quinta-feira, 5 de junho de 2008

FILHOS MISSIONÁRIOS


É uma bela manhã de domingo, e no pátio de uma igreja renomada de São Paulo, cujo pastor é apaixonado por missões transculturais, e sempre prega sobre o tema (mesmo nos cultos dominicais), alguns pais conversam sobre o futuro dos seus filhos, enquanto outros se empanturram de coxinhas e pasteis na cantina missionária.
– Meu filho será professor – diz o mais velho deles.
– Eu gostaria que o meu fosse engenheiro.
– E o meu filho deverá ser um médico – completa o outro irmão, que já exerce a profissão no HC.
– E o seu filho? O que será na vida? – perguntam para aquele que ainda não haviam respondido, cuja filha é uma linda menininha, paparicada por todos da igreja.
– A minha filha será missionária entre as tribos afegãs, que habitam as montanhas controladas pelo Talibã, ou então entre outro povo não-alcançado. Ainda estou orando sobre o assunto!

O espanto é geral, quase uma santa indignação, daqueles pais bem sucedidos e zelosos, que querem o melhor para os seus pequenos. Por muito não se repetiu o ocorrido de Atos 7:57,58 "Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam."

Saí em silêncio e pensativo, lembrando-me de Jesus quando disse: "Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração". Pensei: "Por que tenho dificuldade de colocar meu tesouro (meu coração, minha vida, minha filha) a serviço do reino?". Lembrei-me também de João 3:16; João 15:13; Provérbio 23:26 e tantas outras passagens que falam de entrega. Orei por mais fé!

Jamierson Oliveira, editor da Revista Povos
Visite o blog do autor: Missio Dei, missio ecclesiae, minha missão

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