Todo fim de ano a procura por viagens se intensifica, mas, pelo excesso de demanda, podem ocorrer algumas chateações. Problemas com serviços, cobranças, contratos e extravio de bagagens estão entre as principais reclamações.
A estudante Priscilla Consulin, de 22 anos, planejava passar o réveillon em Punta Cana, na República Dominicana, com as amigas, mas a agência CVC disse que, por problemas da companhia aérea, a Gol, as passagens teriam que ser reagendadas. Como tinha compromissos prévios, Priscilla teve que cancelar a viagem. "Foi ruim por ter sido um pouco de última hora, mas não tivemos muito o que fazer", explica. Ela conseguiu 100% de reembolso, mas teve que mudar os planos para o feriado. A assessora técnica do Procon-SP, Leila Cordeiro, dá orientações para que o consumidor evite dor de cabeça:
- Exigir que todos os itens estejam relacionados no contrato.
- Guardar o maior número de documentos possíveis: Encartes de propaganda, recibos e folhetos.
- Verificar o que está incluso no pacote e o que deverá ser pago separadamente.
- Viagens internacionais podem ser cotadas em moeda estrangeira. Cheque a cotação. As regras de importação de produtos mudaram recentemente. Veja infográfico, saiba o que é possível comprar lá fora e o que está sujeito a tributação.
- A pesquisa de preços ainda é a melhor forma de economizar. Faça consulta em mais de uma empresa.
- Antes de fechar negócio, verifique a idoneidade do site ou empresa. Prefira agências conhecidas ou que tenham sido indicadas por amigos.
- Em caso de perda do voo de ida, as companhias aéreas não podem mais cancelar automaticamente a passagem de volta. Exija seus direitos.
Na hora de fazer compras online, o turista também pode se resguardar. Busque referências do site e verifique se a empresa tem cadastro junto ao Ministério do Turismo pelo www.cadastur.turismo.gov.br. O Procon elaborou uma lista comsites a serem evitados. Procure também usar computador próprio, e manter antivírus e firewall atualizados, assim você garante a segurança dos seus dados pessoais.
O Procon-SP realizou ranking com as agências de viagens e companhias aéreas. A pesquisa foi feita de janeiro a setembro de 2014 e leva em conta o número e índice de solução das Cartas de Informações Preliminares (CIPs). As CIPs são enviadas aos fornecedores caso estes falhem em atender às demandas dos consumidores diretamente. Nestas cartas o Procon solicita esclarecimentos e pede providências, o não atendimento da notificação pode gerar processo administrativo caso se comprove que o contratante foi lesado. Veja abaixo as empresas que mais reclamações receberam e seu índice de solução:
Agências de viagens | CIPs | Índice de Solução |
Decolar.com | 251 | 76% |
CVC Brasil | 150 | 52% |
B2W Viagens | 82 | 89% |
Tam viagens | 51 | 56% |
Hotel Urbano | 47 | 71% |
Companhias aéreas | CIPs | Índice de Solução |
Tam Linhas Aéreas | 252 | 70% |
VRG Linhas Aéreas (Gol) | 228 | 75% |
Oceanair Linhas Aéreas | 111 | 70% |
Azul Linhas Aéreas | 68 | 61% |
American Airlines | 17 | 63% |
Principais problemas | CIPs |
Cobrança | 591 |
Serviço | 535 |
Contrato | 443 |
Desistência do serviço | 234 |
Extravio/avaria de bagagem | 157 |
O ideal, segundo o Procon, é que as empresas tenham índice de solução igual ou maior que 95%.
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