sexta-feira, 3 de outubro de 2014

11 bilhões de pessoas, ainda vamos chegar lá

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O mundo que se prepare, 11 bilhões de pessoas é confusão garantida.
Em 1970 o mundo teria supostamente atingido seu pico de natividade e crescimento populacional humano. Desde então, países na Ásia, Américas e na Europa viram suas taxas de nascimentos caírem dramaticamente e na África, o número de filhos por família caiu de algo de 6 para algo em torno de 4. Contudo a queda na África é menor do que em outras partes do mundo e a persistência de uma alta taxa de fecundidade se deve a um grande número de fatores que incluem influências culturais, econômicas e principalmente a falta de acesso a métodos de controle de natalidade e planejamento familiar. Agora, existem tantas crianças na África que muitos demógrafos e estatísticos debruçados sobre o problema acreditam que o crescimento humano não vai mais estacionar no século XXI como era esperado.
As previsões anteriores falavam em um nivelamento lá pelo meio do século de algo em torno de 7,2 bilhões atuais para 10 bilhões em 2050. Mas tais previsões dependiam de que as taxas de natalidade caíssem na África nas mesmas proporções que elas caíram na Ásia e na América Latina nas últimas décadas. Em vez disso, muitas mulheres continuam tendo um grande número de filhos em muitos países africanos e a taxa de natalidade está se reduzindo muito mais lentamente do que era esperado, em alguns casos está até aumentando. O paper original, publicado na Science por uma equipe de especialistas liderados por Adrian Raftery da Universidade de Washington estima que a população africana deve subir dos atuais 1 bilhão para mais de 4 bilhões em 2100.
O quão rápido e como a fecundidade na África cai, ou não, pode determinar o destino da população humana ao final deste século. Nas taxas atuais, o continente africano pode se tornar tão densamente povoado quanto a China é hoje. Como resultado, a população mundial pode continuar crescendo pelo restante deste século, o que pode levar a outros tipos de problema, como escassez de comida, água e remédios, o que eventualmente forçaria a taxa de crescimento para baixo.
Ao mesmo tempo, a queda no crescimento populacional em países como a Alemanha, o Japão, a China e o Brasil significa que estes países terão tanta gente idosa quanto gente jovem nas próximas décadas, o que pode levar o mundo a presenciar muitas migrações. Ainda assim, a população mundial deve continuar a crescer pelo menos até 2050 e a partir dai, continuar crescendo, mas a taxas um pouco menores.
Ficamos então com um quadro onde dar poder de decisão às meninas através da educação pode fazer mais pelo planejamento familiar do que simplesmente dar dinheiro ou contraceptivos. Os países em que as taxas de fecundidade são mais altas também são aqueles em que as meninas tem baixo (ou nenhum) acesso a educação. Mulheres com educação são muito mais inclinadas a fazerem planejamento familiar, entre outros benefícios, como o crescimento econômico mais rápido do país. Em Gana por exemplo, mulheres sem acesso a escola tem em média 5,7 filhos, enquanto mulheres que receberam algum tipo de educação formal ficam nos 3,2 e aquelas que completaram o ensino básico tem apenas uma média de 1,5 filhos. A educação liberta.
Fonte: SA.

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