O ministro da Educação da China disse na quinta-feira (5) que cerca de 400 milhões de habitantes – ou 30% da população do país – não falam mandarim, o idioma nacional.
Das 70% que sabem mandarim, muitos não falam bem o suficiente, informou uma porta-voz do ministério à agência de notícias estatal Xingua.
A China tem milhares de dialetos e diversas línguas regionais pouco conhecidas. Entre as mais famosas estão o cantonês e o hokkien. O mandarim – que antigamente era conhecido como Putonghua (ou "língua comum") – é uma das línguas mais faladas do mundo.
O governo chinês está criando uma nova iniciativa no país para tentar estimular o ensino da língua. A porta-voz do ministério da Educação disse que o foco principal da ação serão nas comunidades rurais e de minorias étnicas.
Por décadas, o Partido Comunista chinês promoveu o mandarim em uma tentativa de unificar a nação. Mas os esforços enfrentaram desafios como o tamanho do país e a falta de investimentos em educação, especialmente nas zonas rurais.
Outro problema foi a resistência de alguns grupos, especialmente as minorias étnicas. Em 2010, houve protestos no Tibete contra o uso do mandarim em escolas. Os manifestantes alegavam que a língua nacional chinesa estava prejudicando o ensino da cultura e do idioma locais.
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