Em 2013, o Brasil foi o 75º país com o maior número de refugiados do mundo, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), órgão da ONU. No ano passado, o país tinha 4.296 refugiados, além de 3.075 pedidos de asilo pendentes. De acordo com o Ministério da Justiça, 649 novas concessões de refúgio foram aprovadas em 2013, o que representa o triplo das registradas em 2012 (199).
As informações do Acnur são mantidas em um banco de dados online que o comissariado atualiza à medida que são feitos novos levantamentos e estimativas. Como os dados ainda não foram consolidados para 2013, os números são considerados provisórios e podem sofrer alterações.
De acordo com as informações mais recentes do comissariado, havia 10,5 milhões de pessoas vivendo como refugiados no mundo em 2013. O país com a maior quantidade de pessoas nestas condições era o Paquistão, com 1,6 milhão. Ele era seguido por Irã (862,8 mil), Jordânia (613,1 mil), Líbano (577,2 mil), Quênia (550,5 mil), Turquia (511,9 mil), Chade (418,4 mil), Etiópia (407,6 mil), China (301 mil) e Estados Unidos (262 mil).
Ranking dos dez países com mais refugiados do mundo
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País
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Refugiados
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Paquistão
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1.621.525
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862.790
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613.104
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577.212
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550.506
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511.936
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418.451
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407.646
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301.068
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262.023
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Fonte: Acnur |
No ranking, o Brasil figurava entre países como Espanha (4.510 refugiados), Moçambique (4.413), Serra Leoa (4.154) e Hungria (4.054). As vizinhas Argentina e Venezuela também apresentavam números próximos aos brasileiros, com 3.604 e 3.974 refugiados, respectivamente.
Concentração asiática
Considerando regiões mais amplas, a Ásia concentrava o maior número de refugiados, com 5,5 milhões (52,7% do total). A África figurava em segundo lugar, com 3,3 milhões (31,5%), e a Europa, em terceiro, com 1 milhão (10,4%).
Apenas o Oriente Médio, cujos países ficam entre os três continentes, hospedava 31,8% dos refugiados do mundo - ou 3,3 milhões. Além dos países já citados, que figuram entre os dez com mais refugiados do mundo (Irã, Jordânia, Líbano e Turquia), o Iêmen também se destacava na região, com 240,4 mil pessoas que receberam asilo, bem como o Iraque (188,5 mil) e o Egito (183,4 mil).
A Síria, país que vive há quase três anos uma guerra civil que já provocou mais de 130 mil mortes, tinha 149,7 mil refugiados no ano. Mais de 2 milhões de pessoas deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, o que pode ter colaborado para os altos números do Oriente Médio - bem como os outros conflitos no local.
Segundo a Acnur, as Américas figuravam entre as regiões com menos refugiados do mundo. A América do Norte tinha 425,8 mil pessoas exiladas, o que representava apenas 4% do total global. Já a América Latina e o Caribe tinham 89,6 mil - ou 0,85%.
O que é o refúgio
O refúgio é um direito de estrangeiros garantido por uma convenção da ONU de 1951 e ratificada por lei no Brasil em 1997. Segundo o Ministério da Justiça, o refúgio pode ser solicitado por "qualquer estrangeiro que possua fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, opinião pública, nacionalidade ou por pertencer a grupo social específico e também por aqueles que tenham sido obrigados a deixar seu país de origem devido a uma grave e generalizada violação de direitos humanos”.
Leia online ou baixe o documento Direitos e Deveres dos Solicitantes de Refúgio e Refugiados no Brasil (2012) , elaborado pela Agência da ONU Para Refugiados (ACNUR).
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