estão recebendo obreiros comprometidos e que têm dado testemunho do amor de Jesus por essas vidas. Muitos turcos, a partir desses contatos, têm se rendido ao Senhorio de Jesus Cristo.

Via blog do Jamierson de Oliveira (editor da Revista Povos, dedicada a Missões) - http://jamiersonoliveira.blogspot.com/

sábado, 27 de dezembro de 2008

CLM – um curso de lingüística geral

Bob Dooley (SIL)

Em 1916 foi publicado o Curso de lingüística geral de Ferdinand de Saussure, trabalho que inaugurou a época da lingüística moderna. Era sobre a lingüística geral porque visava à análise de qualquer língua, européia ou não-européia, escrita ou ágrafa. Um ano mais tarde, a William Cameron Townsend foi dada a visão de que a Bíblia deve ser traduzida em todas as línguas. Para o movimento moderno da tradução da Bíblia, Deus estava suscitando o movimento da lingüística moderna como ferramenta fundamental.

Nos anos subseqüentes os dois movimentos têm andado juntos. Em certos aspectos a tradução bíblica tem simplesmente desfrutado as sucessivas ondas da lingüística: o estruturalismo que gerou a fonologia e a morfologia modernas, a gramática gerativa que gerou a sintaxe moderna, a lingüística funcionalista que associa as formas lingüísticas com suas funções comunicativas, a lingüística cognitiva que associa as formas lingüísticas com a cognição geral etc. Em outros aspectos, bem práticos, a tradução bíblica tem contribuído com a lingüística moderna, abrindo caminhos novos pela força da simples necessidade: a análise do discurso, o registro das línguas do mundo, a produção de software para a lingüística de campo, a elaboração de fontes não-romanas para publicações em muitas línguas, técnicas de alfabetização etc. Todos esses aspectos da lingüística estão à disposição da tradução bíblica. Só falta aplicá-los.

Para centenas de brasileiros durante os últimos 26 anos, o CLM tem sido aquele “curso de lingüística geral” que colhe e aplica o melhor da lingüística moderna à tradução bíblica. É um curso intensivo que ele requer, tanto do aluno quanto do professor, um amor a Deus de todo o coração, mente e força. Mas o fruto desse curso, recebido e posto em prática com amor, tem sido a vida eterna para muitos povos que, de outra forma, não teriam acesso efetivo à Palavra de Deus.

Missão ALEM (Associação Lingüística Evangélica Missionária) - http://www.missaoalem.org.br/

domingo, 21 de dezembro de 2008

República da Índia

Dados do País:

Nome Oficial: República da Índia
Nome Nacional: Bharat
Área: 3,287,590 km2
População: 1,067,421,100 hab.
Densidade: 324 hab./km2
População Urbana: 40%
Capital: Nova Delhi (11,3 Milhões)
Maior Cidade: Mumbai (17,55 Milhões)
Língua Oficial: Hindi, Inglês (Veja Línguas)
Moeda Oficial: Rúpia
Renda per capita: $370 (1,2% dos EUA)
Religiões: Hindu, e outras. (Veja Religiões)
Ponto mais Alto: Kanchenjunga (8,598 m)

Introdução

A Índia, no sul da Ásia, com uma população de 1 bilhão, é o segundo país mais populoso do mundo, vivendo em 2,4% da superfície terrestre. A previsão para o ano 2020 é da Índia ultrapassar a China como sendo o país mais populoso do mundo. Apenas 2% da população é cristã. 75% da população (600 milhões) vivem na pobreza, metade desta porcentagem vive em estado de indigência (300 milhões de pessoas).

Os sistemas de castas, as diversas raças e a grande variedade de línguas tornam a Índia o país com mais grupos de povos não alcançados do mundo. É o maior país hindu e o segundo maior país muçulmano do mundo.

Anualmente aproximadamente 5 milhões de pessoas emigram das aldeias para as cidades em busca de emprego. Há 20 metrópoles na Índia. Bombaim, Calcutá, Chennai (antiga Madras) e Delhi estão entre as maiores 25 aglomerações urbanas mundiais. 1/3 da sua população mora em favelas e muitos vivem nas ruas. Há 92 cidades maiores e 700.000 vilas. Pouca evangelização é feita nas cidades devido às castas superiores com suas barreiras. 600.000 vilas ainda não ouviram falar de Jesus.

Os cristãos indianos, com orgulho, afirmam que o início da evangelização começou com o Apóstolo Tomé, discípulo de Jesus, no Estado de Kerala. Hoje, após 200 anos da chegada de Willian Carey à India, a maioria dos cristãos se encontra nos Estados de Kerala e Tamil Nadu, no sul da Índia, e desde o final do século passado em Nagaland, Mizoram e Manipur, no nordeste. Tem havido também movimento popular como em tribos em Andhra Pradesh.

A Índia e sua Diversidade de Povos

A diversidade racial, étnica, religiosa e linguística, juntamente com o sistema de castas complica qualquer análise da população. Uma pesquisa de 1991 identificou 4.635 grupos distintos de pessoas. Na Índia, a cada 100 km, produzem-se mudanças de dialeto, vestuário e crenças.

Os grupos de povos baseados nas culturas e nas castas, ao invés de línguas, é o critério mais importante para que se possa compreender a complexidade da Índia.



A invasão indo-ariana e a conquista da Índia três milênios atrás levou à marginalização dos habitantes originais, muitos dos povos tribais de hoje, à subjugação de boa parte da população drávida e a emergência de um múltiplo grupo de raças miscigenadas, hoje, as castas inferiores. O sistema de castas estabeleceu o controle brâmane sobre a maioria. Fundamental para o hinduísmo, ela permeia todas as estruturas sociais e religiosas da Índia.

A discriminação das castas é proibida pela constituição, mas é socialmente importante para mais de 80% da população. Estima-se haver 6.400 castas. Cada uma funciona como um grupo separado, por causa das barreiras sociais que as separam.

Linguas

A Índia já foi o país menos alfabetizado do mundo, porém essa situação mudou. Hoje o índice de alfabetização é de 62%, em 1981 era de 44%. Na Índia são falados cerca de 1.600 idiomas e dialetos. As línguas oficiais são o hindi (Língua da União, 66% falam essa língua) e o inglês (Língua legislativa e judiciária e das comunicações, 19% falam essa língua).

As línguas que possuem as Escrituras: 53 têm a Bíblia completa, 42 têm o Novo Testamento e 40 têm apenas algumas porções da Palavra de Deus. Este é um grande desafio. Um novo esforço, tão grande quanto o de William Carey, deverá ser montado, ou a taxa atual de tradução da Bíblia levará 100 anos para cobrir as línguas da Índia.

As missões para a Índia estão começando a surgir devido ao desafio das 203 línguas que ainda requerem atenção, 30 delas com uma necessidade definitiva. Mais de 100 línguas faladas por mais de 10.000 não têm as Escrituras. A United Bible Society tem 74 projetos de tradução em mãos. Vária agências indianas estão envolvidas nos projetos de tradução da Bíblia.

Religiões

A constituição da Índia concede total liberdade religiosa de adoração e testificação para todas as religiões. O surgimento do extremismo Hindutva resultou em uma campanha de ódio contra os mulçumanos no começo da década de 90, e contra os cristãos no final da década de 90, ambas tidas como religiões "estrangeiras".

Legislações que vão contra conversões e imposição de restrições legais das atividades cristãs têm sido exigidas. Alguns Estados aprovaram tais legislações. Muitos estão preocupados com uma possível abolição das liberdades religiosas garantidas.
Segundo estatísticas, o número de casos de perseguição contra cristãos tem aumentado rapidamente. De 1964 a 1996 houve 38 incidentes registrados. Nos três anos subsequentes houve mais 300. Até 2001 houve, em média, um incidente a cada 36 horas.

A Índia é o berço de algumas das principais religiões mundiais como o Hinduísmo, Budismo, Jainismo e o Sikhismo. O Hinduísmo é a terceira religião mundial em número de adeptos e a religião predominante na Índia.

O Hinduísmo popular adora cerca de 33 milhões de deuses. A vaca é um animal sagrado. Existem montanhas, cidades e rios sagrados como o rio Ganges da cidade de Varanasi, onde os hindus fazem suas peregrinações e banhos visando uma "purificação" espiritual.

No seu sentido mais amplo, um hindu é alguém que vive ou se identifica com a Índia e a sua cultura. Como religião, ela é uma rede pluralista de crenças religiosas e sistemas que variam da filosófica (auto-compreenção), para os Vedas (rituais e boas obras), até o hinduísmo tribal (idolatria, ocultismo e animismo). Ela absorve os elementos de qualquer religião que encontra, e é amplamente percebida como uma religião de tolerância e paz. A sua influência global é significativa através dos Hare Krishna, Nova Era, Yoga, etc. Muitos conceitos do hinduísmo se tornaram parte da cultura pós-moderna do século XXI: yoga, gurus, carma, reencarnação e meditação transcendental.

Motivos de Oração:

1. A Índia tem mais e maiores grupos de povos sem nenhum cristão, igrejas ou obreiros que qualquer outro país do mundo:
ORE, para que a Igreja no mundo todo possa se levantar para completar esta tarefa. Ore pelas igrejas que têm respondido ao clamor dessa nação e têm enviado missionários. Ore pelas igrejas que têm adotado em oração ou financeiramente obreiros nativos na Índia. A WEM tem trabalhado em parcerias com igrejas na adoção de obreiros nativos indianos.

2. A liberdade para a pregação do evangelho tem sido restringida por leis anti-conversões e discriminação dos cristãos:
ORE, pelos líderes da nação para que possam manter a liberdade religiosa que é garantida pela constituição da Índia.

3. O Hinduísmo é o terceiro maior sistema religioso do mundo:
ORE, para que os hindus, na sua sede pelo espiritual, encontrem a fonte da água da vida que é o Senhor Jesus. Ore para que os extremistas hindus, que têm instigado a violência contra os cristãos e minorias, se arrependam dos males que têm causado à sociedade da própria nação. Ore para que os cristãos possam mostrar o amor e perdão de Cristo contra os seus perseguidores.

4. A Igreja na Índia necessita das seguintes orações:
ORE, pela manutenção da unidade da igreja indiana. O passado foi caracterizado por um espírito de divisão, mas, devido ao ambiente nacional mais hostil, está havendo uma unidade muito grande como nunca houve antes. Há muito tempo as igrejas têm tido a aparência de estrangeiras. Ore para que as igrejas sejam menos influenciadas pela cultura ocidental e tenham uma aparência típica indiana. Ore por uma maior integridade de vida, seriedade e compromisso com o Senhor entre aqueles que estão evangelizando. Ore por alcance mais efetivo do evangelismo pessoal, ao invés das campanhas de massa.

5. O treinamento de obreiros cristão é fundamental para a saúde e crescimento da igreja:
ORE, para que haja um treinamento de obreiros mais eficaz, pois, o discipulado pobre e falta de ensino têm feito do nominalismo, do sincretismo e das perdas para o hinduísmo, um problema para os cristãos. Ore pelos seminários teológicos indianos e pelas escolas bíblicas para que, além de meramente ensinarem teologia, visem também fornecer habilidades práticas para a implantação de igrejas. Ore pelos centros de treinamento para obreiros nacionais, pois têm tido um papel significativo na implantação de igrejas. Ore pelos obreiros nativos adotados pelas igrejas em parceria com a WEM. Ore pela liderança da WEM na Índia.

6. Nenhuma outra parte do mundo tem tamanha concentração de pessoas não evangelizadas:
ORE, pelas áreas menos evangelizadas da Índia. Pelas Planícies do Ganges no Norte com seus milhões de pessoas do interior que falam hindi. Os 5 estados de Haryana, Himachal Pradesh, Delhi, Rejasthan e Uttar Pradesh com 360 milhões de pessoas onde os crentes comprometidos e ativos não ultrapassam 120 mil.

7. Minorias das comunidades religiosas:
ORE, pelos mulçumanos que vivem em terras indianas que podem chegam a 140 milhões. Pelos Sikhs, muitos Sikhs se voltaram a Cristo no Canadá e, recentemente, no estado de Haryana. Ore pelos Budistas, Jains e Parsees que são extremamente difíceis de serem alcançados, contudo, são muito influentes na sociedade.

8. Ministérios de ajuda:
ORE, pela Sociedade Bíblica, com seu longo e notável ministério e papel-chave na distribuição de mais de 100 milhões de porções das Escrituras anualmente. Ore pelos projetos de tradução da Bíblia nas línguas da Índia. Ore pelas Editoras e livrarias cristãs.

9. Os indianos em outras terras chegam a 22 milhões:
ORE, para que possam ter um encontro com Jesus em terras estrangeiras. Ore para que estes cristãos expatriados indianos possam ser chamados como testemunhas para as suas terras de origem. A obtenção de vistos é mais fácil para eles.

CONCLUSÃO:

Esperamos que essas informações sirvam de "combustível" de oração para aqueles que têm amor pelas as almas e desejam que o Nome do Senhor Jesus Cristo seja glorificado entre todos os povos da terra.

Equipe VEM-BRASIL

Fontes: Intercessão Mundial, Patrick Johnstone; Sepal - www.infobrasil.org.br

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Restrição à entrada de missionários em terras indígenas - Oração urgente!

Já está na Casa Civil, aguardando a assinatura do Presidente, mais um decreto de lei* que restringe a entrada de missionários, pesquisadores e ONGs em terras indígenas. Se assinado, para um missionário entrar em terra indígena terá que enviar seu projeto para o Ministério da Justiça e, dependendo da área, também para o Ministério da Defesa e Conselho de Defesa Nacional. Aqueles que já estão em área terão 180 dias para submeter seus projetos a tais órgãos e, possivelmente, terão que deixar a área até sair a aprovação.

Em termos práticos, sabemos que pelo menos grande parte desses projetos jamais será aprovada, não por falta de consistência mas por causa da resistência ao evangelho. Lembremos que equipes missionárias já foram retiradas de terras indígenas no Brasil sem jamais conseguirem autorização para retornarem.

Estamos articulando uma reunião no Congresso Nacional, com os parlamentares da frente evangélica, na próxima quarta-feira, dia 17, logo após o culto semanal normalmente realizado as 9 h. no anexo 2. Na ocasião disponibilizaremos a cada um deles, e suas assessorias, uma cópia do nosso recém escrito Manifesto. Todos os que puderem participar serão bem vindos. Já mobilizamos os colegas de Anápolis e Brasília - Asas de Socorro, MNTB, SIL, ATINI, JMN e outros.

A exemplo da rainha Ester (4.16), gostaríamos de convidá-lo a juntar-se a nós em oração para que tal decreto não seja sancionado. Temos poucos dias, mas sabemos o Senhor pode intervir e transformar o mal em bem.

Rocindes Corrêa
Diretor do Depto. de Assuntos Indígenas - AMTB
www.amtb.org.br


Leia a matéria que saiu no jornal O Estadão

Um decreto à espera da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criará restrições para a entrada de pesquisadores, missionários e organizações não-governamentais em terras indígenas. O texto obriga os religiosos, cientistas e ONGs a submeterem seus projetos à prévia análise do Ministério da Justiça. Se a reserva estiver próxima à faixa de fronteira ou na Amazônia Legal, a autorização dependerá ainda da avaliação do Ministério da Defesa e do Conselho de Defesa Nacional.

O decreto é parte da estratégia do governo para controlar a ação das organizações não-governamentais e coibir a biopirataria e a exploração ilegal de recursos no Brasil, especialmente por estrangeiros. O documento chegou à Casa Civil uma semana antes do julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol (RR) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para a próxima quarta-feira.

O texto obriga que pessoas físicas e jurídicas que queiram desenvolver atividades nas reservas entreguem ao Ministério da Justiça um plano de trabalho que especifique o objetivo do projeto, o prazo necessário para sua execução, as estimativas de gastos e as fontes de financiamento. Além disso, as ONGs precisam ter cadastro no Ministério da Justiça.

Caso o pesquisador seja estrangeiro, precisará de visto específico e deverá indicar o percurso a ser feito na terra indígena e as datas previstas para o início e término dos estudos. Ele não poderá, portanto, valer-se do visto de turista para entrar na reserva.

No caso de ONG estrangeira, os responsáveis deverão apresentar o comprovante de autorização para funcionamento no Brasil e certidão de regularidade emitida pelo ministério.

A licença para entrar na reserva será cancelada se o objeto do estudo for alterado sem a autorização do Ministério da Justiça. Os pesquisadores deverão, nesta hipótese, deixar imediatamente a região. O estrangeiro poderá ser deportado se não tiver visto específico para a atividade que for desenvolver.

O pesquisador, missionário ou ONG que estiver em terra indígena quando o decreto for publicado terá 180 dias para pedir autorização do Ministério da Justiça, preenchendo todos os requisitos previstos no texto.

FISCALIZAÇÃO

Atualmente, a entrada em terras indígenas é regulada por uma portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai), destinada a proteger especificamente direitos sobre “as manifestações, reproduções e criações estéticas, artísticas, literárias e científicas” dos índios.

Porém, por falta de estrutura e fiscalização, missionários ou pesquisadores podem burlar essa barreira. “Hoje o controle, quando feito, acaba sendo muito frouxo. Além do que, não há qualquer acompanhamento da atividade de quem entra na reserva”, afirmou o secretário de Assuntos Legislativos do ministério, Pedro Abramovay.

Em alguns casos, índios que pouco tiveram contato com o homem branco são abordados por religiosos interessados em catequizá-los. Depois de feita a aproximação, o processo para a retirada desses missionários das aldeias torna-se complicado, até porque os índios acabam aderindo à religião.

A edição do decreto é a segunda iniciativa do governo no controle, especialmente, das ONGs estrangeiras. A primeira foi obrigá-las a renovar o registro no Cadastro Nacional de Entidades (CNEs), da Secretaria Nacional de Justiça.

Para garantir o respeito a essas regras, admitem integrantes do governo, é preciso, além da legislação, estabelecer a presença do Estado com o aumento da fiscalização nas terras indígenas.

AS REGRAS

O que diz o texto do decreto

O decreto vale para pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que queiram desenvolver atividades nas reservas indígenas

O texto exclui as organizações dirigidas exclusivamente por índios ou comunidades indígenas sem vínculo com pessoas jurídicas

Para entrar na reserva e desenvolver as atividades será necessária autorização do Ministério da Justiça

Se a terra estiver na Amazônia Legal ou na faixa de fronteira, a autorização dependerá da Defesa e do Conselho de Segurança

Deverão constar nos pedidos de autorização o plano de trabalho, estimativa de gastos e indicação das fontes de financiamento

No caso de estrangeiros, será preciso ainda indicar o percurso a ser feito na região e as datas para início e término do trabalho

O estrangeiro precisará de visto de pesquisador para desenvolver suas atividades em terras indígenas

As ONGs precisam estar cadastradas no Ministério da Justiça e devem apresentar anualmente a Certidão de Regularidade

Se a ONG for estrangeira, precisará ainda apresentar comprovante de autorização para funcionamento no País

Quem estiver trabalhando em terra indígena na data em que o decreto entrar em vigor terá 180 dias para solicitar a autorização

O estrangeiro que exercer as atividades indicadas no decreto com visto de turista poderá ser deportado

A autorização para ingresso na terra indígena terá prazo determinado e o pedido de prorrogação precisa do aval do ministério

Se houver desvio de atividade durante o trabalho, a autorização da ONG para funcionar no País poderá ser cassada

fonte: www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081208/not_imp290170,0.php

Como Igreja de Cristo oremos por esse decreto e por todos aqueles que se preocupam e fazem evangelização com os povos indigenas.

via Portal Evangeliza Brasil

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ISLAMISMO: 3 milhões celebram o Haj


Festival islâmico em Meca, na Arábia Saudita, aconteceu neste fim de semana.



Vestidos com túnicas brancas para simbolizar a pureza e a igualdade dos homens perante Deus, cerca de 3 milhões de muçulmanos de todo o mundo estão reunidos em Meca, na Arábia Saudita, para a peregrinação anual do Haj. Os homens, usando túnicas de duas peças, e as mulheres, cobertas da cabeça aos pés – com exceção das mãos e da face –, circulam sete vezes ao redor da Caaba, a pedra sagrada em forma de cubo que fica dentro da Grande Mesquita. É o local mais sagrado do mundo para os seguidores do Islã, fé surgida no século 7 da Era Cristã e que tem mais de 1,3 bilhão de seguidores.

Um dos pilares da fé muçulmana, o Haj é cheio de rituais e simbolismo. De acordo com o Corão, o livro sagrado dos maometanos, todo fiel que tiver condições financeiras deve realizar a jornada pelo menos uma vez na vida. O ponto máximo do Haj acontece hoje, quando os peregrinos reúnem-se no Monte Arafat, a 20 quilômetros de Meca, onde, diz a tradição, o profeta Maomé fez seu último sermão antes de subir aos céus. Ali, os peregrinos fazem orações do meio-dia até pouco depois do cair da noite, num ritual que é interpretado como uma antecipação do Dia do Julgamento, quando, segundo o Islã, cada pessoa terá de responder a Deus por suas ações.

De acordo com teólogos islâmicos, o Haj é uma jornada espiritual que limpa a alma e leva à absolvição dos pecados. Na verdade, o apelo do rito entre os muçulmanos é fato recente. Apenas 50 anos atrás, a peregrinação atraía apenas cerca de 10 mil pessoas. Neste ano, as embaixadas sauditas ao redor do mundo emitiram nada menos que 2 milhões de vistos. Mas o festival de fé está provocando muita dor de cabeça às autoridades do país. O governo da Arábia Saudita disponibilizou cerca de 100 mil agentes de segurança para manter a ordem durante os cinco dias de peregrinação. O sempre presente temor de atentados terroristas durante grandes concentrações de massa aumentou ainda mais depois dos ataques a Mumbai, na Índia, semana passada. As ações, que provocaram a morte de quase 200 pessoas, foram reivindicadas por extremistas islâmicos.

Os meios de comunicação locais informam que várias prisões foram feitas até agora, dentre elas a de dois egípcios que supostamente operavam uma empresa ilegal de turismo para o Haj. Diversas feiras surgiram em Meca para atender às necessidades dos peregrinos, mas as autoridades as consideram ilegais. Ainda assim, apesar das notícias de batidas policiais, os negócios continuam de vento em popa. Ambulâncias e centros médicos também estão a postos para lidar com emergências. Em anos anteriores, já ocorreram diversos tumultos que deixaram centenas de mortos e feridos.

via Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

(Com agências internacionais)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A Bíblia para os povos indígenas - Um depoimento

“Obrigado Deus. O Senhor Jesus preparou cada um de nós, principalmente, nossos índios, o meu irmão índio Guarani, Kaingang, ... e demais irmãos índios que estão presentes. Ele nos preparou para que tenhamos a Palavra dele na nossa língua. Quando eu leio a Palavra de Deus na nossa língua eu entendo melhor. Creio também que cada um de nós, como o Guarani, e os demais que leiam essa Palavra no seu idioma puro, entendem melhor essa Palavra de Deus. Então eu agradeço a Deus por causa disso. Deus nos deu uma grande oportunidade. E também preparou muitas pessoas para trazer essa mensagem para cada um de nós."

Salvador Sanches, líder do povo Kaiowá - localizado no Mato Grosso do Sul, Brasil - durante o lançamento da Bíblia completa em Guarani-Mbya, em Rio das Cobras, Município de Nova Laranjeira - PR.

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil - http://www.sbb.org.br/

Curso de Tradução Bíblica

Quando penso em tradução da Bíblia, lembro-me de Irene Benson. Conheci essa missionária em visita a tribo de Mapuera no Pará em 1996. A tradução da Bíblia para os índios Waiwai começou em 1955 e terminou 46 anos depois, em 2001. Na ocasião faltavam ainda 5 anos para a conclusão do trabalho de tradução, mas os olhos dessa irmã brilhavam ao falar desse tempo traduzindo a Bíblia para esse povo. Estava claro que não importava o tempo investido, mas a relevância da obra concluída. Os Waiwai são um povo que, além do Pará, habitam também a Guiana e Suriname e estão entre os quatro grupos indígenas que possuem a Bíblia completa em sua própria língua. Há um grande desafio pela frente, pois temos 257 tribos indígenas no Brasil.
Por isso é motivo de grande alegria compartilhar essa importante notícia para a Igreja brasileira. Agora é possível fazer um curso de tradução bíblica com certificado de uma universidade. O curso de Introdução aos Estudos de Tradução Bíblica I será oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus São Paulo. É resultado de parceria entre o Mackenzie e APMT - Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, SIL – Sociedade Internacional de Linguística e ALÉM – Associação Linguística Evangélica Missionária.
O objetivo do curso é fornecer noções fundamentais de teoria e descrição linguística para a formação de profissionais capacitados a trabalhar em contexto intercultural. Destina-se preferencialmente a graduados e graduandos em letras, letras/tradutor, teologia, pedagogia, ciências sociais e interessados com ensino médio completo. O início do curso será em março de 2009 e tem a duração de 60 horas. As aulas serão de segunda a sexta-feira das 14h00 as 18h00. São apenas 40 vagas.

Siga o exemplo de Irene e inscreva-se pelo site: http://www.mackenzie.br/introducao_estudos_biblicos.html
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via
Portal Evangeliza Brasil

sábado, 6 de dezembro de 2008

Os desafios do Haiti segundo um líder haitiano

Em visita ao Brasil para aproximar relações entre batistas haitianos e brasileiros, o Pr. Jonathan Joseph, presidente da Associação de Pastores da Missão Batista para as Américas (Convenção Batista do Haiti),
esteve, em setembro, na Sede de Missões Mundiais. Ele falou sobre a realidade social e espiritual do seu país e dos esforços para evangelizar a nação. Ele desafiou os batistas brasileiros a somarem forças com os irmãos haitianos para juntos ganharem aquela pátria para Cristo.

O pastor haitiano trouxe várias informações e imagens sobre o seu país. Segundo ele, o atendimento às necessidades físicas das pessoas foi a grande estratégia usada pelos crentes para vencer as barreiras e evangelizar. Como nosso país foi amplamente explorado pelos colonizadores, sendo inclusive rota de navios negreiros, a mentalidade do haitiano é de temor, fraqueza, submissão, desconfiança. Una-se a esse fator histórico a questão da filosofia da religião vodu, amplamente difundida no Haiti, que de acordo
com o Pr. Jonathan “aprisiona as pessoas pelo medo dos espíritos”.

A missão é quebrar essa mentalidade derrotista e transformar o entendimento do povo através do amor e do evangelho de Cristo. Portanto, para se chegar junto ao povo com a mensagem do Evangelho é preciso, primeiro, levar assistência social, pois do contrário há rejeição, não por ser a mensagem de Deus, mas simplesmente por medo e desconfiança. “Agindo dessa maneira estratégica o amor de Cristo é refletido
através de nós e muitas vidas têm sido salvas”, analisa o Pr. Jonathan.

Para ele, os projetos e programas que os batistas brasileiros possuem, através da JMM, apresentam-se como grandes possibilidades para ampliar o alcance das ações evangelísticas no Haiti. “Onde visualizamos uma grande porta aberta é através do futebol brasileiro. O haitiano provavelmente ama
mais a Seleção Brasileira que os próprios brasileiros! E o Programa Esportivo Missionário (PEM) é uma excelente oportunidade para alcançarmos ainda mais pessoas para Jesus no meu país. Mas não
somente o trabalho com futebol e outros esportes, mas projetos de assistência social, educacional e teológico são importantes, pois carecemos de mais apoio na área de treinamento de liderança”, finaliza o pastor haitiano.

FONTE: Junta de Missões Mundiais da Conv. Batista Brasileira - http://www.jmm.org.br/

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A África e seus climas


Na África há predominantemente climas quentes. Na região centro-oeste, na região do Congo, o clima é do tipo equatorial bastante parecido com o da Amazônia. Ou seja, bastante quente e chuvoso. Já na região central até mais ou menos o tropico de capricórnio encontra-se o tipo climático tropical com chuvas definidas em estações e clima quente.

Na região norte da África encontra-se o grande Saara, que tem logicamente um clima desértico e quente, porém durante o inverno, a temperatura pode ter uma grande queda durante a noite chegando a valores de até 0°C, no entanto durante a tarde ela continua bem alta e no verão são registradas temperaturas acima de 45°C. Na parte oeste da Namíbia e Angola há o deserto de Kalahari onde as temperaturas são mais amenas em função de uma corrente marítima fria que passa na costa desta região e o tempo bastante seco, porém menos que no Saara.

No sul do continente, especialmente nos planaltos onde a altitude é superior a 1000 metros há uma faixa de clima subtropical onde as temperaturas são mais constantes sem extremos de calor ou frio. Na África do Sul, existem algumas regiões com altitudes elevadas e montanhas onde no inverno pode-se correr neve com certa freqüência.

Na Cadeia do Atlas, no Marrocos, no inverno as temperaturas podem abaixar bastante podendo ocorrer fortes quedas de neve, onde nos picos durante boa parte do ano eles ficam cobertos pela neve.

Cidade888888888888888 Inverno 88888 88888Verão
Cairo EGT 8888888888888813°C 888888888888888 28°C
Johannesburgo RAS 888888812°C88888888888888C 20°C
Lagos NIG 8888888888888826°C888888888888888 27°C
Casablanca MAR 88888888812°C8888888888888888 24°C
Luanda ANG888888888888 23°C 888888888888888827°C


FONTE: Missão Para o Interior da África - http://www.miaf.org.br/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alfabeto Devanágari - o mais usado na Índia

O devanágari (देवनागरी, devanāgarī, de deva "divindade" e nagari "urbana": "[escrita] urbana dos deuses") é um abugida (escrita alfabeto-silábica) da família brâmica, do sul da Ásia, usada desde o século XII. Muitas línguas da Índia, como o híndi, o sânscrito, o marata, o caxemira, o sindi, o biari, o bhili, o concani, o bhojpuri e o nepalês, usam o devanágari. É escrito e lido da esquerda para a direita.

Princípios

Como as demais escritas alfa-silábicas, o devanágari tem por princípio fundamental o fato de que cada caractere consonantal básico leva consigo uma vogal a [ə] que lhe é inerente. Em outras palavras, um símbolo consonantal sem nenhum outro tipo de marcação representa, ao mesmo tempo, a consoante e a sua vogal inerente a. Por exemplo, क ka, कन kana, कनय kanaya, etc. Outras características:

  • as vogais pós-consonantais que não sejam o a inerente são notadas por meio de diacríticos aplicados ao símbolo consonantal; por exemplo, क ka → के ke, कु ku, की , का .
  • as vogais não-pré-consonantais (ou seja, iniciais ou pós-vocálicas) são notadas por meio de caracteres próprios. Compare: ū é ू em कू , mas ऊ em ऊक ūka e कऊ kaū.
  • o diacrítico ્, chamado virāma ou halanta, indica o cancelamento de uma vogal inerente; por exemplo, क्नय knaya → क्नय् knay.
  • o devanágari é escrito da esquerda para a direita, não possui casos e apresenta uma linha horizontal que corre acima dos caracteres, ligando-os.

Alfabeto devanágari

A transliteração que acompanha o alfabeto é a IAST. Imagem:Devanagari-vog.svg

Imagem:Devanagari-con1.svg Imagem:Devanagari-con2.svg

Imagem:Devanagari-esp.svg

Alguns sinais especiais são usados para indicar, por exemplo, que a palavra termina sem vogal: um traço sob a última letra, chamado halanta.

Sinais diacríticos são usados no fim da palavra, e consistem em um ponto acima ou dois ao final da letra (veja as duas últimas vogais, acima).

Numerais
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9

Transliteração

Há várias convenções de transliteração do devanagari para a escrita latina; ITRANS, IPA, Harvard-Kyoto (HK), IAST. A rigor, ITRANS e HK são transcrições, e não transliterações.

Harvard-Kyoto

A convenção para a Harvard-Kyoto é, respectivamente:

  • a A i I u U
  • R RR lR lRR
  • e ai o au M H
  • k kh g gh G
  • c ch j jh J
  • T Th D Dh N
  • t th d dh n
  • p ph b bh m
  • y r l v
  • z S s h

ITRANS

A convenção para ITRANS é, respectivamente:

  • a aa / A i ii / I u uu / U
  • RRi / R^i RRI / R^I LLi / L^i LLI / L^I
  • e ai o au aM aH
  • k kh g gh ~N
  • ch Ch j jh ~n
  • T Th D Dh N
  • t th d dh n
  • p ph b bh m
  • y r l v / w
  • sh Sh s h L
  • x / kSh GY / j~n / dny shr

R (para o meio-RA marata) L / ld (LLA marata) Y (bengali)

Para devanagari Urdu:

  • k com um ponto embaixo: q
  • kh com um ponto embaixo: K
  • g com um ponto embaixo: G
  • j com um ponto embaixo: z / J
  • p com um ponto embaixo: f
  • D com um ponto embaixo: .D
  • Dh com um ponto embaixo: .Dh

Especiais/acentos:

  • Anusvara: .n / M / .m (ponto sobre a vogal/consoante anterior)
  • Avagraha: .a (`S' como símbolo basicamente para repor a depois de o)
  • Ardhachandra: .c (para o som de vogal como em português "teto" ou "copo")
  • Chandra-Bindu: .N (chandra-bindu sobre a letra anterior)
  • Halant: .h (para obter a consoante sem vogal - virama)
  • Visarga: H (visarga - parece com dois pontos)
  • Om: OM, AUM (símbolo Om)

Tabelas de pronúncia

Vogal Transliteração ITRANS Pronúncia
a 'a' curto
aa 'a' longo como em arte
i 'i' curto
ii 'i' longo como em igreja
u 'u' curto
uu 'u' longo como em sul
RRi
RRI
LLi
LLI
e '
ai
o
au
aH visarga
halanta suprime a vogal inerente

Letra Pronúncia
N
'n' com a língua presa atrás/td>
t
'th' como no inglês thin, mas sem vogal
th
versão aspirada de 't'
d
'th' como no inglês the, mas sem vogal
dh
versão aspirada da anterior
L
'l' com a língua presa atrás


FONTE: Wikipédia

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

HINDUÍSMO: Saiba mais sobre a terceira maior religião do mundo

De todas as cinco maiores religiões do mundo em número de fiéis, o hinduísmo é a única crença com características politeístas - apesar dos fiéis acreditarem em um deus supremo.

Os deuses hindus se revelam em várias formas e gêneros. Os hinduístas reconhecem e adoram vários deuses, mas eles são parte de um deus supremo.

O culto, ou puja, envolve imagens ou murtis, orações ou mantras e diagramas do universo ou vantras.

Água, frutas, incensos e flores são oferecidos às divindades em cultos que podem ser feitos até três vezes ao dia.

Objetivos e deveres

A peregrinação é um aspecto importante do hinduísmo. É uma oportunidade de ver e ser visto pela divindade.

Os lugares preferidos para as peregrinações são os rios, mas templos, montanhas e outros locais sagrados também são adotados.

Há quatro grandes objetivos na vida do hinduísta:

Dharma (viver de maneira correta)

Artha (almejar ganhos materiais através de meios legais)

Kama (prazer dos sentidos)

Moshka (ser liberto da reencarnação)

O fiel tem ainda quatro deveres diários: reverenciar as divindades; respeitar os ancestrais; respeitar todos os seres; e honrar todos os seres humanos.


Hanuman, uma das encarnações de Shiva

Divindades hindus

“Deus” e o universo - Para os hinduístas, o universo inteiro é parte do divino, e tudo é parte de “Deus”. Desta maneira, “Deus” está presente em tudo.

Deus e a alma - Acredita-se que cada alma é individual e parte do divino, sendo assim parte de deus.

Deuses e formas

Os deuses Vishnu, Shiva e Brahma são diferentes formas e nomes de um mesmo deus. Segundo a crença, Vishnu, por exemplo, apareceu na Terra de várias formas.

Entre esses deuses, Krishna e Rama são especialmente venerados e reverenciados.


Menino vestido de Hanuman recebe pedido

A maioria dos ocidentais acredita que o hinduísmo seja uma religião politeísta, o que significa adorar vários deuses.

Mas os hinduístas acreditam somente em um deus supremo, chamado de Brahman, considerado um espírito supremo que permeia tudo.

Mas Brahman não é um ser no sentido do Deus dos cristãos. Brahman é inteiramente impessoal e impossível de ser descrito.

Tudo no universo é parte de Brahman (incluindo cada um dos seres humanos), mas ele representa muito mais que a soma de tudo que existe no universo.

Os deuses Brahma, Vishnu, e Shiva, por exemplo, são diferentes aspectos de Brahman.

Brahma é o deus que cria o universo, e Vishnu é o que preserva o universo.

Shiva é o deus que destrói o universo, pois, para os hinduístas, sem destruição não pode haver o recomeço. Ele é representado pelo deus da dança e combina elementos do bem e do mal em sua natureza.

Livros sagrados:

As coleções Vedas se baseiam em uma antiga tradição oral e são o texto mais antigo do hinduísmo, que revela a verdade da religião. Hindus acreditam que os Vedas vêm de deus.


Os vedas foram divididos em quatro partes:

Samhitas (1200-900 a.C), a mais antiga parte dos vedas composta de hinos para louvor a deus.
Brahmanas (100-650 a.C), rituais e orações para orientar os sacerdotes em seus ofícios.
Araniakas a respeito do louvor e meditação.
Upanishads (400-200 a.C) consiste de ensinamentos espirituais e filosóficos sobre o hinduísmo.

Bhagavad Gita (200 a.C)

Todos os hindus aceitam que os Vedas, um conjunto de versos sagrados ou hinos, escrito na língua sânscrita em cerca de 1.500 a.C, contêm as verdades da religião.


Krishna

Os Vedas teriam sempre existido, e a data mencionada seria apenas a época em que eles foram transcritos.
A maioria dos hindus não leu os Vedas.

Os hindus reverenciam o Bhagavad-Gita (ou 'canção do Senhor', que é parte do sexto livro de Mahabharata, o maior poema do mundo) escrita cerca de 200 a.C.

Esse livro revela, em forma de histórias, o caminho melhor para se comportar e pensar na vida. Entre os princípios estão:

- Deve-se viver de maneira correta a vida (ou casta) em que se nasceu.

- Deve-se ser devoto à forma de deus conhecida como Krishna

- Deve-se confiar em Krishna totalmente, acreditando em sua benevolência e agindo em devoção a ele.
A ação de um hindu deve ser escolhida pelos valores dessas ações, não pensando em nenhum benefício por elas.

As três maneiras de se liberar da reencarnação são: o caminho do conhecimento, o caminho de boas ações e o caminho da devoção.

Hare Krishna

Mais conhecido como Hare Krishna, a Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna é um movimento chamado de a face ocidental do hinduísmo.

Ele nasce com Chaitanya, um devoto do século 15 de Krishna que entoava canções devocionais a essa divindade.

Os ensinamentos de Chaitanya foram promovidos no século 20 por Bhaktisiddhanta Sarasvati, que teve uma visão de levar a mensagem de Chaitanya para o Ocidente pouco antes da morte de Srasvati, em 1936.

O seu trabalho foi levado adiante por Prabhupada, que dos Estados Unidos estabeleceu as bases ao redor do mundo para divulgar a mensagem.

FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

Breve publicaremos mais informações sobre Hinduísmo.

domingo, 16 de novembro de 2008

QUEM É ALÁ - O que os muçulmanos pensam sobre o Deus da Bíblia e dos cristãos


O que os muçulmanos pensam sobre o Deus da Bíblia e dos cristãos

Por Silas Tostes

Qual seria nossa reação ao ouvir um muçulmano afirmar que o Alá do Alcorão é o Deus da Bíblia? Apesar do pouco conhecimento que muitos possuem acerca do islamismo, não é difícil identificar as imensas diferenças que esta religião possui em relação ao cristianismo. Apesar deste abismo doutrinário que nos separa, esta é a crença islâmica: o Alá do Alcorão é o Deus da Bíblia! Nosso propósito, ao longo desta matéria, é demonstrar que isso é impossível, uma vez que o islamismo se opõe ao entendimento cristão de que há um único triúno Deus. Ressaltamos que não temos a intenção de denegrir o islamismo, mas somente expor seu entendimento sobre Deus. Ratificamos a necessidade desta abordagem em Defesa da Fé pelos seguintes fatores:

1. Há um avanço numérico islâmico. Tem sido noticiado pela imprensa que o islamismo possui muitos seguidores. Segundo Jaime Klintowitz, jornalista, o islamismo tem hoje 1,2 bilhões de adeptos.1 Isto representa um quinto da população mundial. O mesmo artigo informa que o islamismo governa cinqüenta países do mundo.2

2. Há um ardor missionário islâmico em ação e um ataque do islamismo contra as doutrinas cristãs. Sabemos que o islamismo esforça-se por difundir sua doutrina em todo o mundo livre. Isto é facilmente visto pelas mesquitas construídas e inúmeros livros escritos e publicados ao redor do mundo. Há nas últimas páginas do livro Islamismo Mandamentos Fundamentais, de Mohammad Ahmad Abou Fares, 25 fotos de mesquitas construídas no Brasil. Tem sido observado por nós que onde há uma mesquita há também um esforço de proselitização, o qual se dá por meio de distribuições de livros religiosos islâmicos e doações do Alcorão. Neste contexto, o islamismo se opõe às doutrinas cristãs por meio de regulares publicações.3

Uma precaução necessária

Para não criarmos problemas de comunicação, é importante esclarecer em que sentido usaremos a palavra Alá ou Alah, termo usado para Deus na língua árabe, tanto no Alcorão quanto na Bíblia. Se fôssemos ler em árabe o famoso versículo do evangelho de João: “Deus amou o mundo de tal maneira”, seria: “Alá amou o mundo de tal maneira” (Jo 3.16). Nosso problema não está no uso da palavra Alá, mas em entendermos se o Alá do Alcorão é o Alá da Bíblia.

Se faz necessário uma breve definição do que queremos dizer por Deus, como uma unidade absoluta no islamismo e como uma unidade composta no cristianismo. Sem isto, o entendimento do texto, para quem não está familiarizado com a doutrina da Trindade, ficará difícil. Por ora, basta afirmar que, segundo autores islâmicos e o Alcorão, Deus, no islamismo, é uma unidade absoluta, ou seja, há um único ser divino, em uma única essência divina. Por outro lado, Deus, no cristianismo, é uma unidade composta, ou seja, há só um Deus, mas três pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito Santo, em uma única essência divina. Neste caso, as Pessoas são inseparáveis e indivisíveis, por isso que há um único triúno Deus.

Passemos, então, à explanação de como o islamismo crê que Deus é.

Alá seria o mesmo Deus da Bíblia?

Se o Alá do Alcorão é o mesmo da Bíblia, ficamos, então, com o dilema de como pode um Deus triúno (unidade composta) ser o mesmo Deus que não é triúno (unidade absoluta). Os muçulmanos resolvem este problema negando a autenticidade da Bíblia e se apoiando nas instruções do Alcorão.

No verso 46 do Sura 29, lemos o seguinte: “E não disputeis com os adeptos do Livro4, senão da melhor forma [...] Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos” (grifo do autor).

Como podemos ver, não é incomum os muçulmanos pensarem que a Bíblia testifica do mesmo Deus que o Alcorão, pois este conceito fica claro nesse verso, por meio da expressão: Nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos.

Além disso, crêem que os personagens bíblicos Abraão, Ismael, Isaque, Jacó, Moisés, Jesus, entre outros, eram muçulmanos (Sura 2:136).

O professor Samir El Hayek, responsável pela versão do Alcorão em português, a qual é utilizada nesta matéria, expressa a mesma idéia: “Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos (destes, Abraão tinha aparentemente um livro — versículo 19 da 87ª Surata — e outros seguiam sua tradição), Moisés e Jesus, deixando cada um deles uma escritura... Não fazemos distinção entre qualquer um desses (profetas). Sua mensagem (no essencial) foi uma só (ou seja, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, Moisés e Jesus pregaram uma única mensagem, que era a islâmica), e isso constitui a base do Islam” (último parênteses do autor).5 Sendo assim, teriam pregado o conceito islâmico de Deus.

Outro destacado pensador islâmico, Mohamad Ahmad Abou Fares, ao mencionar um trecho do Alcorão (Sura 4:150-152), confirma esta mesma idéia: “Estes versículos e muitos outros contidos no Alcorão nos ensinam a grande religião: a religião de Deus é uma só... desde de o início da criação até hoje... e até o fim!”6 (grifo do autor). A idéia que Fares procura provar é a de que cristãos e muçulmanos servem o mesmo Deus, e isto desde o princípio.

Ahmed Deedat, outra autoridade islâmica, também tenta provar que o Alcorão está certo quanto ao seu Alá ser o mesmo Deus da Bíblia. Faz isso citando uma nota de rodapé da Bíblia The New Scofield Reference Bible. Publicou a primeira página da The New Scofield Reference Bible, na qual se encontra a nota de rodapé nº 1, que diz: “Eloim (às vezes El ou Elah), na forma inglesa Deus (God), o primeiro dos três nomes primários da divindade, é um substantivo uniplural formado por El =forte e Alah = jurar, se obrigar por voto, implicando em fidelidade. Esta unipluralidade implícita no nome é diretamente afirmada em Gênesis 1.26 (pluralidade), e no verso 27 (unidade). Veja também Gênesis 3.22. Assim, a Trindade é latente em Eloim”.7

Deedat usa essa nota de rodapé como um argumento para sustentar o que se encontra em diversos textos do Alcorão (Suras 2:136, 138-140; 4:150-152; 29:46), ou seja, cristãos e muçulmanos adoram o mesmo Deus. Faz isso porque a palavra Alah foi mencionada na nota. Reconhecemos que a nota da Bíblia The New Scofield Reference Bible faz bem ao mencionar a palavra Alah, pois Elohim é o plural de Eloah, do verbo alá em hebraico, que significa ser adorado, ser excelente, temido e reverenciado. No entanto, destacamos que se Eloim, plural de Eloah, que vem do verbo alá, é uma evidência de que cristãos e muçulmanos servem ao mesmo Deus, segundo Deedat, então o Deus alcorânico deveria ser uma unidade composta, como indica a palavra Eloim, plural de Eloah, e como explicou Scofield em sua nota de rodapé: “El =forte e Alah = jurar, se obrigar por voto, implicando em fidelidade. Esta unipluralidade implícita no nome é diretamente afirmada em Gênesis 1.26 (pluralidade), e no verso 27 (unidade). Veja também Gênesis 3.22. Assim, a Trindade é latente em Eloim.” Contudo, ele usa de seletividade para com a citação e ignora o fato de que a nota claramente ensina que o Deus verdadeiro é uma unidade composta, o que, por sinal, é bem antiislâmico.

Diante da enfática exposição desses testemunhos que concordam que o Alá do Alcorão é o Deus da Bíblia, e considerando muitos outros que foram aqui omitidos, ratificamos a necessidade de conhecermos qual é o entendimento islâmico sobre Deus, e como, neste contexto, os muçulmanos negam as doutrinas basilares da fé cristã. Entretanto, antes de fazê-lo, é importante entender o que levou Maomé a pregar o monoteísmo absoluto islâmico, rechaçando a doutrina da Trindade. Para tanto, precisamos saber o que significa shirk, conhecimento que nos dará base para entendermos o contexto no qual surgiu a crença islâmica de Deus. Passemos a defini-lo.

Como shirk é definido

Shirk é atribuir associado ou parceiro a Alá, ou seja, considerar algo ou alguém que não tem natureza divina como Deus e adorá-lo como tal. Este é o único pecado no islamismo que não tem perdão: “o homem se tornou culpado de shirk, adorador de ídolos”.8 Em outras palavras, adoração a ídolos (politeísmo) é shirk, pois é o mesmo que associar ou atribuir um parceiro a Alá, considerando-o Deus, quando esse não o é.

No Alcorão está claro que shirk é imperdoável, conforme vemos autenticado: “Deus jamais perdoará a quem lhe atribuir parceiros (associados); porém, fora disso, perdoa a quem lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus comete um pecado ignominioso” (Sura 4:48; grifo do autor). Tal como este, outros textos participam da mesma concepção (Sura 4:116; 5:172).

John Gilchrist, pesquisador do islamismo, entende que a maior barreira entre os cristãos e os muçulmanos é o fato de que para o islamismo os cristãos cometem shirk ao adorarem Jesus, pois no entendimento islâmico, Jesus é apenas um profeta, e não Deus encarnado. Neste caso, isto seria associar alguém, uma criatura de Alá, a Alá, adorando-o como Deus, quando essa criatura ou alguém não seria Deus.

Gilchrist explica que a raiz da palavra parceiro é a mesma da palavra shirk, a saber yushraku.9 Segundo ele, os cristãos cometem shirk numa perspectiva islâmica, pois o Alcorão condena o entendimento cristão de que Jesus é o Filho de Deus (Sura 10:68). Os muçulmanos pensam que os cristãos associaram ou atribuíram Jesus a Alá, quando aquele (Jesus) era um mero mensageiro deste (Alá). Na verdade, sabemos que Jesus é eterno e nunca foi associado a Alá. Deus é triúno de eternidade a eternidade.

Os árabes pré-islâmicos eram idólatras

Os árabes pré-islâmicos criam que Alá tinha filhos e filhas. Estes eram deuses e deusas, ou gênios e gênias, que descendiam de Alá. Como seus descendentes possuíam natureza divina, por isso eram adorados como divindades por eles. Contudo, numa perspectiva islâmica, isto era o mesmo que associar ou atribuir parceiros a Alá. Temos suficiente informação no Alcorão sobre os árabes pré-islâmicos nesses termos, ou seja, eram idólatras e cometiam shirk.

No Sura 53:19-23, temos a menção de três deusas adoradas no período pré-islâmico: Al- Lát, Al-Uzza e Manata. Pensavam que estas eram filhas de Alá: “Considerai Al-Lát e Al-Uzza. E a outra, a terceira deusa, Manata. Porventura, pertence-vos o sexo masculino e a Ele o feminino? Tal, então, seria uma partilha injusta. Tais (divindades) não são mais do que nomes, com que as denominastes, vós e vossos antepassados [...] Não seguem senão as suas próprias conjecturas e as luxúrias das suas almas, não obstante ter-lhes chegado a orientação do seu Senhor!” (Maomé teria, então, trazido a orientação do seu Senhor contra o entendimento errado da idolatria); parênteses do autor.

O entendimento islâmico presume que Deus não tem nenhum Filho, porque Alá não faz sexo. Veja o Sura 6:100-102: “Mesmo assim atribuem como parceiros a Deus, os gênios, embora fosse Ele quem os criasse; e, nesciamente, inventarem-lhe filhos e filhas [...] Originador dos céus e da terra! Como poderia ter prole, quando nunca teve uma esposa, e foi Ele quem criou tudo o que existe, e é Onisciente? Tal é o vosso Deus, vosso Senhor! Não há mais divindade além dele, Criador de tudo! Adorai-o, pois, porque é o guardião de todas as coisas” (grifo do autor).

Na prática, segundo esse texto, os seres (gênios) seriam deuses parceiros de Alá, aos quais os pré-islamicos atribuíram como parceiros a Deus, por serem seus descendentes e, por isso, foram condenados por Maomé como idólatras.

Como, então, o entendimento pré-islâmico pensava em Deus como alguém que tinha filhos e filhas conforme Maomé anunciava o monoteísmo, esses islâmicos achavam que ele (Maomé) tivesse sugerindo que todos os deuses formassem um só, como se fosse possível somá-los em um (Sura 38:5). Contudo, Maomé anunciava-lhes que havia somente um Deus e, neste sentido, o islamismo é semelhante ao cristianismo, pois prega a existência de um único Deus e condena a idolatria, mas, apesar dessa semelhança, Maomé ensinou que Deus não é triúno e, por isso, existe uma grande tensão entre o islamismo e o cristianismo. Munidos desse contexto, passemos agora a considerar alguns fatores que evidenciam que o Alá do Alcorão não é o Deus da Bíblia.

O Alá do Alcorão não teve filho

Começamos pelo Sura 112: “Dize: Ele é Deus, o Único. Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!”. Hayek diz o seguinte sobre esta passagem alcorânica: “A natureza de Deus é nos aqui, indicada em poucas palavras, de maneira que possamos entender [...] Ele é Uno e Único, o Uno e Único, a quem devemos adorar; todas as outras coisas ou entidades em que ou em quem pudermos pensar são as suas criaturas, de maneira nenhuma comparáveis a Ele [...] Ainda mais, não devemos pensar que Ele teve um filho ou um pai, porquanto isso seria querer imputar-lhe qualidades materiais, ao formarmos um juízo dele”.10

Ainda nesse contexto, o Sura 19:35 diz o seguinte: “É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é”. Hayek, ao comentar este verso, mais uma vez explica que Deus não pode ter um filho, porque não faz sexo: “Gerar um filho é um ato fisiológico que depende das necessidades da natureza animal do homem. Deus, o Altíssimo, é independente de todas as necessidades, e é derrogatório atribuir-lhe tal ato”.11

Percebemos que esse entendimento é fruto do desconhecimento da doutrina cristã. Perguntamos: quem afirmou que Jesus é Filho de Deus em termos carnais? É abominação e blasfêmia também para os cristãos imaginar que Jesus é Filho de Deus nessa condição. Não deveria haver tal barreira entre o cristianismo e o islamismo, pois este não é o ensino cristão sobre a filiação de Jesus. De fato, os cristãos não ensinam que Deus precisa fazer sexo para ter um filho, assim como não precisa de mãos para segurar, de pés para andar ou de pulmão para respirar e viver.

Mas como, então, os muçulmanos enfrentam as afirmações bíblicas que legitimam a filiação de Jesus? Ahmed Deedat alista algumas passagens, tais como Gênesis 6.2,4 (os filhos de Deus casaram-se com as filhas dos homens), Êxodo 4.22 (Israel é filho de Deus), Salmo 2.7 (Davi como filho de Deus) e Romanos 8.14 (os filhos de Deus são guiados pelo Espírito Santo), por meio das quais afirma que Jesus era Filho de Deus de uma maneira metafórica, como Israel, Davi e outros na Bíblia.12 Assamad interpreta as mesmas passagens concluindo que Jesus era Filho de Deus no sentido que era próximo de Deus pelo amor, assim como qualquer homem pode ser filho de Deus.13

Como podemos ver, as duas argumentações só provam que há mais de um uso para a expressão filho de Deus na Bíblia sem considerarem as passagens que definem Jesus como Filho de forma especial e única, nas quais Jesus é revelado como tendo a mesma natureza do Pai, assim como igualdade. Logo se percebe que tanto Assamad como Deedat não compreendem os vários significados bíblicos da expressão Filho Deus.

A idéia de que Jesus era um mero homem, um mensageiro (profeta), um ser criado, não divino, também é vista na citação, por parte de Ahmed Deedat, dos Suras 3:47 e 3:59. Fez isso para embasar sua opinião, como muçulmano, de que Jesus fora criado: “Este é o conceito islâmico do nascimento de Jesus. Pois para Deus criar um Jesus, sem um pai, basta simplesmente desejar. Se ele quiser criar um milhão de Jesus, sem pais, basta Alá desejar”.14

Deedat parece estar convencido de que Jesus não é Deus, pois entende que Ele nunca se declarou como tal. Procura provar sua opinião citando João 10.23-36 para explicar que Jesus é um com o Pai (v. 30), mas, segundo seu entendimento, somente em propósito. Jesus não seria Filho de Deus de uma maneira especial, como se fosse Deus, ou tivesse reivindicado sê-lo.15 No entanto, Deedat cai em contradição quando reconhece que o entendimento dos cristãos e dos judeus, quanto ao episódio da passagem, é claro. Ou seja, Jesus reivindicou ser Deus ao dizer que era um com o Pai, com a diferença de que os judeus não aceitaram isto, mas os cristãos, sim: “Os cristãos concordam com os judeus, Jesus realmente fez tal reivindicação (ser Deus); mas diferem nisto, não era blasfêmia para os cristãos, porque crêem que Ele é Deus”.16 A contradição de Deedat demonstra que no fundo ele sabe que Jesus realmente se declarou Deus! Ora, se Jesus nunca se declarou Deus, como judeus e cristãos entenderam isso? Como vieram a discordar desse ponto, se não houve reivindicação por parte de Jesus?

Assamad igualmente parece convencido de que Jesus não é Deus, pois Ele orava a Deus Pai e, nesse sentido, era como qualquer outro homem, como qualquer criatura de Deus, por isso conclui que Jesus não podia ser Deus encarnado: “Ele falava de Deus como meu Pai e vosso Pai, e meu Deus e vosso Deus (Jo 22.17). Essas palavras de Jesus relatadas na Bíblia demonstram que Jesus tinha a mesma relação com Deus que qualquer outro homem. Ele era uma criatura de Deus [...] Em sua agonia na cruz, Jesus exclamou: ‘Eloi, Eloi, lamma sabachthani?’. Que quer dizer: ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ (Mc 15.34)”.

Segundo Assamad, jamais tais palavras, proferidas na cruz por Jesus, poderiam ser pronunciadas por Deus, por isso diz: “O que temos aí é o grito de um homem indefeso e agonizante dirigido ao seu Criador e Senhor”.17 Cita então diversas passagens bíblicas em que Jesus orava, concluindo que Ele não podia ser Deus e que nada sabia sobre a Trindade pelo fato de ter sido sua prática a oração (Mc 1.35; Lc 5.16; Jo 17.3).

O aparente problema apontado por Assamad, por meio do qual tenta provar que Jesus não era divino, pois orava a Deus Pai, de fato não o é, pois havendo três pessoas na Divindade, uma fala com a outra, não só durante a encarnação, mas também antes e depois da mesma. Na realidade, podemos verificar grande semelhança entre o seu argumento e os das testemunhas-de-jeová, as quais, tal como Assamad, procuram intensificar a questão atacando a divindade de Jesus à luz das limitações decorrentes de sua encarnação.

Declaram que Jesus, pelo fato de ter sido homem, não podia ser Deus encarnado. É Claro que um ser humano se alimenta e passa por todas as vicissitudes decorrentes de sua natureza. Como homem, Jesus era tão humano como qualquer outro ser humano. Todavia, isso não consiste em prova de que não podia ser uma das pessoas da Divindade que se encarnou. Fez isso por um certo tempo, para que, assim, se cumprisse toda a Escritura e pudesse haver salvação para o homem. Não obstante, possuía natureza divina, mesmo que, voluntariamente, tivesse se limitado na manifestação de seus atributos divinos. Não há, no genuíno entendimento cristão, conflito no fato de Jesus, sendo Deus, ter-se tornado homem, mesmo que para isso tivesse se limitado, por um certo tempo, na manifestação plena dos atributos divinos.

O Alá do Alcorão não é triúno

Uma vez que Alá no Alcorão é uma unidade absoluta, é de se esperar que a doutrina da Trindade fosse claramente condenada no Alcorão. Há passagens no Alcorão que claramente se opõem à Trindade.

Hayek, ao comentar o Sura 2:135 (“Disseram: Sede judeus ou cristãos, que estareis bem iluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras”), disse o seguinte sobre a Trindade: “Os judeus, embora orientados quanto à Unicidade, procuraram falsos deuses, e os cristãos inventaram a Trindade ou a copiaram da idolatria”.18 Podemos ver, pelo comentário de Hayek, que o islamismo condena a Trindade, pensando ser ela o mesmo que idolatria. Percebemos que os posicionamentos islâmicos são profundamente antagônicos ao cristianismo.

Vejamos o que diz o Sura 5:73: “São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o um da Trindade! Porquanto não existe divindade além do Deus Único...” (grifo do autor). Veja também o Sura 4:171. Ressaltamos, porém, que os cristãos não crêem que Deus seja o um de uma Trindade, como se duas outras Pessoas tivessem sido associadas a Deus, mas ao contrário, crêem que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um e somente um Deus, pois há somente uma essência divina; cada uma das Pessoas é Deus e possui a totalidade da essência divina; as Pessoas são eternamente inseparáveis e eternamente unidas nessa única essência divina; cada uma das Pessoas possui a mesma dignidade das outras duas, e, portanto, conseqüentemente cada uma das Pessoas são idênticas em essência, vontade, propósito, poder, eternidade e nos demais atributos. Sendo assim, a Surata 5:73 não faz referência ao entendimento bíblico e cristão de Deus.

Além desse erro de interpretação da Trindade por parte dos muçulmanos, existe a possibilidade de Maomé ter confundido o ensino cristão da Trindade com o triteísmo do Pai, Maria e Jesus. Se isto ocorreu, há a possibilidade de Maomé ter condenado a Trindade por causa de um entendimento errôneo, pois até mesmo os cristãos condenariam veementemente a Trindade nesses termos. Como teria ocorrido isso? Há dois versos que indicam que Maomé pensava que Maria também tinha natureza divina.

Citamos aqui o Sura 5:116, no qual se lê que: “E recorda-te de que quando Deus disse: Ó Jesus, filho de Maria! Fosse tu quem disseste aos homens: Tomai a mim e minha mãe por duas divindades, em vez de Deus?” (grifo do autor). Veja também o Sura 5:75. Aqui, constatamos, havia a crença ou o entendimento de que os cristãos adoravam Jesus e Maria como pessoas da Trindade.

Há duas possibilidades de como Maomé se convenceu de que a crença da divindade de Maria era aceita por cristãos. Talvez obteve este conhecimento por meio de uma obscura seita cristã chamada Collyridians, cujos adeptos adoravam Maria e lhe ofereciam um bolo em devoção chamado Collyris.19 Ou simplesmente o obteve por meio do que pensou ser verdade, segundo as aparências, pois alguns cristãos veneravam Maria em suas expressões populares de fé de tal maneira que poderia ter-lhes parecido que a divindade de Maria era uma doutrina cristã, o que é contrário ao ensino bíblico sobre ela.20

De qualquer maneira, o entendimento islâmico inicial quanto à Trindade, segundo antigos comentaristas islâmicos, supunha que essa fosse composta de Deus, Maria e Jesus: “Estes versos (Sura 5:75 e 5:116) são explicados pelo comentarista Jalalu’din e Yahya como sendo a resposta de Maomé à declaração que ouviu de certos cristãos de que há três deuses, a saber: o Pai, Maria e Jesus (Tisdall, The Original sources of the Qur’an)”.21 Outro grande comentador, Zamakhshari, também concorda que o Alcorão ensina a suposta crença cristã de que Deus, Cristo e Maria são três deuses, e que Cristo é o filho de Deus por Maria.

Assim, segundo Jalalu’din, Yahya e Zamakhshari, era isso que Maomé condenava, e não a doutrina como a conhecemos. O fato de Deus ser uma unidade composta não faz dele três deuses.22 Se pudéssemos remover esses mal-entendidos, então o islamismo veria que o cristianismo também prega o monoteísmo. Agora, passaremos a expor, brevemente, essas discordâncias doutrinárias.

Equívocos islâmicos na interpretação da Bíblia

1. Imaginar que a Trindade foi retirada da idolatria ou inventada pelo homem. De fato, a doutrina da Trindade é revelada implicitamente no Velho Testamento e explicitamente no Novo Testamento. A Bíblia e os cristãos que a seguem se opõem à idolatria, totalmente. As evidências bíblicas das Escrituras quanto à divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo são tantas que não podemos dizer que a doutrina da Trindade foi inventada pelos homens, ou copiada da idolatria. Temos também as evidências de que Deus é uma unidade composta nas Escrituras. Como, então, a doutrina teria sido retirada da idolatria ou inventada pelo homem? Será que isso não é uma tentativa para justificar o Alcorão? Aparentemente sim.

2. Imaginar que Jesus foi associado a Alá. Não é verdade que os cristãos crêem em Deus como o um de uma Trindade. Não é assim que a Bíblia revela Deus. Ele é sim uma unidade trina, composta de três Pessoas, que é eterna. Jesus, por isso, nunca foi associado a Deus. Ele é eternamente Deus. Nunca, no entanto, houve um momento em que Jesus deixasse de ser Deus para depois passar a ser associado a Deus. Os cristãos nunca cometeram shirk. Jesus é eternamente Deus.

3. Atacar a divindade de Jesus, tendo como base sua encarnação. Se a Bíblia revela que o Messias seria Deus em carne, quem somos nós para negar isto? Quem somos nós para limitar Deus naquilo que Ele quer e pode fazer? Certamente que para o Deus do impossível é possível voluntariamente se limitar em um corpo humano, se assim o desejar. A encarnação de Jesus não prova que Jesus não é Deus, e não nos dá base para rejeitarmos a Trindade. Ela simplesmente mostra que Deus, voluntariamente, se limitou em um corpo humano para morrer pelo homem que se havia perdido. Contudo, após sua exaltação, não possui limitações de um corpo humano. Somente assim Jesus poderia dizer que estaria onde dois ou três estivessem reunidos em seu nome. Ele está agora no pleno exercício da manifestação de seus atributos.

4. Ignorar todos os sentidos da expressão Filho de Deus na Bíblia. Por causa disso crêem que Jesus não é o Filho de Deus, pois Deus não faz sexo. Não é isso que os cristãos ensinam. Sabemos que a expressão Filho de Deus tem um sentido natalício, messiânico, assim como retrata um relacionamento filial entre Jesus e o Pai. Todavia, um de seus sentidos evidencia que Jesus se autodeclarava Deus, quando aplica a expressão para si, reivindicando igualdade e unidade com o Pai (Jo. 5:18-28; 8:28, cf. Jo 8.24,52-58). Há muitas passagens para fundamentarmos esse ponto em termos bíblicos. Certamente que nunca foi ensinado pelo cristianismo que Deus fez sexo com Maria, querendo, com isso, justificar o uso da expressão Filho de Deus. De onde será que o islamismo tirou tal idéia? Por que ainda a propaga? Certamente que esse não é o ensino cristão a respeito da expressão Filho de Deus.

5. Confundir a doutrina da Trindade com o triteísmo do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Afirmam que a doutrina da Trindade divide a deidade em três Pessoas divinas, separadas e distintas — Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. Isso seria triteísmo: três Pessoas distintas e separadas em três essências. Nós, cristãos, porém, não cremos assim, antes, que Jesus ensinou a unidade das Pessoas em uma única essência divina, ou seja, em uma unidade trina. De tal maneira que as pessoas são inseparáveis, mesmo internamente, na única natureza divina existente. Veja os seguintes textos bíblicos para a divindade de Jesus e sua unidade com o Pai em uma mesma essência: João 1.1,14,18; 5.18-28; 8.24,28,52-58; 10.30-38; 14.7-11. Como disse Jesus: se não pudessem crer no que Ele dizia, que cressem por causa das obras que Ele realizava: João 10.30-38; 14.11, entre suas realizações, sua ressurreição: João 2.18-22; 8.28, por meio da qual ficaria evidente que Ele era (e ainda é) auto-existente, eterno, com poder sobre a morte e, de fato, podia oferecer vida eterna ao que nele cresse: João 8.51.

6. Imaginar que a Trindade pudesse ser composta do Pai, de Maria e do Espírito Santo. Nunca passou pela cabeça de nenhum erudito cristão essa possibilidade. A doutrina da Trindade é baseada nas Escrituras, e estas não ensinam a Trindade dessa maneira. Vemos pelas Escrituras que Maria foi uma mulher escolhida por Deus, mas, como todas as criaturas, era apenas um ser humano.

O Alá do Alcorão não é o Deus da Bíblia!

À luz da revelação bíblica e alcorânica, afirmamos que:

Alá não é o mesmo Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia é triúno, o do Alcorão não. Alá se define como uma unidade absoluta, mas o Deus da Bíblia como uma trina unidade composta. Alá não possui um filho, o Deus da Bíblia sim. Alá ataca, por meio do Alcorão, a doutrina cristã de Deus e a Divindade e a Filiação de Jesus, porém, estas foram reveladas, ao longo da história, por Deus nas Escrituras Sagradas, a Bíblia, por meio de suas muitas evidências.

Respeitamos as convicções islâmicas num contexto de liberdade religiosa, mas lamentamos que sua doutrina de Deus, tal como se apresenta no Alcorão, ataca a cristã. Percebemos que os muçulmanos não assimilaram, como convém, a doutrina bíblica de Deus. Atacam-na, mas não a compreendem. Não conseguem perceber que Deus se revelou ao homem como triúno. É lamentável que imaginem que Deus só pode ter um filho se fizer sexo. Não é nesse sentido que Jesus é Filho de Deus, como já afirmamos.

Costumo dizer que podemos passar uma eternidade discutindo doutrina, provavelmente não chegaremos a nenhum lugar. Contudo, nosso desejo é que os muçulmanos possam ter um encontro vivo e real com Jesus. Isto é possível, pois Ele ressuscitou, venceu a morte, portanto, pode se manifestar a todo aquele que crê. Só Ele pode perdoar pecados e salvar, pois para isto morreu pelo homem. Contudo, o homem, criado por Deus, precisa crer e clamar, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Não é preciso palavras quando há um encontro com o Jesus ressurreto, pois Ele ainda tem o mesmo poder transformador manifesto durante sua encarnação terrena.

Fazer um texto abordando as diferenças doutrinárias entre os cristãos e os muçulmanos não significa que não amamos os seguidores do Islã. Ao contrário. Nós os amamos e sabemos que o Senhor é poderoso para se revelar a eles.

Oremos pelos muçulmanos, e não nos deixemos levar pelos nossos preconceitos.

Notas:
*
1 Klintowitz, J. Islã: a derrota do fanatismo, revista Veja, São Paulo: Editora Abril, 1º de março de 2000, p. 46.
2 Ibid., p. 46.
3 Dr. Maurice Bucaille, A Bíblia, o Alcorão e a ciência. Abul Hassam Annaduy, O Islam e o mundo. Ulfat Aziz Assamada, Islam e cristianismo. Mohamad Ahmad Abou Fares, Islamismo Mandamentos Fundamentais.
4 Nesse momento, vale a pena esclarecer o que significa adeptos do Livro, pois esta expressão aparece com certa freqüência no Alcorão. Esta se refere a judeus e cristãos, como explica Ahmed Deedat: “Adeptos do Livro é um título muito respeitável pelo qual judeus e cristãos são tratados no Santo Alcorão. Em outras palavras, Alá está dizendo – “Ó pessoas instruídas!” “Pessoas com uma Escritura”, (Deedat, A. Christ in Islam. RSA, Islamic Propagation Centre, 1983, p. 32).
5 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM Editora Jornalística, 1994, p. 21.
6 Fares, M. A. Islamismo Mandamentos Fundamentais. Brasil, Editora Gráfica e Editora Monte Santo, p. 152.
7 Deedat, A. What Is His Name. RSA, Islamic Propagation Centre International, 1997, p. 28.
8 Maududi, A. A. Para Compreender o Islamismo. Brasil, Centro de Divulgação do Islã Para América Latina, 1989, p. 96.
9 Gilchrist, J. The Christian Witness To The Muslim. RSA, Roodepoort Mission Press, 1988, p. 326-327.
10 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM Editora Jornalística, 1994, p.757.
11 Ibid., p. 351.
12 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p. 28-29.
13 Assamad, U. A. O Islam e o Cristianismo. Brasil, Editora Makka, 1991, p. 44-45.
14 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p. 24-25.
15 Deedat, A. Christ in Islam, RSA, Islamic Propagation Centre International, 1983, p. 37.
16 Ibid., p. 38.
17 Assamad, U. A. O Islam e o Cristianismo. Brasil, Editora Makka, 1991, p 39.
18 Hayek, S. El. O Significado dos Versículos do Alcorão Sagrado. Brasil, MarsaM Editora Jornalística, 1994, p.20.
19 Gilchrist, J. The Christian Witness To The Muslim. RSA, Roodepoort Mission Press, 1988, p. 318.
20 Ibid., p. 319.
21 Ibid., p. 318.
22 Ibid., p. 318


FONTE: Revista DEFESA DA FÉ - http://www.icp.com.br/

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ore hoje pelo povo não-alcançado: Dhanuks da Índia


População: 3,593,000

Língua: Hindu

Religião: Budismo

Evangélicos: 0,00%

Fonte: Joshua Project


Quais são as suas crenças?

Em alguns lugares os Brahmins são nomeados como padres, enquanto em outros lugares eles usam sacerdotes Dhanuk . Dhanuks acreditam em magia, feitiçaria e fantasmas. Eles são divididos em dois grupos em termos de religião: aqueles que adoram Kali são chamados Kaliyaha e outros são chamados Maharkhiya. Kali aqueles que adoram comer carne de porco e as bebidas espirituosas ou vinho, que Maharkhiyas não o fazem. Eles adoram uma deusa chamada Gahil, que é uma das cinco irmãs. As outras deusas são Shitalmata e Goureya Gaiya. A principal ocupação dos Dhanuks é trabalhar para grandes zamindars (proprietários) e agricultura.

Ore para que o Senhor continue abençoando àqueles que se sentiram desafiados a alcançar este povo. Ore pelas missões que têm planos de alcançaar os Dhankus. Caso haja presença de algum cristão entre eles, que possam refletir Cristo para seu povo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

As Línguas da Oceania


Na Oceânia falam-se cerca de 1.000 línguas, cuja classificação levanta fortes dúvidas. Em termos gerais, podem distinguir-se três grupos:

• As línguas austronésicas
• As línguas não austronésicas da Papua-Nova Guiné
• As línguas da Austrália

Algumas hipóteses afirmam que as primeiras migrações procederam de África e chegaram até a ilha da Papua e à Austrália. De acordo com esta hipótese, alguns autores propõem uma família de línguas australianas e outra de indo-pacíficas, que incluiria ainda o tasmaniano, já extinto, e as línguas andamanesas.

As línguas austronésicas, divididas nos subgrupos melanésio, polinésio e micronésio, estão principalmente espalhadas pela Polinésia, Micronésia, Melanésia e Nova Zelândia. Assim, encontramos exemplos delas desde a ilha de Páscoa (rapa nui) ou do Havai (havaiano) até à Nova Zelândia (maori). O malgaxe, língua falada em Madagáscar, também se inclui na família austronésica.

A sua classificação reflecte uma ocupação gradual de ilhas no geral não habitadas. O parentesco entre as línguas austronésicas foi detectado nas primeiras viagens do capitão Cook.

As línguas não austronésicas da Papua-Nova Guiné ainda são pouco conhecidas. Embora alguns autores as tenham relacionado com o tasmaniano e as línguas andamanesas, outros crêem que não é sequer possível demonstrar o seu parentesco interno. A este grupo pertencem o kate, que se tornou na língua franca de diversos grupos antes da expansão do tok pisin, e o dani, conhecido por ser uma das poucas línguas do mundo com apenas dois termos para designar cores.

No caso das línguas da Austrália, das cerca de 750 línguas que eram faladas na ilha quando da chegada dos europeus, actualmente restam cerca de 200, muitas delas usadas por um número muito reduzido de falantes.

Não obstante estes antecedentes, as línguas da Oceânia não conseguiram resistir à pressão da colonização e é a região do mundo onde mais línguas autóctones desaparecem. O samoano, língua oficial na Samoa, é falada por cerca de 130.000 pessoas, mas a Samoa é uma das poucas excepções.

Um caso muito curioso é a língua denominada beach-la-mar, uma mistura de inglês, francês, castelhano e diversas línguas indígenas. Esta língua estabelece a ligação com a região do Pacífico não francófono e tem mesmo um dicionário e uma literatura.

O francês e o inglês gozam de carácter oficial em quase todos os estados da Oceânia. Levado de Vanuatu, que tem como línguas oficiais o inglês, o francês e o bislama, e da Nova Caledónia ou da Polinésia Francesa, onde a língua oficial é o francês, a língua oficial numa parte considerável dos estados da Oceânia é o inglês.

O japonês, o chinês e o hindi também foram introduzidos em diversas zonas da Oceânia, por exemplo no Havai, onde ainda se fala chinês e japonês, ou nas ilhas Fiji, onde ainda existem falantes de hindi.

No caso das línguas da Papua-Nova Guiné, o estado com maior diversidade linguística do mundo, a opção pelo tok pisin como língua oficial parece constituir uma ameaça para as línguas da zona.

Algumas palavras provenientes das línguas da Oceânia tiveram grande difusão através do inglês. Nelas podem incluir-se ukelele (havaiano), tabu e tatuagem (tonga) e kiwi (maori). Das línguas australianas chegou-nos a palavra bumerangue, que é, na origem, o nome de um grupo étnico local, e também alguns nomes de animais, como dingo, coala e canguru.

FONTE: http://www10.gencat.net/
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