sexta-feira, 18 de junho de 2010

GUINÉ BISSAU. PORTA DE ENTRADA PARA A ÁFRICA DO NORTE

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Balantas, fulas, mandingas, biafadas, nalus, felupes, saracolés, baiotes, bijagós, sossos, tandes, dentre tantas outras etnias, são um só povo em único solo, sob uma só bandeira, dispostos a formar uma grande nação. Seus desafios são enormes.
Em Guiné-Bissau não há indústrias, nem salários para a grande maioria da população. Ao conversar com alguém na cidade, de manhã, ela certamente estará preocupada com o que terá de fazer para comprar o almoço. Tudo em Guiné-Bissau é "importado", o que torna os alimentos extremamente caros. Suas estatísticas e indicadores sociais são alarmantes, mais de 40% da população é analfabeta.
Colonizada pelos portugueses, mas vitimada por sucessivas guerras, golpes militares, levantes civis, hoje Guiné-Bissau não dispõe de energia elétrica, tampouco saneamento básico. Apenas os mais "afortunados" dispõem de painéis solares, geradores de energia a combustível. Atualmente, a Ilha das Galinhas (Gil de Galinhas) está recebendo como doação da Alemanha painéis solares que serão instalados em toda a ilha, graças a Deus.
O que torna essa nação tão atrativa nesse insólito cenário do continente africano? Certamente não é sua beleza natural nem sua afortunada localização geográfica, mas o conjunto desses e outros fatores, aliados a um projeto ímpar delineado por Deus para essa jovem nação que, geograficamente, está posta como porta de entrada para o norte da África torne-se também uma porta de prosperidade e desenvolvimento espiritual. Uma verdadeira plataforma espiritual e farol a apontar o porto seguro e a saída de tão densas trevas na qual foi mergulhada - não por desígnio divino - mas pela injustiça dos homens.
Compreender sua diversidade cultural como um patrimônio imaterial da humanidade, haja vista o Arquipélago dos Bijagós, sem contudo tornar-se indiferente. A proporcionalidade existente entre tamanha beleza e profunda miséria. Proporcionar intervenções (o que infelizmente é compreendido por muitos como cultural) que possibilite o diálogo entre cultura existente e dignidade a altura do que Deus planejou para cada homem e mulher. Independente da cor de sua pele, de seu idioma, de seu endereço.
Estar disponível para servir aos nossos irmãos africanos, auxiliando-os a reencontrar o caminho proposto por seu Criador na conquista da vida, na exata expressão do que essa palavra traduz - vida e não sobrevida, subvida - constitui-se o nosso desafio.
O amor de Deus é poderoso para resgatar e encaminhar de acordo com seu projeto original qualquer homem ou mulher a Ele submetidos. Este é o nosso desafio, esta é a nossa proposta. Vem comigo. O desafio é fazer a diferença.

Esta matéria é de autoria da Missionária Marcia Nascimento - Recife e foi publicada no Blog: http://republica-da-guine-bissau.blogspot.com/ - Vá lá e veja mais. O Desafio também é para nós.

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