sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Zika deverá se espalhar pelas Américas, adverte OMS


Zika nas Américas
A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que o vírus zika se espalhará por todo o continente americano. Até agora, 21 países, sobretudo o Brasil, já registraram casos do vírus desde maio.
Segundo a OMS, a falta de imunidade natural nas Américas seria um dos fatores determinantes para a velocidade com que o vírus está se espalhando.
Em um comunicado oficial, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço continental da OMS, afirmou que a doença só não atingirá os países em que não há presença do Aedes aegypti - o Chile e o Canadá.
"A Opas prevê que o vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados", diz a organização.
Isto, porém, apenas se epidemiologistas não confirmarem a possibilidade de transmissão sexual do vírus: a Opas confirmou que o zika foi detectado em amostras de sêmen e diz haver o que chamou de pelo menos um possível caso de transmissão sexual - mas a entidade diz que ainda são necessárias mais evidências dessa forma de transmissão.
Gestantes 'especialmente cuidadosas'
A Opas engrossou o coro de entidades preocupadas com os casos de microcefalia associados ao zika e recomendou que gestantes "sejam especialmente cuidadosas" e consultem um médico antes de visitar áreas afetadas pelo vírus - ainda que os médicos não disponham de informações adicionais que possam embasar qualquer decisão.
Nos últimos dias, autoridades de saúde de Colômbia, Equador, El Salvador e Jamaica emitiram comunicados recomendando que mulheres adiassem os planos de engravidar - os salvadorenhos, por exemplo, querem moratória até 2018.
Microcefalia
Os sintomas mais comuns da zika são febre e erupção cutânea ou urticária, muitas vezes acompanhados por conjuntivite, dores musculares ou nas articulações. O mal-estar começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado.
Mas cerca de 80% das infecções pelo zika são assintomáticas, o que também dificulta o diagnóstico.
No Brasil, estão sendo investigados cerca de 4 mil casos suspeitos de bebês que podem ter microcefalia associada à infecção com o vírus zika nas mulheres grávidas.

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